Classicools: Top 10 adultérios da música clássica – Parte 02

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Continuando nossa épica saga pelos podres da música clássica, chegamos a segunda e última parte de nossa lista. Antes de prosseguir, no entanto, não deixe de ler a primeira parte AQUI.

Frederic Chopin e George Sand

Lembra daquele episódio do Chapolin em que o Chapolin/Roberto Gomez Bolanos fazia um pianista que vivia tossindo? Pois bem, aquela era sua interpretação – magistral, pra falar a verdade – do famoso pianista Frédéric François Chopin (ou Fryderyk Franciszek Chopin, no original em polonês), mais conhecido por nós, reles mortais, apenas como Chopin, provavelmente a referência número um em composições para piano. Todavia, caso se lembrem, também aparece neste capítulo a Dona Florinda/Florinda Mesa interpretando o interesse romântico do pintor que atendia pelo nome de Jorge (na verdade, George), o que causava muita confusão – e risadas – na cabeça dos leitores.

Para resumir a história, a escritora Amantine Lucile Aurore Dupin, ou simplesmente Aurore Dupin, para ver seu trabalho circular livremente em meio ao mercado literário europeu do século XIX se utilizava do pseudônimo George Sand, uma vez que embora não fossem ser proibidos, censurados, nem algo do tipo, os escritos de uma mulher poderiam ser considerados uma forma menor de literatura e/ou sofrer outra séries de preconceitos pelo público e pela crítica da época. Aliás, pudemos ver isso também na novela Lado a lado, da Globo, em que a personagem da delicinha da Marjorie Estiano teve que adotar um pseudônimo masculino para escrever pro jornal fictício da cidade sobre “temas sérios” como política e mazelas sociais, caso contrário ela teria que se relegar a escrever sobre economia doméstica, coluna de fofoca e assuntos de beleza, que seriam os “mais adequados” para uma mulher.

Dona Aurore ou Seu George, como preferirem, era famosa tanto por sua vasta obra literária quanto por seus tórridos romances com outras “celebridades” do período, com a diferença, claro, que as celebridades eram escritores como ela, pintores, professores, e claro, compositores renomados, como Chopin. Enfim, a intelligentsia que habitava a Paris do século XIX. Os dois se conheceram justamente numa festa na casa da condessa Marie d’Agoult, então amante do compositor e pianista Liszt.

https://youtu.be/T_GecdMywPw

Apesar do mútuo desinteresse (ou até aversão) inicial, os dois acabaram se acertando e se tornaram amantes de facto por volta de 1838. Nessa época Sand já possuía dois filhos de seu primeiro relacionamento, o casamento (de “papel passado” mesmo) com François Casemir Dudevant, união que havia terminado sete anos antes (e oficialmente há três). Para uma mulher que realmente atendia pelo nome de George no dia a dia, e não apenas na contracapa de seus livros, Sand atraiu a atenção de diversos homens, mas não se casou mais depois disso. Defensora da liberação da mulher, ela pode ser considerada uma das precursoras do feminismo e sua relação com Chopin, que durou 10 anos, foi uma das mais longas de sua vida, mesmo eles morando em casas separadas durante boa parte do relacionamento.

Frida gostava de cerveja, Sand preferia um Chopin
Frida gostava de cerveja, Sand preferia um Chopin

O romance terminou algum tempo antes da morte precoce do compositor aos 39 anos. Sofrendo de tuberculose durante sua vida adulta inteira, ele e Sand alternavam papéis, ora como amantes, ora como enfermeira e paciente. O desgaste natural dessa condição – incluindo a publicação e posterior popularização de um romance de Sand com uma história similar –, seguida de uma derradeira briga entre os dois no qual o compositor tomou o lado da filha de Sand, Solange, ao invés do de sua companheira numa discussão sobre dinheiro, fez com que a relação dos dois chegasse ao seu fim.

https://youtu.be/KZGi49Bnghs

Igor Stravinksy, Vera de Bosset e Coco Channel

Se a Mãe Rússia tem uma tradição de grandes compositores de balé, ou melhor, de compositores de grandes balés, iniciada com Tchaikovsky, pode se dizer que esse sucesso/status só se manteve desta forma graças à figura de Stravinsky (e no mesmo período Sergei Prokofiev). Com seus primeiros três trabalhos de renome internacional sendo balés comissionados pela Cia Balé Russo (Ballets Russes) de Sergei Diaghilev, Stravinsky apresentou um “cartão de visitas” mais do que respeitável e se firmou não só como um dos compositores mais reverenciados do início do século XX, mas também como um dos mais arrojados. Por meio de The Firebird, Petrushka e, especialmente, A Sagração da Primavera – que completou 100 de sua primeira execução no ano passado, o que foi celebrado com diversas apresentações ao redor do mundo (eu fui na que rolou no Theatro Municipal aqui do Rio de Janeiro) –, ele conseguiu, ao mesmo tempo, homenagear suas raízes russas com referências musicais, estilística e simbólicas ao folclore local e quebrar muitos dos cânones da composição clássica, legado que o acompanharia por toda carreira.

Crédito; Vania Laranjeira
Crédito; Vania Laranjeira

No entanto, a vida pessoal do velho Strava era supostamente tão agitada quanto sua vida profissional. Em 1921, já casado e com quatro filhos, o músico conheceu em Paris a dançarina Vera de Bosset, que apesar do sobrenome também era russa (ela mudou pra esconder a ascendência germânica do sobrenome original Bosse). Vera também era casada e deixou seu marido para ficar com Stravinsky, dessa forma, de 1921 a 1939, ela se tornou sua amante e se encontrava com o músico em Paris (e o acompanhava nas turnês) enquanto a família dele vivia no Sul da França. A situação mudou quando a esposa do compositor morreu de tuberculose, ela supostamente sempre soube da relação do marido, então não foi surpresa para ninguém quando no ano seguinte ele casou com Vera e ela foi morar com ele nos Estados Unidos.

https://youtu.be/BryIQ9QpXwI

Contudo, o mais interessante dessa história toda é o não comprovado romance do músico, anos antes, com a estilista Coco Chanel. O único fato dessa história é que no final da década de 1910, os Stravinsky estavam na pindaíba por causa da Primeira Guerra Mundial e tinham acabado de sair de sua residência na Suíça e estavam literalmente desabrigados na França, eles foram ajudados pela estilista que lhes concedeu asilo em sua mansão nos arredores de Paris. Chanel falou do suposto caso em sua biografia, mas nada foi comprovado. No entanto, a história rendeu um livro e posteriormente algumas adaptações pra cinema e TV. É como foi dito naquele famoso faroeste de John Ford, “quando o mito se torna lenda, publica-se a lenda”.

 

Liszt e a Condessa Marie d’Agoult

Perdoem-me o linguajar, mas esses pianistas virtuosos certamente curtem trepar. E nada faz uma mulher casada e rica tirar a roupa mais rápido do que um gênio incompreendido…e renomado. Liszt estava na crista da onda no século XIX. Ele não só conheceu e aconselhou pessoalmente toda aquela galera “mais famosa” pro grande público como Wagner, Chopin e Brahms, mas também influenciou, através da popularização de sua música, nomes como Tchaikovsky, Mahler e Ravel. Pode se dizer que ele era o “papa da composição clássica” na segunda metade do século XIX, rivalizando com Beethoven em termos de influência da mesma forma que Bach, Haydn e Mozart podem ser considerados as grandes autoridades musicais do século XVIII.

Vocês estão ligados naquela cena clássica de A Hard Day’s Night com as cocotinhas seguindo os Beatles alucinadas, pois bem Liszt causava esse mesmo frisson em pleno século XIX sem rádio, TV ou cinema. Daí a invenção do termo Lisztomania, justamente pra designar a reação que o pianista causava em suas apresentações (isso 100 anos antes da Beatlemania da qual foi precursora).

Liszt conheceu a então condessa em 1833, numa dessas ocasiões sociais em Paris, o centro do mundo do período, e a atração mútua entre os dois fez com que eles logo começassem um caso, mesmo ela já tendo duas filhas com o conde Corno da vez. Ela só veio a se divorciar oficialmente do conde em 1835, mesmo ano do nascimento de sua primeira filha com Liszt e que os dois passaram a viver juntos em Genebra. Marie também escrevia sob um pseudônimo masculino, Daniel Stern, mas não fazia questão de ser chamada por ele (eu também preferiria ser chamada de condessa).

Com essa cara até eu passaria o rodo na sociedade parisiense do séc. XIX
Com essa cara até eu passaria o rodo na sociedade parisiense do séc. XIX

Vivendo entre a Suíça e a Itália, o casal teve mais dois filhos, o caçula e único homem, Daniel e a filha do meio, Cosima. Esta última a joia de Liszt (“O Cosima tão bonitinha do pai”). Até porque foi ela que sobreviveu pra contar história com os outros dois morrendo relativamente cedo. Cosima também é importante porque ela vai entrar na nossa lista dentro em breve, como vocês poderão ver. O importante desse caso é que a união entre Liszt e a condessa durou até 1844, com eles nunca tendo oficializado a mesma. Liszt apenas “quase se casou” uma única vez, com uma princesa russa, diga-se de passagem, que também era legalmente (ou religiosamente, conforme os ditos da época) casada quando o conheceu e durante todo o tempo em que eles moraram juntos/se curtiram, que durou QUARENTA ANOS.

como não resistir a toda esse charme e beleza
como não resistir a toda esse charme e beleza

Imagina se essa Lisztomania pega?

Debussy e as cachorras

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Hollande, putão até nas fotos oficiais

Achille-Claude Debussy ou simplesmente Claude Debussy, como o nome já entrega, era francês. E francês, para o resto do mundo civilizado, significa devasso, como todos bem sabem. Vide o recente “escândalo” de adultério envolvendo o presidente François Hollande que, diferente do que o nome entrega, é francês mesmo…e ferrabrás porque traiu sua esposa/jornalista/primeira-dama que já era gostosa – e acho que era “amante” dele antes de virar a ~~fiel~~ – com outra gostosa, dessa vez uma atriz chamada Julie Gayet.

Já Debussy, que na música pertenceu ao que foi chamado de movimento impressionista – embora o termo seja bem menos aceito para a música do que o é pra pintura – de fato tem um currículo afetivo/amoroso impressionante. Com 18 aninhos ele já corneava um servidor público parisiense não identificado (mas nesse caso a gente desculpa, afinal todo castigo pra funcionário público é pouco). Ele ficou comendo a digníssima madame Marie-Blanche Vasnier por OITO ANOS, e só parou porque ganhou um prêmio na Itália e teve que se mudar pra Roma.

Após esse período de residência artística no exterior, Debussy volta para Paris e fica na casa dos pais, o que seria um indício de que ele teria que levar uma vida mais reservada, na tranquilidade. Pourra nenhuma! Ele inicia um relacionamento com Gabrielle Dupont, inclusive indo morar com ela durante um tempo (isso, diga-se de passagem, no final do século XIX. Ou seja, ele já estragou a vida da menina pro resto da sociedade europeia). Gabrielle era filha de um alfaiate e não exatamente do meio musical, então Debussy foi lá e simplesmente arranjou outra, ENQUANTO AINDA ESTAVA COM ELA. Seu caso com a cantora Therese Roger chegou até a virar um breve noivado, afinal ela sim era “material pra casar”, mas as coisas não ocorreram bem – lembrando que durante todo esse tempo ele não desmanchou com nossa querida Gaby.

Isso só acontece oficialmente quando Debussy se casa, em 1899, com uma modelo, Lilly Texier, nada menos que melhor amiga da pobre da Gaby Dupont (como era mesmo aquele ditado: todo castigo pra corno é pouco). Nesse período o compositor precisou até mudar legalmente seu nome pra Debuceta, por causa do tempo que ele passava na região dos países baixos.

Mesmo tendo ameaçado que iria se suicidar caso Lilly não ficasse com ele (clássica tática de conquista utilizada pelos Iluminerds), Debussy logo cansou de sua esposa. O músico se surpreendeu ao descobrir que sua esposa-troféu, uma modelo que se casou com ele a despeito de seu relacionamento com a melhor amiga dela, era burra como uma porta e não sacava nada de música. Ora, vejam só que novidade!

O músico continuou levando seu casamento de boas por quase cinco anos até que em 1904 ele conheceu a mãe de um de seus alunos, madame Emma Bardac, nada menos do que a mulher de um importante banqueiro francês. Comprovando que ninguém resiste a uma MILF – e contrariando a velha máxima de que mulher gosta de dinheiro e quem gosta de piru é viado –, Debussy tratou de despachar a mulher, Lilly, para a casa dos pais pra supostamente “aproveitar o verão” enquanto ele teria que ficar na capital atolado até o nariz….”em trabalho”. Na verdade, ele também viajou com Bardac – que havia sido amante de Fauré, outro compositor, antes de ser dele – e na volta já mandou uma carta pra mulher dizendo que o casamento dos dois acabou (isso que eu chamo de surra de buceta  amor à primeira vista).

O jovem Debussy, nessa época ainda comendo a tal mulher do funcionário público, uma mistura de Rafael Infante e Fu Manchu
O jovem Debussy, nessa época ainda comendo a tal mulher do funcionário público, uma mistura de Rafael Infante e Fu Manchu

Pensando que sua vida já estava nos eixos, tendo sido muito correto e sutil ao avisar a esposa que queria se divorciar antes de finalmente ir morar com a dona Bardac, Debussy teve uma nova surpresa, quando meses depois, sua ex-mulher – lembrando mais uma vez, uma modelo, não muito inteligente, emocionalmente instável e recentemente corneada -, decide se matar ATIRANDO NO PRÓPRIO PEITO EM PRAÇA PÚBLICA. Por sorte, ou burrice, atestando que nem isso uma modelo sabe fazer direito,  ela sobreviveu, ficando ‘apenas’ com a bala alojada na vértebra.

Com o filme mais queimado do que os dirigentes da FIFA, o Ronaldo Gordo, o Sergio Cabral e o governo Dilma juntos, Debussy foge pra Inglaterra com a amante, já grávida, e se casa com ela três anos depois, quando os dois já estão legalmente divorciados. Sua filhinha é batizada de Claude-Emma (Narcisista? Nããão, que isso!) e apelidada carinhosamente de ChouChou (não me perguntem).

Wagner, Cosima e Hans von Bülow

O compositor, pianista, maestro e crítico musical Hans Von Bülow, mais famoso hoje em dia por suas famosas tiradas e pela maestria na regência, foi aluno do grande compositor húngaro Franz Liszt, também um pianista virtuoso (aparentemente todo mundo é pianista virtuoso nessa porra tal de Alemanha do século XIX). Pode se dizer que Bülow, que não era bobo nem nada, só teve uma paixão na vida, a música…ou sua carreira, dependendo de quem conta a história. Isso porque, não contente em ser discípulo do velho Liszt ele ainda casou com sua filha, Cosima, garantindo assim sua posição como aluno e genro predileto do húngaro.

Wagner, por sua vez, além de notório antissemita e racista de carteirinha, era putão, ainda casado com sua primeira esposa, Minna Planner, era sabido que ele mantinha vários relacionamentos extraconjugais por toda Alemanha, quiçá toda Europa. Acontece que ele se viu verdadeiramente enamorado pela mulher do então amigo, von Bülow, com quem colaborava frequentemente – com este ora executando ou regendo sua obra. Sim, é tipo exatamente igual que nem aquele infame clipe do Latino.

Sendo assim, numa das frequentes viagens da carreira de von Bülow, um dos maestros mais requisitados do século XIX, Wagner simplesmente decidiu visitar o casal. Nesse encontro com Cosima, eles revelaram o amor que tinham um pelo outro (e segundo boatos inclusive consumaram pela primeira vez sua relação. Conhecendo o bom filho da p… que era Wagner, isso não seria difícil de acreditar).

é muita sensualidade pra pouco maestro
é muita sensualidade pra pouco maestro

Wagner foi certamente a figura mais controversa da música de todos os tempos, fazendo Michael Jackson parecer um desses jovens que se acham rebeldes por usar boné de aba reta virado na lateral. Agora, imaginem ele apaixonado! Anos antes dessa amizade com os von Bülow e do redescobrimento de sua música em seu país de origem após mais de uma década de “ostracismo”, ele havia fugido da Alemanha por conta de seu comportamento no mínimo errático, que incluíra a participação, mesmo que minoritária, na revolta de Dresden – por suas posições políticas –, dívidas e casos extraconjugais.

De volta a sua doce Alemanha, e bombando através do patrocínio do Rei Ludwig da Bavária – um monarca recém-entronado de 18 aninhos que nutria um tesão uma paixão incontida pelo compositor, a qual era disfarçadamente correspondida pra fins de extorsão pelo velhaco do Wagner – ele se estabelece em Munique e não contente com sua posição de prestigio ainda faz com que seu mecenas apontasse Bülow como “pianista real”, arrumando uma casinha pra ele e a família estrategicamente posicionada nas cercanias do cafofo de Wagner, mais precisamente ao lado.

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A partir daí o homem não precisou de mais nada. Wagner tinha em Hans um amigo e parceiro musical perfeito, divulgando sua obra de uma forma que ninguém mais conseguiria – foi ele quem conseguiu montar e reger pela primeira vez a ópera Tristão e Isolda, outra das composições mais complexas do alemão e que até então estava fadada ao fracasso sendo considerada “hermética”, “inexecutável” e “impossível de cantar”. Ao mesmo tempo, ele tinha na mulher de von Bülow sua companheira ideal, e que naquela época já havia se tornado sua amante de fato, inclusive dando a luz a sua filha, batizada de Isolda – como na ópera. Mais escancarado do que isso impossível!

https://youtu.be/fuPDMhyGKB8

E o pior, ou melhor, ou mais divertido, tudo ocorria com o consentimento do marido, que idolatrava o trabalho de Wagner e se sentia mais do que satisfeito em levar adiante o legado do compositor – isso enquanto ele mesmo também fazia fama por suas proezas como regente e instrumentista –, mesmo às custas de seu casamento e de sua reputação “como homem”. Mesmo sendo óbvia e ululante sua falta de amor pela esposa, tendo se casado com ela mais pela proximidade (e idolatria) com Liszt, von Bulow chegou inclusive a registrar a pequena Isoldinha como sua filha legítima. Ainda que toda Munique soubesse que ela era filha de Wagner, ele fez o necessário para evitar um escândalo que poderia destruir o arranjo dos três, que aparentemente era benéfico para todos.

Foi apenas em 1870, CINCO ANOS após o nascimento de Isolda, que Cosima e Hans finalmente se divorciaram. Nesse ínterim ela ainda teve MAIS DOIS FILHOS com Wagner, batizados, obviamente, de Eva e Siegfried (tenho muito medo dessa família. Os Wagner certamente deveriam ser mais assustadores do que os Manson). Curiosamente, mesmo com a mulher morando com Wagner nos últimos dois anos anteriores a separação, Hans simplesmente se negava a dar o divórcio. Ele dizia que entendia a situação, afinal a mulher “decidira entregar seu corpo e alma a um ser superior”, e  ele, “longe de condenar a união, até a aprovava”.

Vamos ser cornos, mas assim é dose!!!

PS: alguém, acredito que eu, deveria escrever um roteiro para uma cinebiografia do Hans von Bülow. Como vocês vão ver ao longo dessa coluna, ele estava no epicentro do cenário musical do século XIX e início do XX. Caso eu deixe minha inércia de lado e o escreva, acredito que ninguém menos do que o Michael Fassbender deva interpretá-lo. Aliás, Fassbender devia fazer todos os papéis, inclusive de Wagner e Cosima, e de Brahms, Mahler, Liszt e por aí vai…

michael-fassbender-playlist

Zé Messias

Jornalista não praticante, projeto de professor universitário, fraude e nerd em tempo integral cash advance online.

Este post tem um comentário

  1. Matheus Wesley

    Provando que músicos clássicos (?) tbm são v1d4 l0k4

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