Das trincheiras, para John Boyne: três livros do aclamado autor de ‘O menino de pijama listrado’ que lhe farão mergulhar no clima da Primeira Guerra

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Sim. Às vezes dá a impressão (só impressão?) de que nosso querido Boyne adora falar de conflitos internacionais. Então, quem seria melhor candidato para nosso especial sobre o centenário da Primeira Guerra Mundial?

De maneira geral, pouco se fala deste conflito. A maioria dos leigos em História Geral lembra-se do ocorrido como: ‘Ferdinando morreu. Alemanha perdeu. Tratado de Versalhes’. Sete palavras que por si mesmas resolvem alguns testes de vestibular. (Ou então: ‘A que veio antes da Segunda Guerra’, definição que mata de desgosto qualquer professor).

O tema, em questão de livros, perde de lavada para ‘Hitler’ e ‘James Bond contra seus inimigos Russos’ (a Guerra Fria), o que torna a busca por obras cuja narrativa tenha como cenário tal período mais avançada. Algo além das capacidades intelectuais que as primeiras páginas do Google dispõem.

4278 / John Boyne

Entretanto, para nossa alegria, John Boyne, fazendo questão de se aventurar nas várias tragédias mundanas, prestou-se a redigir três livros que se passam nesta época desventurada. Para aqueles que adoram mergulhar no passado através de uma boa narrativa, aqui vão as sugestões:

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Dia de Folga – Um Conto de Natal

(Nota do Skoob : 3.1)

”Neste conto breve e melancólico, John Boyne (autor do best-seller O menino do pijama listrado) acompanha o dia de folga de um jovem soldado inglês e seus companheiros, que passam a véspera de Natal em uma das trincheiras da Primeira Guerra Mundial. Enquanto relembra os natais da infância e o conforto do seu lar, ele vê e ouve as bombas alemãs caindo a sua volta. Em meio a um dos piores conflitos do século XX, o jovem irá vivenciar um espírito natalino muito diferente do que estava acostumado”. (Sinopse retirada do site Skoob)

Ok. Me espanquem. Enganei-vos.

Na verdade, Dias de Folga não seria considerado um livro, e sim um conto a parte que veio a ser publicado, com direito a capa (contudo, atrevo-me a chamá-lo de livro curto). Porém, a tristeza que muito provavelmente envolverá a constante comparação entre o ‘agora’ catastrófico e ‘meus natais felizes’ levará muitos de nós a refletir, fazendo, suponho eu, com que este ‘pequeno livro’ valha de algo.

Como meros mortais, caberia lembrarmo-nos com saudade, e até dor, das pequenas alegrias, quando estas já não nos pertencem. Sejam elas o ‘abraço de mãe’ , ‘cama quente às 10 da manhã’, ‘um cachorro chamado Bob’, ou um ‘ Natal passado’.

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O Pacifista

(Nota do Skoob = 4.4)

”Inglaterra, setembro de 1919. Tristan Sadler, vinte e um anos, toma o trem de Londres a Norwich para entregar algumas cartas à irmã mais velha de William Bancroft, soldado com quem combateu na Grande Guerra. Mas as cartas não são o verdadeiro motivo da viagem de Tristan. Ele já não suporta o peso de um segredo que carrega no fundo de sua alma, e está desesperado para se livrar desse fardo, revelando tudo a Marian Bancroft. Resta saber se o antigo combatente terá coragem para tanto. Enquanto reconta os detalhes sombrios de uma guerra que para ele perdeu o sentido, Tristan fala também de sua amizade com Will, desde o campo de treinamento em Aldershot, onde se encontraram pela primeira vez, até o período que passaram juntos nas trincheiras do norte da França. O leitor pode testemunhar o relato de uma relação intensa e complicada, que proporcionou alegrias e descobertas, mas também foi motivo de muita dor e desespero.’ ‘(Sinopse retirado do site Skoob)

Algumas críticas provenientes do reino de Youtube (Um dia chegaremos lá) sugerem que ‘O pacifista’ tem um pequeno quê de homossexualidade. Então, para aqueles que, infelizmente, possam ter certo preconceito neste quesito, fica o aviso.

Outra nota que podemos considerar: a narrativa,em primeira pessoa, não é cronológica . Caso o leitor sofra de esquecimentos pós virada de página ou confusão mental devido a reflexões aleatórias, talvez o livro venha a exigir um toque a mais de atenção, mas nada desesperador.

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Fique Onde Está e Então Corra

(Nota do Skoob = 4.6)

“Em meio às tragédias da Primeira Guerra Mundial, o amor é a única arma de um garoto para curar seu pai. Alfie Summerfield nunca se esqueceu de seu aniversário de cinco anos. Quase nenhum amigo dele pôde ir à festa, e os adultos pareciam preocupados — enquanto alguns tentavam se convencer de que tudo estaria resolvido antes do Natal, sua avó não parava de repetir que eles estavam todos perdidos. Alfie ainda não entendia direito o que estava acontecendo, mas a Primeira Guerra Mundial tinha acabado de começar. Seu pai logo se alistou para o combate, e depois de quatro longos anos Alfie já não recebia mais notícias de seu paradeiro. Até que um dia o garoto descobre uma pista indicando que talvez o pai estivesse mais perto do que ele imaginava. Determinado, Alfie mobilizará todas suas forças para trazê-lo de volta para casa. “Assim como em O menino do pijama listrado , Boyne conduz os leitores pelas agonias da guerra através do olhar de uma criança.” School Library Journal “Uma história vívida e acessível sobre o preço altíssimo que a guerra obriga os inocentes a pagar” (Sinopse retirado do site Skoob).

Narrado em terceira pessoa, e apesar do contexto deveras melancólico, o livro tem como foco o público infanto-juvenil, apresentando situações complexas de uma forma simples, até mesmo com um toque de humor.

Nota-se que John Boyne não é o tipo de escritor que subestima a inteligência da juventude. Talvez, graças a isso, seus livros consigam agradar um público diversificado (Senhoras e senhores, ‘O menino do pijama listrado’, um livro infanto-juvenil, tem o poder de partir um coração em dois, seja este novo, velho ou ‘mais ou menos’).

Um ponto bastante criativo seria a titulação dos capítulos baseada em nomes de músicas que faziam sucesso durante a Primeira Guerra. Cada um apresentando uma relação com seu capítulo, assim como sua trilha sonora. Este pequeno detalhe pode contribuir, e muito, para a imersão do leitor no universo da narrativa. Fica no ar a ideia de ler cada capítulo escutando sua respectiva música.

Observação:

Para os curiosos, vale dizer que, durante ‘O Pacifista’, encontraremos evidências de uma relação entre a história de Tristan e a triste aventura de Alfie, e vice-versa. Enquanto ‘O Pacifista’ mostra a guerra sob o ponto de vista de um adulto, um homem que foi a guerra, ‘Fique Onde Está e Então Corra’ apresenta tais infortúnios sob o ponto de vista da criança, que assiste enquanto as pessoas ao seu redor são ‘levadas pela guerra’.  O menino assume o papel daquele que fica para trás. Quando o assunto é imergir o leitor no universo apresentado por Boyne, é possível dizer que tais livros são complementares entre si.

Uma jogada inteligente, quase de marketing, se me permitem dizer.

Sabendo desta curiosa ligação entre os livros, é muito provável que o leitor, deparando-se com apenas um destes, deseje ler o outro. Afinal, seria possível intercalar ambas as histórias, compondo um único livro, mas isso provavelmente resultaria em metade dos lucros obtido com dois livros intrínsecos.

Gentilmente aconselho que, antes de lerem qualquer livro do nosso ‘John-Boyne-gosta-de-guerra’, informem-se, ainda que de forma medíocre, sobre a Primeira Grande Guerra para um melhor aproveitamento das obras.

Para mais informações sobre a Grande Guerra, você pode consultar um bom livro de História Geral, seu caderno escolar, um professor decente, ou… A Wikipedia, claro:

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Primeira_Guerra_Mundial)

Um obrigada pela ajuda / Confira também  :

O pacifista – Skoob :

http://www.skoob.com.br/livro/278815-o-pacifista

Cabíne literária  – Resenha: “O Pacifista”, de John Boyne :

https://www.youtube.com/watch?v=mvPGae0rU-0

Fique Onde Está e Então Corra – Skoob :

http://www.skoob.com.br/livro/381812-fique-onde-esta-e-entao-corra

Estamos em Obra – Fique onde está e então corra – John Boyne :

https://www.youtube.com/watch?v=nXwIL7YRzfY

Dia de Folga – Um conto de Natal – Skoob :

http://www.skoob.com.br/livro/364389-dia-de-folga

Dia de Folga – Resenha – Literar  :

http://www.literar.com.br/dia-folga/

 

Colaboradora: Natasha Yeva

Colaborador

Colaborador não é uma pessoa, mas uma ideia. Expandindo essa ideia, expandimos o domínio nerd por todo o cosmos. O Colaborador é a figura máxima dos Iluminerds - é o novo membro (ui) que poderá se juntar nalgum dia... Ou quando os aliens pararem com essa zoeira de decorar plantações ou quando o Obama soltar o vírus zumbi no mundo...

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