Final Fantasy VI – O melhor de todos

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Olá, nerds e nerdas, tudo bom? Como vocês ficaram sabendo, o jogo Final Fantasy VI foi eleito o melhor jogo de RPG de todos os tempos segundo o IGN. Cheguei inclusive a fazer um post sobre isso AQUI e esse Top me deu motivos para escrever sobre esse jogo.

O jogo, para quem é muito jovem, Final Fantasy VI foi lançado, originalmente, em 1994 para Super Nintendo. A história é focado no conflito entre um império maligno e criaturas mágicas, os Espers, com tecnologia equivalente à época da Revolução Industrial. Pela primeira vez, o jogo passa a mostrar um lado mais tecnológico do que medieval, mostrando por exemplo ferrovias. Ele apresenta 14 personagens jogáveis (recorde para a série) e traz assuntos polêmicos como suicídio e gravidez na adolescência.

Resumindo, a história é a seguinte:

Mil anos antes do início do jogo, houve a guerra dos Magi (War Magi), na qual três deusas tornaram os humanos seres mágicos chamados Espers. Vendo o dano que faziam, as deusas libertaram os Espers e se tranformaram em estátuas. Ao fim da guerra, vendo as grandes diferenças, os Espers se fecham em um mundo próprio, isolando-se completamente do mundo dos homens. Com isso, a magia é abolida do mundo e a humanidade se vê com a necessidade de voltar seus olhos para a tecnologia novamente.

O planeta se reconstruiu, o homem redescobriu a pólvora e as máquinas a vapor. No tempo presente, o Império, uma potência maligna e emergente, liderado pelo Imperador Gestahl e seus generais – Kefka, Celes e Leo Cristophe – está tentando ressuscitar a magia, extraindo o poder dos Espers. Numa tentativa de invadir o mundo selado dos Espers, Gestahl encontra Terra, uma garota filha de uma humana e de um Esper chamado Maduin, com a capacidade de usar a magia. Ele a cria no seio do Império e a escraviza para lutar em sua legião.

Numa missão, ela consegue escapar do domínio que lhe era exercido com a ajuda do “caçador de tesouros”, Locke, e se une aos rebeldes Returners. Ao longo de suas lutas, os Returners testemunham inúmeras atrocidades cometidas por Kefka, general do Império, e conseguem aliados entre as vítimas de seus crimes.

Após atacarem Espers na cidade de Thamasa, o mundo dos Espers passa a flutuar – e no Continente Flutuante, Kefka trai Gestahl, usando o poder das três estátuas das deusas da magia para reconstruir o mundo à sua imagem, conseguindo poderes divinos e isolando os heróis.

Um ano após tal incidente, o mundo perdeu as esperanças – Celes acorda numa ilha isolada, e passa a procurar os Returners sobreviventes, que partem para atacar o vilão em sua gigantesca torre.

 Fonte: Wikipedia

Como comentei no post sobre o Top 100, não joguei todos os jogos, mas tive o prazer de jogar e detonar Final Fantasy VI e, definitivamente, ele foi o melhor RPG que já vi. Na época do lançamento, teve uma certa confusão porque o jogo original era VI e foi lançado nos EUA como Final Fantasy III.

Claro que não focarei o jogo falando dos gráficos, até porque compará-lo com os atuais não teria sentido, mas posso dizer que, para época, os gráficos eram fantásticos. O grande ponto forte de FF VI, de fato, é a narrativa, algo que muitos jogos de RPG pecam hoje em dia e acham que gráficos lindos sempre irão suprir a falta de uma boa história.

Outro ponto forte, também, importante é a trilha sonora Terra’s Theme é até hoje uma das músicas mais lindas que eu já ouvi, as demais músicas não menos importantes e definitivamente o compositor japonês, Nobuo Uematsu, criou a sua maior obra prima.

A jogabilidade é o clássico sistema de turno, cada um faz uma ação e espera a sua vez para agir novamente, acredito que hoje esse sistema não funcione mais até porque a tecnologia evoluiu e esse sistema deixava cada batalha sendo uma disputa estratégica. Cada personagem do jogo tem ataques específicos, mas eles podem aprender magia por meio dos Espers.

Além da trama principal, FF VI teve oferecia uma quantidade enorme de sidequests, o que deixava o jogo com uma média de 40 horas de jogatina, algo que até não era comum nessa época.

Como disse anteriormente, o que há de mais original em Final Fantasy VI é a sua história, pois, ao invés de focar em um único personagem e algumas outros secundários, FF lhe oferece nada mais nada menos do que 14 personagens e cada uma com suas personalidades e histórias comoventes. Como não se comover com Gaul e principalmente Cyan? E o equilíbrio em colocar todos esses personagens sem ninguém ter mais destaque que outros é um mérito digno de grandes jogos.

O mais interessante do jogo é que ele aborda um número surpreendentemente grande de problemas que acontecem no mundo real (talvez alguns problemas hoje em dia não sejam tão tabus), problemas estes que vão desde a gravidez adolescente ao suicídio. Claro que esses temas não são explícitos e sim abordados com um grau de sutileza incrível.

Em suma, Final Fantasy VI é realmente um dos melhores jogos já criados e vale a pena jogar sempre.

Fiquem com a excelente versão orquestrada de Terra`s Theme:

Abraços.

Leonardo Delarue

Nerd clássico, nascido na década de 80, que gosta de video-game e heavy metal. Só escreve o que gosta, sem bases para sustentar suas teorias e/ou argumentos.

Este post tem 5 comentários

  1. Heitor Coelho

     Boa, Leo!
    Sei que o sentimentalismo pesa forte quando digo isso, mas dos que conheci, assino embaixo. A única acusação que consigo realmente levar a sério ao jogo hoje é sua pouca liberdade de ação quando comparado à tradição ocidental dos eRPGs – e mesmo assim ainda é muito maior do que a maioria dos japoneses.
    Eu penso nele toda vez que ouço alguém dizer que uma boa história tem que ter UM protagonista… mas também não concordo com a tese (que não é defendida só por você) de que os PCs de FFVI tenham exatamente o mesmo destaque. Mesmo Gau e Cyan, que você menciona, embora sejam muito carismáticos, têm bem menos destaque que outros. Locke, Setzer, os gêmeos Figaro e, principalmente, Celes e Terra, são, a meu ver, um pouco privilegiados. Nem considero isto problemático, só estou dizendo.
    E só pra ser um pouco mais chato: o combate não era em turnos, mas em Active Battle, como nos dois FF anteriores e nos 3 seguintes; era semelhante ao turno, mas exigia que o jogador pensasse mais rápido.

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