Fala galera que é pobre e vota na direita, é por isso que esse país não pode dar certo. Ou, caso sejam putas apaixonadas , ou, até mesmo, traficantes drogados, esta resenha é para vocês, afinal, falaremos sobre o filme do Tim Maia.
Para aqueles que não conhecem a sinopse , ou nunca ouviram falar do Deus Soul brasileiro, eis aqui a sinopse chupinhada do Adoro Cinema:
Cinebiografia do cantor Tim Maia, baseada no livro “Vale Tudo – O Som e a Fúria de Tim Maia”. O filme percorre cinquenta anos na vida do artista, desde a sua infância no Rio de Janeiro até a sua morte, aos 55 anos de idade, incluindo a passagem pelos Estados Unidos, onde o cantor descobre novos estilos musicais e é preso por roubo e posse de drogas.
Para aqueles que não suportam palavrão, esse filme do foi caralho. Me desculpa a expressão, mas ao falar de Tim Maia, como não dizê-los? E se não gostou, taca a genitora no palco, pois estou defecando pra vocês.
Excêntrico, problemático e genial! Com certeza, dentre todas as características que puderam complementar a carreira do Grande Tim, certamente, essas três são as que o descrevem.
Genioso, brincalhão e, ao mesmo tempo, de convivência difícil, esse é o temperamento do controvertido Tim Maia. Em mais um filme da Downtown com a Conspiração Filmes, Somos levados aos anos cinquenta, quando nascia mais um pobre mulato, o Jovem Sebastião Maia, o caçula de onze filhos. Também conhecido como Tião Marmita, em função do emprego de entregador, o jovem Sebastião, como um negro pobre tijucano, buscou dentre várias formas buscar seu lugar ao sol, o filme nos mostra as várias nuances da personalidade de Tim Maia, que vão desde seu carisma louvável a uma personalidade autodestrutiva. Foi muito interessante acompanhar a evolução da música brasileira através da ótica de um dos seres mais grosseiros e divertidos da nossa música. Graças ao filme, além de conhecer um pouco mais do homem Tim Maia, também ive o prazer de conhecer a banda The Sputiniks – um conjunto musical formado, em 1957, por Tim Maia (á época Tião Maia), acompanhado de Roberto Carlos, Arlênio Lívio, Edson Trindade e Wellington Oliveira – além de todas as reviravoltas que culminaram na grande estrela que mesmo depois de morta permanece brilhando entre nós.
Quanto à parte técnica do filme, é muito bom ver o cinema brasileiro evoluindo tanto em tão pouco tempo. A fotografia está bem legal, embora não seja sensacional, contudo, a caracterização da época, realmente, me fez viver quase sessenta atrás.
A meu ver, foi bastante interessante e até esclarecedor desvelar a origem humilde e todas as situações que moldaram o ser que viria a me encantar no início dos anos noventa. Foi impressionante ver como um único homem foi capaz de se autodestruir e reinventar tantas vezes através da música. De baladas regadas de drogas( Não Quero Dinheiro, Só Quero Amar) até o abdicar de bens materiais em função de uma “doutrina” alienígena (Imunização Racional, que Beleza), Tim Maia talvez fosse a personificação da própria metamorfose ambulante, deixando saudades e marcas por onde quer que tenha passado.
Por fim, é com todo prazer que falo sobre a ótima atuação de Robson Nunes e Babu Santana que, além de entrarem, literalmente, no olho de um furacão, também se mostraram ótimos cantores. Quanto a Cauã Reymond, sua participação não comprometeu em nada, contudo, também não acrescentou.
Para aqueles que gostariam de conhecer um pouco mais sobre um dos melhores artistas da música que já tivemos, com certeza, é uma ótima pedida. Logo abaixo, eis o trailer.