“Poxa Gaby, tem uma banda de rock britânico que você precisa ouvir” – toda vez que escuto essa frase de algum amigo sei que muito provavelmente ouvirei os mesmos mimimis de sempre com guitarrinhas agudas e vozes não tão másculas; e desta vez não seria diferente… Será?

Para não ser injusta, tem algum tempo que me impressiono mais e mais com os artistas vindos lá da terrinha, visto que já falei do The Strypes e do próprio Jake Bugg por aqui, mas sempre que alguém me fala de banda de rock britânico minha desconfiança vai lá pra cima, malditos preconceitos musicais!

Primeiramente, vamos falar um pouco da história do Everything Everything. A banda foi formada no finalzinho de 2007, lá na Inglaterra. Eles já tem dois discos lançados, “Man Alive”, de 2010, e o mais novo, “Arc”, que saiu no dia 14 de janeiro deste ano.

Jonathan Higgs, o vocalista, tem sim uma voz não tão máscula como a maioria dos vocalistas de lá, mas o som proposto pela banda é tão absurdo que você quase esquece que ele poderia ser vocalista do Snow Patrol sem muito esforço.

O som da banda é uma grande mistura. Eu diria que poderia ser um projeto paralelo do vocalista do Mars Volta que ficou muito bêbado, veio pro Brasil e conheceu o tecladista da Gaby Amarantos e o Timbalada, os apresentou para o guitarrista e o baixista de qualquer uma dessas bandas de rock britânico e resolveu que queria sair da mesmisse. Simplesmente incrível!

Sem delongas vamos ao clipe de Cough Cough:

(se eu fosse você voltaria pro 3:36 e procuraria por alguma coisa)

As letras, principalmente as do disco mais novo, também merecem sua devida atenção, principalmente  Torso Of The Week que é a mais bem construída, na minha humilde opinião. Como qualquer banda, eles também sabem fazer a boa e velha baladinha comercial, mas Duet não deixa a desejar, faz misturas discretas, mas tão experimentais quanto o disco.

Duet também conta com um clipe belíssimo que você pode conferir abaixo

Everything Everything é o tipo de banda que enche os olhos e os ouvidos. Eles sabem usar de forma sábia os recursos de áudio e vídeo, te tirando da sua zona de conforto – principalmente quando se está acostumado com aquelas bandas de quatro rapazotes de terninho dançando toscamente – e te jogando tanta informação que você pode precisar de pelo menos umas quatro ouvidas para entender o som dos caras.