Fala, galera! Hoje venho com o review do filme “Poder Paranormal”.

Neste domingo, enquanto passeava pelo shopping com a minha senhora vi-me sem muitas opções do que fazer, quando num lampejo de genialidade busquei algo completamente inovador. Isso mesmo! Decidi ir ao cinema.

Ao chegar me deparei com uma incógnita, que logo viria a se transformar numa grata surpresa. Não sei quanto a vocês, mas até então não tinha lido nenhuma notícia relacionada ao filme citado, o que de certo modo aguçou a minha curiosidade, principalmente, quanto o meu ceticismo em relação à produção. E falando em Curiosidade e ceticismo, talvez, se trocássemos a primeira por “sobrenatural”, certamente teríamos a alma do filme em nossas mãos.

O filme em si é bem interessante e conta com a direção de Rodrigo Cortés, que, a meu ver, passou pela prova de fogo ao dirigir o milagroso “Enterrado Vivo” (2010).  Digo milagroso, pois se trata de um filme que logrou êxito, mesmo dependendo completamente da interpretação de Ryan Reynolds dentro de um caixão. Errr… Pensando bem, acho que entendi o porquê do êxito… Deixemos o péssimo lanterna verde para o passado e voltemos ao tema… A sinopse, num primeiro momento, me animou e após ver o maravilhoso elenco, somado à falta de outras opções no horário disponível, resolvi apostar os R$ 21,00!

Quanto ao filme:

A primeira impressão não foi das melhores, pois a tradução do nome foi patética. Não sei se foi por causa do apelo comercial ou por algum surto de genialidade da empresa responsável pela obra em nosso país, no entanto, alterar Red Lights (Luzes Vermelhas) por Força Paranormal é, no mínimo, bem esquisito.

No mais, posso dizer que não me arrependi do dinheiro gasto, pois além do show de Cillian Murphy (O espantalho, porra!), sempre tive uma queda pelas produções que se baseiam na eterna batalha entre a fé do sobrenatural e o ceticismo científico. A produção não possuía grandes efeitos especiais e, muito menos, pode ser considerada um filme cabeça, todavia, em comparação as demais opções, talvez seja um dos poucos filmes que te obrigue a pensar mais um pouco.

Sobre a história:

A trama se passa nos bastidores de uma dupla de caçadores paranormais, representados pela veterana Dra. Margaret Matheson (Sigourney Weaver) e seu fiel escudeiro, o físico Tom Buckley (Cillian Murphy). Ambos, conceituados cientistas, passando por um período de descrédito na Universidade, superam as adversidades financeiras para se manterem na ativa, desmistificando através das  red lights (nome original do filme), ou simplesmente pistas sutis de trapaça, os mais variados fenômenos, antes ditos como metafísicos.

As cenas iniciais são bem interessantes e de forma didática explicam alguns truques utilizados pelos diversos charlatões que surgem no decorrer da trama. De ações primárias, como balançar uma mesa através da aplicação de força sobre o ponto de apoio da mesma, até salas super equipadas e pontos eletrônicos. Dessa forma, à medida que curandeiros Waldomiro Santiago foram presos e grandes adversários ridicularizados, a rancorosa Margaret dizimava qualquer possibilidade de existência do sobrenatural, independentemente das provas que lhe apresentassem. Condição esta, que é brutalmente alterada com o retorno Simon Silver (Robert De Niro). Um telepata cego, e  antigo desafeto de Margaret, que abandonando a sua aposentadoria enigmática, inexplicavelmente, retorna após trinta anos, para tornar-se o maior desafio a ser batido pelos céticos profissionais.

É neste momento, de evidência na mídia, que o clímax do filme surge. Uma vez que, desobedecendo as constantes advertências de sua superior, o jovem Tom Buckley dá início à caçada em busca da verdade, assim como do tão almejado  prestígio de sua pesquisa.

Nota:  7,5