Iluminamos: Mama

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Fala galera que sentiu falta das minhas postagens, mas não se manifestou devido à tamanha timidez! rsrs

Após algumas semanas de inércia mental, trago-lhes a mais nova obra de arte do terror internacional. Não, ainda não venho falar  do remake de Evil Dead, contudo, tornando-se uma grata surpresa para este insosso mês de abril, Mama se aproveitou da deixa e mandou um grande Suck aos críticos do Terror na Sétima Arte!

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E aí, o qui acharam?

Num primeiro momento serei obrigado a confessar que não fazia a mínima ideia de que esse filme estava em cartaz. Talvez devido ao meu ostracismo diante ao mundo virtual ou simplesmente o resultado de uma campanha de divulgação completamente desleixada, todavia, a despeito do marketing, afirmo que me valeu cada real gasto. Há anos não assistia a um filme que de tão suave, literalmente, brincava com a agonia do espectador, isso sem falar do jogo impecável de luz e sombras, que a despeito de algumas pequenas falhas técnicas, deram-lhe um tom inovador e completamente original. Pode parecer propaganda exagerada, mas até o próprio Guilhermo Del Toro rendeu-se ao pavor do curta dirigido por Andres Muschiett, acertadamente escolhido para também dirigir o longa.

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Pela maneira como desenrolou-se, essa cena é uma das mais geniais que vi em filmes do gênero.

Caso tenham coragem:

Sobre o filme, para aqueles que não fazem a mínima ideia sobre o que estou falando,  aqui está a sinopse:

Após a quebra da bolsa de valores, Jefrey, o pai de Victoria e Lilly, em meio a uma crise de pânico assassina sua esposa e foge para uma floresta onde vê-se preso a um dilema: matar-se e deixar suas pequenas a mercê da própria sorte num ambiente inóspito ou incluí-las na lista e partir para o eterno descanso. A segunda fora eleita, contudo, antes que pudesse executá-las uma fantasmagórica criatura entra em cena. Durante cinco anos, ninguém possuía notícia do paradeiro da família que sumira  durante aquele inverno tenebroso, até que num golpe de sorte, dois caçadores de recompensa – contratados pelo tio das duas  descobre o paradeiro das singelas crianças, que ainda vivendo na mesma cabana, completamente selvagens, não deixam pistas de como conseguiram sobreviver. É nesse momento que Lucas (Nikolaj Coster-Waldau) e Annabel (Jessica Chastain), tios legítimos, adotam Victoria e Lilly e tentam lhes dar uma vida tranquila, contudo logo percebem que existe algo errado. A despeito do comportamento animalesco, e completamente instintivo,  as duas também conversavam frequentemente com uma entidade invisível, chamada de “Mama”, que parecia protegê-las.

Não sei quanto a vocês, mas durante essa premissa achei a ideia interessantíssima, afinal não é sempre que tratamos de filmes de terror que exploram o vínculo materno entre uma entidade sombria e duas inocentes crianças largadas à mercê da própria sorte . Fato esse que, por um breve momento, me levou a abstrair ao ponto de buscar sinais de como havia sido este relacionamento. As conclusões não foram das melhores… Para os medrosos! rs

 Pontos Positivos.

  •  Prefiro não falar sobre as cenas, afinal, qual a graça de desvendar o caminho das pedras. Especialmente num filme que pode assustá-lo várias vezes. Contudo, sobre a parte técnica tenho muito a dizer, especialmente sobre a espetacular atuação das atrizes mirins Megan Charpentier e Isabelle Nélisse, que mesmo protagonizando algumas das cenas mais horripilantes,  exitosamente  conseguiram  transpassar ao telespectador o que há de mais singelo nas crianças, a sua ternura. Pode parecer exagero, mas é praticamente impossível não ser cativado pela surreal Lilly. Contudo, quanto aos demais atores, mesmo não vendo nada digno da minha atenção, a não ser Jessica Chastain – dessa vez numa roqueira extremamente sexy –  achei bem interessante que o núcleo central do filme tem a marca registrada do produtor ao ser completamente feminino, afinal, não difere  de O Labirinto de Fauno e O Orfanato.
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A pureza diante o caos.
  • Outro ponto que merece destaque é o cenário que, incorporando toda a sutileza esperada, habilmente constrói um ambiente suavemente sombrio, que a meu ver casa perfeitamente  com a trilha sonora. Essa, tão importante quanto, faz-se fundamental para mesclar a gama de sensações que envolvem os personagens. Particularmente, gostei muito das viradas de cena, especialmente, quando o som harmônico e leve, quase de maneira imperceptível, dá lugar a mais pura tensão.

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  • Para fechar, a despeito de não ter gostado da qualidade gráfica – fato que explicarei logo abaixo –  a cena onde nos é apresentado o corpo da tortuosa Mama realmente é de arrepiar, e digo mais, para os sensíveis do grupo – Messias e Ebony –  caso queiram ver o filme, faço questão de pagar a entrada, afinal, se até eu me assustei, imagine o quanto vou me divertir ao vê-los tendo um AVC.
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A mescla perfeita entre a ingenuidade de uma criança que sem afeto vinculou-se ao mal, com a ótica aterrorizada de um espectador incrédulo.

 

Pontos negativos.

 

  • Infelizmente não estou tratando de uma obra impecável, contudo o que mais me incomodou não foram os leves furos no roteiro, mas, sim, o péssimo CG, ainda mais quando falamos da entidade Mama. É extremamente frustrante você esperar para vê-la melhor, e quando isto ocorre, em vez  de algo mais próximo do ser humano damos de cara com um gráfico xexelento de um jogo de PS2. Todavia, não posso negar que ainda é assustador. Mesmo parecendo uma lunática vesga com inanição, ela certamente lhe dará pesadelos.
As vezes é mais fácil fazer o simples...
As vezes é mais fácil fazer o simples…

Para aqueles que esperam uma conclusão elaborada, infelizmente não a terão. No entanto, posso afirmar com convicção que Mama é muito mais do que um filme de terror, pois, embora seja repleto de cenas horripilantes não é difícil rir ou até se emocionar com o enredo da história. A profundida de alguns personagens deixam a desejar em certos momentos, mas no conjunto da obra perdem rapidamente a relevância diante dos pequenos detalhes da  trama, afinal,  não lidarmos com  outro filme pipoca de uma vertente tão desacreditada, mas sim uma singela obra arte.  Por fim, afirmo-lhes que se trata de uma  corajosa proposta,afinal, não é todo diretor que logo em seu primeiro filme diz aos espectadores que o Terror pode apresentar muito mais do que nos acostumamos. Quem sabe, a partir da receptividade do público, filmes como O Orfanato ainda tenham a esperança de emplacar no cenário mundial.

Para aqueles que se interessaram, deixo aqui o trailer:

Don Vitto

Escritor, acadêmico e mafioso nas horas vagas... Nascido no Rio de Janeiro, desde novo tivera contato com a realidade das grandes metrópoles brasileiras, e pelo mesmo motivo, embrenhado no submundo carioca dedica boa parte de seu tempo a explanar tudo que acontece por debaixo dos panos.

Este post tem 3 comentários

    1. José Messias

      AHUAHAUAHAUAHUAA. Pensei a mesma coisa quando vi o título do filme

  1. Carla

    Affff !!!!! estava na casa do tia do meu namorado….e quase morri do coração enquanto ela ria da minha cara de pânico!!! Mas,depois ela confessou que os meus sustos acabavam a assustando também !!! rsrs
    Recomendooooo!!!
    Obs:dormi com a cabeça totalmente tampada pelo cobertor !!! rsrs (y)

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