Iluminamos: Meu Passado Me Condena.

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Fábio Porchat em mais uma comédia? É isso aí. O cara tá aproveitando mesmo a barca da Porta dos Fundos e entrando de cabeça em mais uma comédia de longa-metragem. Depois de estrelar os sucessos de bilheteria Vai que Dá Certo e O Concurso, agora estreia no filme derivado da série homônima que tá na segunda temporada, no canal Multishow. Meu Passado Me Condena retrata o casamento de Fábio e Miá, personagens homônimos dos atores Fábio Porchat e Miá Mello, que depois de um mês de namoro, resolvem se casar e passar a lua-de-mel num cruzeiro da Bahia à Europa.

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Stepan Nercessian, numa participação especial completamente desperdiçada. Uma das cenas meio desnecessárias do filme.

Filmado em apenas algumas semanas, dentro de um cruzeiro real, em um transatlântico e em cooperação com a empresa Costa Viagens em seu navio Costa Favolosa, o filme narra o período conturbado da lua-de-mel de dois noivos que pouco se conhecem e, por uma coincidência um tanto quanto forçada, acabam por dividir a viagem com um outro casal, formado pelo ex-namorado-de-longa-data-rico-foda-bem-dotado-inteligente, Beto e por sua esposa, uma médica que foi o amor de infância de Fábio.

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Beto (Alejandro Claveaux), o ex de Miá, e Laura (Juliana Didone), a queridinha de infância de Fábio. Coincidência demais, até pra uma comédia romântica…

Assim, a história gravitará entre as possibilidades que tal encontro inusitado poderá criar para os dois casais, e entre as intrigas que serão feitas por um casal de empregados do transatlântico (interpretados por Marcelo Valle e Inez Viana), que, apesar de doidos pra ganhar um dinheiro com chantagens e vigarices, acabam provando terem bom coração, no fim das contas. As intrigas pioram quando se faz o contraponto entre o ex-namorado de Miá, rico, generoso e maduro, e Fábio; um reles animador que trabalha no salão de festas do pai, meio classe média remediado, e totalmente pão-duro.

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Marcelo Valle e Inez Vianna tentam ganhar algum troco em cima das confusões com o casal protagonista.

Porchat está em ótima forma, e faz improvisos e colocações oportunas e extremamente engraçadas. A essa altura do campeonato, não podemos dizer que ele é um ator, propriamente dito, e sim uma ‘persona’, capaz de improvisar pequenos monólogos rápidos e engraçadíssimos que são meticulosamente inseridos nos intervalos dos roteiros dos filmes. Desde a primeira incursão do comediante nos longas, ele vem desenvolvendo essa ‘persona’, e isso vai, já, garantindo uma simpatia, que é correspondida por um incrível timing cômico.

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O elenco de apoio também é muito bom. Miá Mello, apesar de excessivamente risonha e, em alguns momentos, não muito convincente enquanto recém-esposa contrariada pelas atitudes imaturas e extremamente infantis de seu novo marido, pareceu ter se divertido bastante durante as filmagens, e isso transpareceu no filme, garantindo um balanço à sua atuação um tanto quanto inconsistente. Marcelo Valle e Inez Viana fazem de maneira bem competente o casal safado-pero-no-mucho; enquanto o casal oposto, formado por Beto e Laura, tem uma atuação burocrática, e tão, mas tão apagada, que só reforça o fato de que Fábio e Miá não podem, de maneira nenhuma, sofrer de recaída por seus amores passados, devendo continuar juntos.

Lá pelo meio, quando o filme parece que vai desandar, acabamos conhecendo um novo personagem, Cabeça (Rafael Queiroga), um amigo de longa data de Fábio, mochileiro, porra-louca. O novo personagem dá uma arejada no roteiro, que parecia estar se esgotando, já que os problemas que aparecem vão se resolvendo um tanto quanto rápido demais. Aliás, o ritmo rápido com que as situações-problema aparecem e são contornadas são minha única restrição a esse divertidíssimo filme. Pareceu, sinceramente, que foram situações retiradas diretamente do seriado, e que não foram devidamente tratadas pra serem colocadas em um filme, resultando em vários momentos um tanto quanto apressados, e que deixam alguns hiatos desconfortáveis, quando não se tem a menor ideia do que pode vir a acontecer.

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Cabeça é uma adição tardia e interessante ao elenco. Várias das brincadeiras que ele e Fábio fazem me lembraram dos bons tempos que Dr. Housy e eu sacaneávamos na UERJ… hahaaha

No mais, é uma comédia bastante divertida, leve, e completamente despretensiosa. Basicamente sustentada pela atuação e improvisos de Fábio Porchat, e que vale, com certeza, o seu suado dinheirinho.

Colossus de Cyttorak

Detentor dos segredos da Mãe-Rússia, fã incondicional de jogos da antiga SNK (antes de virar esse arremedo, chamado SNK Playmore), e da Konami, Piotr Nikolaievitch Rasputin Campello parte em busca daquilo que nenhum membro da antiga URSS poderia ter - conhecimento do mundo ocidental. Nessa nova vida, que já conta com três décadas de aventuras, Colossus de Cyttorak já aprendeu uma coisa - não se deve misturar Sucrilhos com vodka, nunca!!!!

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