Olá, Nerds e Nerdas, tudo bom? Passado o Oscar e sua relevância para a Sra. Delarue, foi a vez de Ninfomaníaca – Parte 2 estrear no cinema e lá fui eu assistir. Não fiz uma crítica da primeira parte porque, como o filme foi “cortado” em dois, nada mais sensato do que fazer uma crítica quando saísse a segunda parte.

Apesar de analisar as duas partes como um filme só, gostaria de ressaltar que a segunda parte é bem mais interessante que a primeira, talvez pelos questionamentos que a protagonista tem com o seu ouvinte.

Dito isso, Ninfomaníaca nos conta a história de Joe, que, desde cedo, teve a sua sexualidade explorada e, caros leitores, entendam explorada como ela “se conhecendo” e não uma exploração com ajuda de terceiros (já que tudo começa aos 9 anos de idade). Devido a isso, Joe sempre buscou a satisfação. Apesar do título do filme e das várias cenas de sexo, todavia, é justamente o sexo o fator secundário na história.

O ponto alto do filme, na minha opinião, foi a angústia de Joe em se questionar se é ou não um “ser humano ruim” e seu sentimento de culpa, uma vez que, dentre outras coisas, ela nunca se pautou por moralismos ou questões religiosas. Seus questionamentos são melhor explorados na segunda parte do filme e são eles que tornaram o filme realmente interessante.

Quanto ao tal desconforto que muitos falaram e escreveram, relacionado às cenas, explícitas ou não, de sexo, eu não vi nada demais. Considero um bando de moralistas (ou falsos moralistas) porque sexo sempre foi um tabu na nossa sociedade. Todos nós fazemos, mas dizer que gostamos não nos é permitido. Tanto que, se ao invés de uma mulher o filme nos apresentasse um homem ninfomaníaco, será que as reações e observações seriam as mesmas? Afinal, vivemos em uma sociedade machista.

Resumindo: Apesar de todo o marketing que o próprio Lars Von Trier fez do filme juntando as as “polêmicas” cenas de sexo, Ninfomaníaca é um filme interessante Não é essa pizza toda, mas vale a pena uma conferida.

Abraços.