Iluminamos: O Espetacular Homem-Aranha 2 – A Ameaça de Electro

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Fala aí.

Espetacular Homem-Aranha 2 2013Nada mais justo do que eu, Ebony Spiderman, “amigão da vizinhança” (menos do Housy), falar de minha experiência cinematográfica assistindo ao filme “O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro” (The Amazing Spider-Man 2). Tendo Marc Webb mais uma vez na direção, o longa apresenta a seguinte sinopse segundo o site filmow:

“É ótimo ser o Homem-Aranha. Para Peter Parker (Andrew Garfield), não há nada melhor do que se balançar entre arranha-céus, ser um herói e passar tempo com Gwen (Emma Stone). Mas ser o Homem-Aranha tem um preço: apenas ele pode proteger os nova-iorquinos dos vilões que ameaçam a cidade. Com o surgimento de Electro (Jamie Foxx), Peter precisa confrontar um inimigo mais poderoso do que ele. E quando seu velho amigo Harry Osborn (Dane DeHaan) retorna à cidade, Peter percebe que todos os seus inimigos têm uma coisa em comum: a OsCorp.”

Em primeiro lugar é bom dizer que minhas expectativas para este filme estavam altíssimas por conta do trailer. Muito disso por causa do 3D, que imaginei dar a sensação de saltos e quedas na movimentação do Aranha (sendo, deste modo, melhor que a dos filmes da trilogia do Sam Raimi e que a promessa de 3D do filme anterior, a qual tinha a proposta de fazer você se tornar um Homem-Aranha ao acompanhar as peripécias do herói, mas que frustrou muitos, durando apenas alguns poucos segundos). Além disso, os diálogos apresentados no trailer pareciam bem interessantes (também superiores às falas esquizofrênicas da franquia anterior). Por último, esperei um filme mais solto e descompromissado com relação ao filme anterior (não enquanto história), para deixar o Aranha menos preso ao Peter Parker mais nerd-adolescente-tímido que também foi alvo de críticas no primeiro filme. Então, uma vez explicada minha expectativa, vamos ao bom e velho “mimimi” de fã.

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De cara digo que este segundo filme é melhor que o primeiro, mas ainda assim bem fraquinho. Os diálogos, de fato, estão bem melhores. Você vê o Aranha interagindo com a população (a cena com os bombeiros foi brilhante), brincando e sendo exemplo, se preocupando com as crianças com uma delicadeza bem mais atualizada que o Homem-Aranha do Tobey Maguire – na medida em que o personagem do Tobey era mais “clássico”. Os diálogos estavam tão bacanas (do Homem-Aranha) que até a cena em que ele tem uma conversa motivacional com Electro a laAugusto Cury” não me incomodou.

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Outro ponto forte do filme foi a atuação dos atores envolvidos, você sente o envolvimento deles para que aquele roteiro fraco ficasse um pouco mais interessante. Não fosse isso, o filme teria ficado ainda muito pior do que já foi. No filme “Capitão América 2 – O Soldado Invernal”, foi necessário todo o elenco, pois “Chris Evanescence”, mesmo em sua melhor atuação como Capitão América, nunca teria levado o filme sozinho. Já no caso do Cabeça de Teias, percebe-se que eles interagem bem em cena. Até o personagem do Jamie Foxx (que eu esqueci o nome) teve seu mérito apesar do estilo híbrido “Nerd 22”. Na boa, como ele ficou chateado de que alguém não iria gostar dele sendo chato daquele jeito.

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Outro ponto forte, como se esperava, foram as cenas de movimentações do Aranha. Suas “balagandadas” nas teias foram excepcionais, muito melhores que as do primeiro filme, que já tinham ficado boas. O uniforme também foi acertado, tá muito melhor que o ”Homem-Aranha de kichute e óculos ray ban” do primeiro filme, dessa vez foi usado um uniforme mais próximo do clássico e nem deram muitas explicações, graças a Deus! Neste filme foi trabalhado um Peter Parker mais apoderado do Homem-Aranha, mas ainda um adolescente imaturo com uma loirona muito mais decidida. SPOILER! A morte da Gwen (ferrou, falei. Ah dane-se), me pegou de surpresa, porque não achei que fossem dar fim a um casal que estava dando tão certo (juro que achei que fossem enrolar a morte para um terceiro filme), mas foi interessante vê-la caraterizada como nos quadrinhos em sua morte.

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Bom, já fiz muitos elogios, agora é a hora do “tá de brincation!” que, pra começar, fica com a parte da trama sem pé nem cabeça, começando com a história maluca que o diretor “Marco Teia” resolveu por de um vilão que fica com raiva do Aranha porque… sei lá porque, acho que foi porque ficou careca, igual o Lex Lutthor da Era de Ouro. O cara, em vez de agradecer o tapa no visual, ficou todo mal-comido com o Aranha que não tinha nada a ver com ”o Dia de Princesa” dele, e convenhamos, que gênio da engenharia tem a grande ideia de mexer com cabos de eletricidade com as mãos equilibrando-se num corrimão? Apesar disso as duas lutas foram bem bacanas e a primeira lembra a do jogo Ultimate SpiderMan. 

O Harry Osborn foi um saco, talvez o mais fraquinho dos três atores e com a mesma lenga-lenga de passado triste e térereu (ainda bem que deram uma avançada com sua história). No entanto, foi sacaneado pelo enredo rápido do filme e, do nada, ele sozinho deixa DOIS guardas inconscientes para pegar uma vacina para sua doença, toma a injeção e vira “Grinch“. Obviamente, a primeira coisa que ele pensa em fazer em meio a uma DOR IMENSA é vestir uma armadura e dar um rolé por Nova Iorque (por que não?).  Quem melhor foi aproveitado foi o Rhino, que foi o vilão que mais fez sentido no filme (apesar das duas participações dele me lembrarem o teleket), pois ele só serviu de escada para  momentos de alívio cômicos. O filme teve muitas cenas deletadas, espero que elas estejam no DVD e que façam sentido para a história.

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Há mais, sei que estamos lidando com um Peter Parker adolescente, mas precisa mesmo ficar de punhetagem com a pobre Gwen? Não acho que tenha sido a pior parte, mas eram os momentos em que eu bocejava. Pombas, horas o Peter queria terminar com a Gwen porque não conseguia tirar o “sogrão” da cabeça, horas ele corria atrás dela.

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Não achei grandes coisas a participação do Stan Lee, no primeiro filme foi muito melhor. Como disse anteriormente, gostei muito dos diálogos, mas as desculpas que o Peter usa para despistar a Tia May são psicóticas. O cara usa máscara e fica com o rosto preto (tá!), daí aparece a Tia May e pergunta, “que porra é essa?”, ele diz que foi a chaminé. Ela diz que não tem chaminé e fica por aí. É a mesma maluquice do primeiro longa: ele volta pra casa com a cara arregaçada e a “coroa” pergunta pela “porra dos ovos”.

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Irritou-me profundamente o peso que Capitão Stacy, o pai de Peter e Harry Osborn tiveram na trama, sendo que só foi feita uma ressalva de rodapé pro Tio Ben. E, por falar nisso, outra coisa que me incomodou foram algumas inversões que aconteceram. Peter, por exemplo, ficou mais tempo se questionando, reorganizando psiquicamente a morte do Capitão Stacy que a morte do tio Ben e própria morte da Gwen (espero que deem uma explorada maior nesta morte num terceiro filme).

Apesar deste filme ter ficado muito melhor do que o primeiro, na minha opinião, de ter visto um Peter Parker mais coerente (porque o Peter do primeiro filme é muito mais descolado do que o que esperávamos e neste filme, já puderam lançar mão de um Peter um pouco mais safo), este filme apresenta muitos filmes dentro e não fecha (assim como no filme 1), o perigo é que tendo um filme 3, este filme seja só para dar resposta a todas as lacunas dos outros dois filmes (a lógica de Batman TDKR), porque ainda tem o plot do Sexteto Sinistro.

Pra terminar, talvez a coisa que mais tenha me dado raiva foi esperar até o final dos créditos, sedento pra ver as (agora) obrigatórias cenas pós-créditos e me deparar com uma cena do filme dos X-Men, que apareceu por conta de uma treta entre o diretor e a Fox, mas que pouco me interessava no momento. Fiquei igual a um lesado no cinema, pra no fim ver mais um comercial do filme dos X-Men que já tinha visto em casa.

X-Men-Dias-de-um-Futuro-Esquecido

Nota: 6,1  iluminadas

Panter-O

Redator dos Iluminerds, antenado em quadrinhos e Psicologia. Esta será a minha melhor versão de mim, rsrsrs.

Este post tem 8 comentários

  1. JJota

    Como eu já tinha observado, esse Homem-Aranha é muito diferente do das HQs… Pô, o centro moral parece ser sempre mais a morte da porra do Capitão Stacy do que do Tio Ben… Só de não ver “grandes poderes, grandes responsabilidades” no primeiro filme já me mostrou que, nesta franquia, o Aranha não tem alma.

      1. paulo joão

        Tinha, pena que cagaram no terceiro filme mexendo justamente na morte do tio dele.

      2. JJota

        Tinha, Renver. Homem-Aranha do Raimi é como o Batman do Nolan: os últimos filmes foram tão ruins que virou meme falar mal da trilogia como um todo.

  2. paulo joão

    No filme “Capitão América 2 – O Soldado Invernal”, foi necessário todo o elenco, pois “Chris Evanescence”, mesmo em sua melhor atuação como Capitão América, nunca teria levado o filme sozinho.
    Mas ele levou o filme sozinho, por mais incrível que pareça, pois tirando o vilão principal, ninguém se destaca no filme.

  3. paulo joão

    O Harry Osborn foi um saco, talvez o mais fraquinho dos três atores e com a mesma lenga-lenga de passado triste e térereu (ainda bem que deram uma avançada com sua história).
    Acho justamente o oposto, ele realmente passa de idéia de ser um riquinho psicopata estilo Lex Smallville, mas realmente parecendo perigoso. Mas querer que com tão pouco tempo ele faça milagre é complicado.

  4. paulo joão

    A morte da Gwen (ferrou, falei. Ah dane-se), me pegou de surpresa, porque não achei que fossem dar fim a um casal que estava dando tão certo (juro que achei que fossem enrolar a morte para um terceiro filme), mas foi interessante vê-la caraterizada como nos quadrinhos em sua morte.
    Melhor coisa do filme.Mas sabe a verdade?Não deviam ter matado, pois ela sempre foi um dos poucos pontos altos dessa franquia.

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