Iluminamos: Oz – Mágico e Poderoso.

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Fala galera que curte a crítica de cinema menos técnica da blogosfera! Hoje, após uma árdua ausência ($$$) das salas de cinema, venho com a resenha de Oz Mágico e Poderoso.

Vamos ser sinceros, quem ainda se lembra de O Mágico de Oz original? Caso seja mais um desmemoriado – welcome to the club! – reveja o filme, pois, fica muito mais interessante, afinal, como poderá divertir-se com as diversas sacadas?  No entanto, para aqueles que buscaram rever ou apenas se lembram do primeiro filme:  quais de vocês nunca se perguntaram sobre a origem do canastrão velhinho que se escondia por trás de uma cortina e efeitos especiais? Como que o Mágico de Oz construiu o seu reinado sendo apenas um mero ser humano vindo do Kansas? Será que foi na bala?

Poster completo.

Para aqueles que não conhecem a história, Oz – Mágico e poderoso é uma prequel de O Mágico de Oz, ou simplesmente, uma ousada filmagem feita para contar todos os acontecimentos que antecederam The Wonderful Wizard of Oz – primeiro best-seller infantil –  criada em 1900, por L. Frank Baum.

Caso queiram saber um pouco mais aí está a sinopse do filme de 1939:

Dorothy (Judy Garland) é uma garota que vive com os tios em uma fazenda no Kansas. Mas por causa de um ciclone, ela e seu cãozinho Totó, são levados para a terra lendária de Oz. Na Cidade Esmeralda, ela trilha a mais famosa estrada da história do cinema: a estrada dos Tijolos Amarelos. Dorothy descobre que o único capaz de levá-la de volta para seu mundo é o todo-poderoso Mágico de Oz, ela resolve procurá-lo e no caminho conhece, o Espantalho (Ray Bolger), o Homem-de-Lata (Jack Haley) e o Leão Covarde (Bert Lahr). Os quatro se unem pois estão atrás do Mágico que é o único capaz de realizar seus desejos.

Link do filme AQUI

E agora, a sinopse do novo filme retirada do Cinepop:

Quando Oscar Diggs (James Franco), um inexpressivo mágico de circo de ética duvidosa é afastado da poeirenta Kansas e acaba na vibrante Terra de Oz, ele acha que tirou a sorte grande – fama e fortuna o aguardam – isso até encontrar três feiticeiras, Theodora (Mila Kunis), Evanora (Rachel Weisz) e Glinda (Michelle Williams), que não estão convencidas de que Oz é o grande mágico pelo qual todos estão esperando. Relutantemente envolvido nos problemas épicos que a Terra de Oz e seus habitantes enfrentam, Oscar precisa descobrir quem é bom e quem é mau antes que seja tarde demais. Lançando mão de suas artes mágicas através de ilusão, ingenuidade e até de um pouco de magia, Oscar se transforma não apenas no grande e poderoso Mágico de Oz, mas também em um homem melhor.

Agora que estamos todos situados, vamos à diversão!

Dessa vez, com um pouco mais de dinheiro em caixa, fiz questão de apostar novamente nos filmes em 3D da Disney e, felizmente, não fui surpreendido com outro “Alice no país das Maravilhas”, no qual a tecnologia 3D fora empregada apenas para dar profundidade ao cenário. Assim sendo, logo de início, fui pego por uma abertura em preto & branco baseada no primeiro filme que, a meu ver, junto às ótimas jogadas em 3D,  deram um toque mais  plástico a entrada.

Outro detalhe que faço questão de salientar diz respeito a preocupação com o elenco, uma vez que Mia Kunis e James Franco são os protagonistas do filme. Quanto a isso também não tenho muito a dizer, pois, como já era de se esperar, eles não possuem muita profundidade e assim como o primeiro filme, dão às telonas aquela aura infantilizada e caricata. Com toda a certeza, o maior destaque deve ser creditado a construção do mulherengo mágico que, atendendo ao espírito canastrão do velho Oz, nos mostra a irrelevância de boa parte do discurso feito por Glinda (Bruxa Boa). A despeito dos valores morais sempre empregados pela Disney, quando pensei que me frustraria com a mudança repentina do protagonista – deixando sua verdadeira essência gananciosa e egoísta para assim transformar-se num herói -, ri horrores ao lembrar-me das frases finais, quando Dorothy e Cia são “presenteados” ao concluírem a sua missão. Não deu outra, e pensei comigo: “Que Cretino! Ele continua a mesma coisa…”

Três belos motivos para assistir o filme. Em ordem da esquerda para direita, pulando o Franco, Glinda, Theodora e Evanora,

Outro ponto interessante foram as constantes referências ao primeiro filme, dando a entender ou até complicar a origem de alguns personagens, especialmente no que diz respeito a Bruxa Má do Leste. Ao invés de ser esmagada por uma casa antes mesmo de dar as caras, agora é conhecida como Evanora, tendo um grande destaque ao ser interpretada pela maravilhosa Rachel Weisz. Quase ia me esquecendo!  Além das origens, também temos a inserção de novos personagens, como um divertidíssimo macaco-alado e uma neurótica menina de porcelana.

Alívios cômicos e nada mais… rs

Após tecer diversos elogios, creio que seja justo partir para as críticas, certo? Então vamos lá!

Não obstante a boa interpretação, achei que James Franco sofreu uma espécie de síndrome de Johnny Deep nesse filme. Sei que muitos podem discordar, mas alguns gestos e feições remeteram a imagem do desquitado esquisitão. Outra questão que não ficou muito bem explicada foi à alternância da índole de Theodora que de pessoa impulsiva passa a perversa, o que ao mesmo tempo deu uma luz a célebre frase dita por Oz a Robert Dow… Homem de lata em O Mágico de Oz:

“Queres um coração, mas não sabes o quanto és sortudo por não tê-lo. Corações só servirão quando não puderem ser partidos.”

Será que é só impressão minha?

Sobre o roteiro, posso dizer que não gostei nem um pouco dos trejeitos contemporâneos inseridos no contexto do filme. Mesmo achando que a estória poderia ter sido mais elaborada, ao rever O mágico de OZ também não achei nada demais. Contudo, a seu favor pesam as interpretações magistrais que, independentemente do personagem, deram vida ao enredo. Destaque ao maravilhoso espantalho trôpego de Ray Bolger.

Desse modo, traçando um paralelo entre os filmes, especialmente no segundo, não me senti tragado ao fantástico mundo de Oz e, mesmo com o advento tecnológico a seu favor, tudo me pareceu bem fora do possível. Porém, este poder ser o intuito…

Que tal embarcar nessa aventura?

No mais, para evitar dar  novos spoillers, posso dizer que é um filme bem divertido e vale o ingresso.

Para aqueles que desejam assistir um bom trailer, é só clicar no vídeo logo abaixo.

Don Vitto

Escritor, acadêmico e mafioso nas horas vagas... Nascido no Rio de Janeiro, desde novo tivera contato com a realidade das grandes metrópoles brasileiras, e pelo mesmo motivo, embrenhado no submundo carioca dedica boa parte de seu tempo a explanar tudo que acontece por debaixo dos panos.

Este post tem 12 comentários

  1. Deka

    Eu gostei do filme, achei divertido, principalmente o Finley e a Garota de porcelana. Vi muita gente falando que preferia que o par romântico final tivesse sido diferente. O filme não vai mudar a vida de ninguém, mas acho que vale o ingresso também, tem aquele toque meio canastra do Sam Raimi, que prefiro muito ao invés do estilo Tim Burton.

    1. Don Vittor

      Com certeza valeu o ingresso. Só não gostei mesmo de algumas piadas contemporâneas em meio a um enredo tão grandioso como o de O Mágico de Oz.

  2. Alline Miller

    Eu concordo com tudo no início, mas discordo do resto… É engraçado q eu e meu namorado comentamos sobre exatamente as mesmas coisas q vc nos seus 3 primeiros tópicos…
    Foi mto foda terem mostrado quem era a criatura q era esmagada… a abertura do filme foi sensacional… o início tbm, igual ao primeiro, começando em preto e branco e tal…
    O filme estava todo liiiindo, com aquele mundo fantástico que deu um banho no criado em Alice – eu achei u.u
    Achei as cenas na aldeia da bonequinha super tensas, mas brilhantes…

    mas nem vi semelhança entre a interpretação do James Franco com o Johnny Depp… Talvez seja pq ele era mó ladino no filme, e os personagens do Johnny Depp quase sempre são neh…
    E nossa, como assim vc não se sentiu tragado pra Oz?!

    A minha crítica é uma só: deram mole no início do filme no seguinte: a primeira moça deveria ser a Mila Kunis.
    Os personagens do mundo de Oz tem seus equivalentes no mundo real – a bonequinha/a menina no circo, a Glenda e a outra moça… o ajudante dele – q não passava de um macaquinho adestrado em Oz era, de fato, um macaco adestrado…
    Se a primeira moça fosse a Mila Kunis seria legal pq a decepção foi meio q a causa da transformação dela em Oz – no mundo real isso faria todo o sentido. No início, qdo ela percebe q não era especial pro mágico… No filme antigo, dá a entender q a velha babaca é a bruxa do oeste… Ela poderia ser a velha babaca pq ficou mto decepcionada e tal… Como em Oz
    Mas fora isso, tudo lindo, mto amor!

    1. Deka

      A primeira moça você diz é a ajudante que ele tem no começo? Seria até interessante.

      1. Don Vittor

        Já que usaram a Michelle Willians duas vezes, pq não a Mila Kunis rs?

        1. Deka

          Mas nesse ponto pensando melhor acho que dá um peso maior para a Glinda ser parecida com o antigo amor dele, seria a única ponte visual para o mundo que veio, aliás acho que ela seja a única da 3 bruxas de Oz ele jogue a real de ser um malandro, acho que ele nem tenta manter a pose pra ela.

          1. Don Vittor

            Além dessa afeição, entre as três bruxas ela foi a mais realista na hora de confrontá-lo. As suas falas eram secas e diretas, ao contrário da Theodora que por ser a mais ingênua, sequer teve chance de desmascará-lo rs

    2. Don Vittor

      A questão da equivalência é fácil de ser percebida, principalmente entre os coadjuvantes, todavia, caso o mundo fantástico seja apenas a imaginação do mesmo ao encontrar-se inconsciente, aí sim, seria válido. Na verdade, não deixa de ser uma mera questão de gosto e, como prezo por tramas mais realistas, mesmo achando bem bonita a cena da cidade de porcelana, não vejo a necessidade dessa compensação. Ele não conseguiu fazer a paralítica andar (tudo bem, ele não é um pastor milagreiro rs), destratou seus auxiliares e usou as mulheres como um mero objeto de prazer; ponto final.
      O Mágico de Oz era um ser humano desprezível e ao final do filme, com essa mudança prévia de atitude, o que me pareceu foi o seguinte: Agora está tudo bem, ele já recompensou a todos, afinal, salvou Oz… As vezes até faço questão de viajar na ideia de que isso é apenas uma ilusão criada dentro de uma cabeça narcisista e repleta de culpa, o que não seria ruim, afinal, ele teria autocensura e até um pouco de consciência.

      E para fechar, seguindo para O Mágico de OZ, podemos ver que, do início ao fim, Theodora tornou-se a grande vítima da história.

  3. Renata

    Olha, estou me sentindo um pouco amarga. :/

    Pra mim só existem 3 coisas boas no filme: A Rachel Weisz (linda e má), a bonequinha de porcelana (que protagoniza a única cena realmente bela do filme) e o macaquinho, que é engraçadinho. Até gosto da Mila Kunis, mas no início eu só via uma personagem completamente apática (construindo um romance num estalar de dedos com o Oz. WTF? o_O). Depois de descobrir a vadiagem do amado, ela passa a ser a coisa mais teatral do mundo, de se debulhar em lágrimas na frente de um espelho (quanto sofrimento) pra uma cara de cruel logo em seguida (mas ele me paga!) pra novas lágrimas derramadas (mas ainda estou tão ferida…). Blergh. Mas como Bruxa Má, eu até que gostei.
    Nunca achei o James Franco uma Brastemp, e a Michele Williams é outra atriz… normal.

    O que realmente me incomodou no filme foram os clichês. Eu sei que estamos falando do Mágico de Oz, onde a amizade e o amor são essenciais para alcançar os objetivos e blablabla, mas… Sei lá. Os diálogos são clichês, as cenas clichês, as piadas clichês. As caras e bocas que os atores fazem são clichês. “Minha avó morreu na guerra.” “Qual guerra?” “*Inventando alguma guerra*-Conhece?” “Não” “Então tá, foi nessa guerra”… Que original. o_O
    Não sei, achei tudo tão previsível que no final estava rindo na morte da Evanora.

    Talvez o fato de eu não lembrar d’O Mágico De Oz pese. Além disso, estou lendo agora “Maligna”, que conta a suposta história da Bruxa Má Do Oeste antes de ela ser bruxa, e fiquei o tempo todo tentando traçar paralelos entre o filme e o livro, obviamente não achando nenhum.

    1. Don Vittor

      Com certeza Renata. Assino embaixo. rs
      Não gostei de nenhum dos atores tirando a belíssima Rachel Weisz que, desde o Círculo de Fogo, me encanta. Achei o motivo de Theodora fútil, afinal, pelo jeito ela já deveria saber que um pente é só um pente auhAHHUAHUAHUAHUA
      Pô! Até a Glinda sabia rs

    2. JJota

      Rachel Weisz é motivo suficiente pra assistir qualquer filme…

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