Iluminamos: Possessão

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Fala galera que curte exorcizar, mas ainda não saiu do armário! Hoje falaremos sobre o filme Possessão que, a meu ver,  pode ser comparado a versão pop-judaica de O Exorcista.

Antes de qualquer coisa, vamos à sinopse do filme copiada cedida generosamente pelo Adoro Cinema:

Clyde (Jeffrey Dean Morgan) e Stephanie Brenek (Kyra Sedgwick) estão separados, mas conseguem se relacionar para o bem das duas filhas do casal. Quando ele compra uma casa nova, sua filha mais nova Em (Natasha Calis) o convence a comprar algumas coisas para lá, entre elas, uma caixa de madeira muito bem trabalhada e ao mesmo tempo misteriosa, que não se pode abrir. Encantada pelo artefato, a jovem descobre como se abre, passa a ouvir vozes e, em seguida, estranhos acontecimentos começam a acontecer na casa. Desconfiado do comportamento da caçula, totalmente diferente, ele conversa com a ex que não dá ouvidos e eles começam uma nova crise. Quando a mãe se dá conta de que ele falava a verdade, já é tarde demais, pois a jovem está possuída por um espírito do mal, que se alimenta de seus hospedeiros. Começa então uma corrida contra o tempo para salvá-la e um exorcismo pode ser a solução.

Para aqueles que desejam assistir a alguma boa opção de filme de terror no feriadão, como cinéfilo inveterado e adorador deste gênero, especificamente de histórias que envolvam possessão demoníaca, posso já adiantar a qualidade mediana do filme. Não é uma obra-prima, no entanto, traz alguns elementos novos, ao inserir a cultura judaica no cenário. Assim como O Exorcista, este longa também é baseado em fatos reais.

Sinceramente, esse foi o fator mais interessante da película em minha opinião e, toda a mística que, diferentemente do clássico dos anos 70, não envolve tão somente uma criança e o demônio, mas sim um artefato no qual o demônio está aprisionado. Daí em diante, como consta na sinopse acima, podemos prever o desenrolar da história. Entretanto, o que mais me frustrou foi à maneira arrastada como o filme foi conduzido, principalmente, pelo fato do diretor ser Sam Raimi, diretor de Evil Dead (e da primeira trilogia do Homem-Aranha, pra quem não conhece o clássico trash dos anos 80).

Infelizmente, o filme peca por não ser verossímil, principalmente na cena em que a menina possuída começa a ter seguidos ataques e a família nada decidi fazer, pois acredita que é um reflexo da separação… Então, caros leitores, caso estejam com problemas conjugais, evitem o desquite, pois além dos trâmites legais, a sua filha pode acabar virando uma contorcionista judia com tendencia a cuspir insetos e imitar o Homem-Aranha (olha ele aí de novo). Quanto às interpretações, posso afirmar que a única interessante, a despeito da pouca idade, foi a de Natasha Calis, que salvou a obra. Ela realmente me pareceu uma criança possuída e, tirando a hórrida cena do balanço que certamente foi uma das mais ridículas, essa menina foi uma grande surpresa.

No mais, caso você seja um ser humano medroso, como os nossos colegas Ebony e Messias, o filme até pode oferecer alguma tensão, especialmente na cena do necrotério, a qual minha namorada sequer conseguiu acompanhar. Massssss, se você já curte este gênero e tem um refinamento maior para o terror, não perca seu tempo, pois está mais para um filme B do que qualquer outra coisa. Afinal, se sua intenção for apenas aprender a tirar um demônio judeu de dentro de uma criança é fácil, basta colocar uma moeda a mostra que logo ele saíra para catá-la…

 Nota do Filme: 5,5

 Obs: Só ao fazer a resenha descobri que o ator principal não é o Javier Barden.

Javier Bardem e Jeffrey Dean Morgan: Sinistro, né?

Para o interessados, segue o trailer:

Don Vitto

Escritor, acadêmico e mafioso nas horas vagas... Nascido no Rio de Janeiro, desde novo tivera contato com a realidade das grandes metrópoles brasileiras, e pelo mesmo motivo, embrenhado no submundo carioca dedica boa parte de seu tempo a explanar tudo que acontece por debaixo dos panos.

Este post tem 2 comentários

  1. Rosinha

    Jesus… O Javier Bardem e o Jeffrey Dean Morgan foram separados na maternidade.

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