Iron Maiden & Literatura – Parte 2

Você está visualizando atualmente Iron Maiden & Literatura – Parte 2

Olá, nerds e nerdas, tudo bom? Dando continuidade nas postagens sobre a relação entre as músicas do Iron Maiden e a literatura, chegamos a segunda parte. A primeira pode ser lida AQUI. Como vocês perceberam, a sequência que estou fazendo segue a ordem cronológica dos álbuns, logo iremos abordar as músicas do Piece Of Mind e Powerslave.

Still Life

Essa música me deu trabalho. Sabia que ela era baseada em um romance, mas não sabia qual e depois de muita pesquisa descobri que o romance se chamava O Habitante do Lago, escrito pelo americano Clark Ashton Smith. Sobre essa obra, o que encontrei foi que ela conta a história de um homem atormentado por visões de criaturas que o chamam para dentro de um lago. No final, ele resolve se juntar aos seus amigos no fundo da lagoa e leva a pobre namorada junto. Apesar da pesquisa, mesmo na Wikipédia, não encontrei o romance em nenhum site.

Sobre a música em si, não tenho o que comentar, acho que ela tem uma ótima levada, mas na minha opinião é a “menos boa” do álbum todo. Por outro lado, reconheço que a versão tocada na turnê do Maiden England (de 1988) ficou sensacional.

To Tame a Land

Aqui estamos falando de um clássico. Tanto com relação a música quanto da obra Duna. Para quem não sabe, o nome original da música deveria ser Dune, baseado no romance de ficção científica escrito por Frank Herbert, mas o pedido foi negado. Segundo informações pesquisadas, o autor disse que não gosta de bandas de rock e por questão de direitos autorais o nome foi trocado.

Não li o livro, mas vi o filme. Embora fosse muito pequeno e não me lembre de muita coisa, lembro de ter ficado impressionado com o filme. Há 2 anos mais ou menos tentei achar esse filme para rever, mas até agora não obtive sucesso.

To Tame a Land, para mim, é uma obra prima. A melhor música do álbum,  uma pena que eles só a tocaram na turnê de 1983. A introdução dela é sensacional e confesso que gostei muito da versão que a banda Morgion gravou no tributo A Call to Irons.

Powerslave

Mais uma música composta por Dickinson e, assim como a Flight of Icarus, é baseada na mitologia, no caso de Powerslave, na mitologia egípcia. Osiris é o Deus egípcio da fertilidade que também representa os reis mortos. O faraó ao morrer passava a fazer parte de Osiris e o filho do faraó passava a ser Horus, deus do céu, isso até morrer também. Osiris representa o deus morto que vive novamente, não pela ressurreição, mas através de seu descendente na terra. No caso da letra, o personagem, provavelmente um faraó, não aceita morrer por achar ser um Deus.

Eu não entendo muito de técnica de guitarra, mas um amigo me explicando um pouco sobre o assunto, fez com que eu entendesse melhor as músicas e Powerslave tem uma cavalgada muito boa. E o que a faz ser tão boa assim é ser simples. Também tenho que destacar a introdução seguida pelas batidas de Nicko Mcbrain. Sensacional.

Rime of the Ancient Mariner

A música é toda baseada na obra do inglês Samuel Taylor Coleridge. A obra relata eventos sobrenaturais vivenciados por um marinheiro durante uma longa viagem pelo mar. Apesar de tudo ocorrer bem no início, o barco é desviado do seu caminho durante uma tempestade. Um albatroz aparece e guia os tripulantes, apesar da ajuda do pássaro e do carinho que a tripulação agora tinha por ele, o marinheiro atira e mata o animal. O crime despertou a ira dos espíritos sobrenaturais que, então, passaram a perseguir o barco.

Eu comprei essa obra em uma versão bilingue e foi muito interessante ler as partes que tinham na letra da música. Uma coisa que me chamou muito atenção foi que ao terminar de ler a obra eu, claro, fui ouvir a música e ela consegue passar as mesma sensações que o livro havia passado. Isso só confirmou o fato de um achar Rime Of The Ancient Mariner a melhor música do Iron Maiden.

Children Of The Damned (Menção honrosa)

Assim como a música Iron Maiden, Children Of The Damned não é baseado em um livro, mas sim em um filme de mesmo nome, lançado em 1963. O filme e a letra relatam o fato de crianças serem condenadas à morte na fogueira, acusadas de feitiçaria. Lendo um pouco mais sobre o filme, descobri que ele é uma sequência de outro filme com a mesma temática, Village Of The Damned, lançado em 1960.

Quanto a música, ela é mais um clássico da banda que não é tocada com frequência nas turnês, mas tive o prazer de ouvi-la em 2009 quando eles passaram aqui na segunda parte da turnê Somewhere Back In Time.

Abraços

Leonardo Delarue

Nerd clássico, nascido na década de 80, que gosta de video-game e heavy metal. Só escreve o que gosta, sem bases para sustentar suas teorias e/ou argumentos.

Este post tem 6 comentários

  1. Rogério

    amigos, tem um erro aí, o romance é de RANSEY CAMPBELL e não do CLARK ASHTON SMITH. Ocorre que o Campbell é influenciado pelo Smith, que aliás é muito melhor do que o Campbell. Mas a música é ótima. E os dois autores são bons

Deixe um comentário