Iluminamos: Michael Jackson BAD 25 – Festival do Rio 2012

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Todos conhecem o clichê: Jacko é o rei do pop. O artista mais completo do show business. Etc. Etc. Etc. Pois bem, o extraordinário desse documentário de Spike Lee, que celebra os 25 anos do álbum Bad, é colocar o mito em perspectiva.

Através da história de cada faixa do disco, passeamos por imagens de arquivo, áudios originais, depoimentos de coreógrafos, instrumentistas, produtores e artistas do olimpo pop confessadamente súditos de Michael.

Nesta viagem afetiva e nostálgica, vamos além do que vislumbramos em “This is It” e temos acesso a uma visão mais profunda e multifacetada do enorme gênio de Michael Jackson, de sua incontestável criatividade, seu amor incondicional pela música, sua busca insone pela excelência e sua alegria.

Spike Lee, que dirigiu o clipe de “They Don’t Care About Us” no Rio e em Salvador, realiza um filme afetuoso e minucioso (pra caramba!), apresentando curiosidades artísticas e técnicas, segredos de bastidores e depoimentos de sujeitos como Martin Scorcese (que dirigiu o clipe de “Bad”), Steve Wonder (que gravou com Michael a faixa “Just good friends”, esnobada até no filme), Quincy Jones (o produtor por trás de “Of The Wall”, “Thriller” e “Bad”), Mariah Carey, Kanye West, Cee Lo Green e até mesmo Justin Bieber (bem que poderiam ter colocado o Timberlake no lugar…).

Há um pouco da rivalidade Michael X Prince, da estratégia de produtores de colar no Rei do Pop a pecha de garanhão por meio do clipe de “The Way You Make Me Feel”, no qual contracena com uma espécie de contraparte feminina, que revela no filme que quase beijou Jacko durante as gravações. Há a ternura de Michael com os músicos, suas caretas na explicação de como queria que fossem os personagens de um comercial que faria, há a estreia de Wesley Snipes em um de seus videoclipes.

Além disso, conhecemos Siedah Garrett , a co-criadora de “Man in The Mirror”, canção emblemática que fez todo mundo cantar junto no fim, durante sua interpretação no estádio de Wembley. A plateia lotou a última sessão desse poderoso documentário no Festival do Rio, aplaudiu satisfeita enquanto às luzes se acendiam, e deixou o cinema olhando para trás, para a tela, na esperança de um retorno, para o bis.

Nota racional: 9,5

Nota emocional: 9,0 (Deixem algumas músicas tocarem inteiras, pufavô!!!)

Rodrigo Sava

Arqueólogo do Impossível em alguma Terra paralela

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