O Futuro Chegou!

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Hoje em dia estamos tão acostumados com aparelhos eletrônicos que nem paramos para pensar neles como algo que estão em nosso cotidiano e não damos bola.

Voltemos algumas poucas décadas no passado, mais precisamente aos anos 1960, época de vários clássicos da TV e do nascimento cultura nerd/geek. Sendo mais específico ainda, vamos falar dos Jetsons – muita coisa que aparecia no desenho, hoje, é a nossa realidade. Por exemplo, a vídeo-conferência em que George Jetson fala com sua família, hoje está ao alcance de todos, qualquer um pode fazê-lo usando o Skype. Eu mesmo, profissionalmente, utilizo o programa duas vezes por semana para lecionar filhos de brasileiros que moram no Japão e frequentam uma escola brasileira. No desenho ainda apareciam cães robôs, eletrodomésticos automáticos, etc.

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O seriado do Batman de 1968, com Adam West, é outra fonte de realizações tecnológicas. A Batcaverna estava repleta de equipamentos que auxiliavam o Homem Morcego na sua luta contra o crime, mas o mais notório era o famoso Batcomputador que fornecia as respostas das pistas para ele, uma espécie de Google concentrado num terminal que emitia suas respostas em papel furado. Mesmo assim, a máquina paga pelo dinheiro dos Wayne, mais parecia um óraculo por conta de seu vasto conhecimento em… tudo!

O agente 86, série em que o atrapalhado Maxwell “Max” Smart usava em seu pé um sapato-fone. Com a belezoca que não precisava de fios, ele podia conversar a vontade com o seu chefe. Ah, as portas automáticas hoje presentes em qualquer shopping também eram uma coisa revolucionária para época, tanto que faziam parte da abertura da série.

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Mais recente vemos algumas peças do gênero Cyberpunk invadindo nossas vidas sem pedir licença – chips de computador valendo centavos, provavelmente é o maior exemplo disso. Nos anos 1960, por exemplo, era inimaginável, pois a fabricação de um microchip custava muito. Hoje, basta andarmos por qualquer estação de metrô aqui de São Paulo para vemos moças gritando “chip da TIIIIIIM R$5,00, já vêm com crédito“. Nos filmes e desenhos, o raio laser era uma coisa fantástica. Hoje, tratamos com total banalidade. Pois temos lasers em apontadores, em CD players, nos aparelhos de DVD e Blu-Ray.

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O melhor exemplo são os computadores, por exemplo, no seriado de Irwin Allen, de 1966, os computadores ocupavam um espaço enorme para operar a sala de controle do túnel do tempo. Outro exemplo, mas da realidade, é a sala de controle da missão Apolo 11 que levou o homem até a Lua, aquela sala enorme cheia de computadores e equipamentos tem uma capacidade de cálculo menor do que qualquer celular usado hoje. A sonda New Horizons que ano passado nos mandou fotos fantásticas de Plutão, tinha como chip o mesmo usado em videogames do modelo Playstation 1, sendo que este não mais é comercializado, pois o modelo atual é o PS 4.

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Outra referência interessante acontece no filme De Volta para o Futuro II no qual vemos o filho de Marty McFly, ligando a TV com centenas de coisas para assistir simultaneamente. Se alguém pensou em TV por assinatura com suas dezenas e dezenas canais, ou ainda o Netflix com seu catálogo infindável de coisas para assistirmos, percebeu a referência. Será tudo mera coincidência?

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Estou querendo dizer é, sem nos darmos conta, muitas coisas que nos eram fantásticas, mirabolantes, ou até mesmo consideradas impossíveis, estão ao nosso redor e nem nos damos conta disso. Mas o mais interessante disso é que muitas dessas coisas foram preditas pela ficção científica e, talvez, essa forma de se narrar histórias seja a culpada de não percebermos que realmente estamos vivendo no futuro.

Temos fenômenos como a engenharia genética, clones, robôs, computadores, chips de memória, etc. Hoje, eles fazem parte de qualquer conversa informal, todavia, até poucos anos, eram coisas da imaginação de escritores e roteiristas. Vivemos, em grande parte, no futuro almejado pela ficção, mas, ao nos acostumarmos com os aparatos mostrados pela imaginação dos autores de ficção científica, acabamos por nos habituar com toda a parafernália considerada fantástica há poucos anos e, simplesmente, não notamos sua inserção cada vez maior em nossas vidas.

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Quanto ao que o nosso futuro nos reserva, só posso dizer que é uma página meio borrada esperando para ser claramente preenchida. Basta escolhermos com o que, mas diria que a ficção cientifica de hoje pode nos dar uns contornos assim como fez no passado.

Kleber Toledo

43 anos de idade, Fã de ficção cientifica especialmente Star Trek, nerd do tempo que essa palavra era chingamento, fã de Ultraman, Isaac Asimov, autor de contos de FC, professor de quimica e física, formado em química, estudante de física apaichonado por astronomia, com 3 cursos de extenção universitaria pelo IAG USP, professor EAD de física e matemática para a escola Nagano Nippaku Gakuen no Japão, cetico, chato e lupico ha quase 10 anos.

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