O Japão é aqui: rock japonês sem firula!

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Japan rrrrrrock

Nada de homem se vestindo de mulher, personagens voando na sua tela ou qualquer bizarrice altamente promovida pelos asiáticos. Hoje falaremos de bandas comuns nipônicas e que, acredite, podem te surpreender.

Muitos conhecem aberturas de animes e quando vão procurar a banda se assustam; algumas bandas se importam demais com a imagem e fazer um grande sucesso que cai na mão de um produtor de desenhos japoneses, outras não conseguem se manter, pois não atendem aos gostos peculiares das adolescentes japonesas.

Uma banda que muito me agrada e muito me surpreende que ainda continue na ativa é o SamboMaster. Eles tem um swing (que não é aquela Brastemp) que você nunca esperaria ouvir com uma letra japonesa, sem contar o naipe dos rapazotes de blusa florida e óculos na cara, às vezes usando ponchos.

Você provavelmente conhece o som dos caras lá dos primórdios do Naruto (quando ainda fazia sentido), mais precisamente lá na quinta temporada. Desde aquela época eles fizeram muita coisa bacana que vale muitíssimo a pena. E sim, essa é a voz do vocalista. DE VERDADE.

 

Se o new metal tivesse dado certo soaria exatamente como a banda Girugamesh. Os caras fazem um barulho absurdo, misturando um som mais pesado com um eletrônico sem igual. No quesito imagem eles até agradam, usam roupinhas escuras e fazem cara de mal, mas no final das contas você nem presta tanta atenção nessa papagaiada toda.

O mais legal do Girugamesh é que cada álbum é uma surpresa diferente, os caras adoram inovar e experimentar tudo. TUDO MESMO. Eles vão de baladinhas falando sobre a chuva caindo e o vento soprando até músicas falando sobre sexo e submundo.

 

Quando a amiga mais nipônica das amigas nipônicas que eu tenho, a Japa, me apresentou a Kanon Wakeshima afirmou “o legal do som dela é que não tem nada demais, mas mexe com seus medos”, e é uma verdade, se você ler a letra é algo até doce, mas o som dessa pequena japonesinha mexe com os ouvidos mais sensíveis, porém é altamente recomendado.

 

Alguns anos se passaram desde a última vez que ouvi o som desses caras, quando fui pesquisar para escrever esse post me viciei novamente. Abingdon Boys School é uma das bandas nipônicas mais legais que você vai ouvir, eles conseguem misturar inúmeros ritmos com um som pesado e letras muito bem construídas. Os CDs são mais fáceis de achar porque a banda é bem famosa, mas isso não quer dizer que são ruins.

O primeiro CD, em especial, é o que mais merece sua total atenção. Foi uma estreia de pé na porta e cuspida na cara. Esse clipe, Howling, foi retirado do primeiro DVD dos caras, vale demais dar uma ouvida no som deles.

 

E, por último, se você não quer deixar de entender o que o cara está cantando, a banda japonesa pra você é o Monoral. Apesar de não ser tão pesada, a banda faz aquele rock standart, que não é tão bom ao ponto de você pirar ouvindo, mas não é tão ruim ao ponto de você desligar.

As letras do Monoral são escritas em inglês e cheias de simbolismos, é muito difícil entender uma letra dos caras por completo sem saber pelo o que eles passaram, mas talvez você nem se importe tanto com isso. Na verdade, o que mais me impressiona na banda é a pronuncia do inglês – salvem a professorinha de inglês – que é boa demais para japoneses; você quase diz que os caras nem japoneses são.

Sendo a maior colônia de japoneses fora do Japão, eu realmente acredito que precisamos dar mais atenção ao som feito por lá. Som de verdade, sem essas firulas de vestidinho e maquiagem. Essas são as minhas dicas, se você conhece alguma banda que eu não citei por aqui ou que não seja tão conhecida, deixe nos comentários!

Gaby Molko

Paulista, musicista, jornalista, detalhista, sessentista, comentarista, imediatista e polemista.

Este post tem 9 comentários

  1. Lícia Guimarães

    Gosto das bandas e tal, mas achei sacanagem depreciar o Visual Kei HAHAHAHAHA preconceito com a estética que pode deixar passar um som muito bom. Mas é, curti o post e acho que o tema é interessante, a maioria das pessoas não conhece nada de lá D:

    1. gabymolko

      Depreciar o Visual Kei. Essa é a minha vida, esse é o meu clube.

      1. José Messias

        Depreciar o Visual Kei. Essa é a minha vida, esse é o meu clube [2]

        Eu só gosto dos visual kei como personagens de mangá, tem um em Karekano que é sensacional!

        Aliás, ótimo post. Sou fã de Sambomaster, esse último cd deles tá demais. Tem uma música sobre Fukushima – o vocalista é de lá – muito bonita e cheio daquela emoção espontânea dele.

        Sobre recomendações, tenho curtido muito uma banda chamada Ogre You Asshole. É um j-indie da melhor qualidade. Tenho até um texto pronto sobre eles.

  2. Sandra Mel

    Parabéns pela matéria, minha deusa dos metais. Gosto do som da Kanon Wakeshima, essa coisa do violoncelo, violinos enriquece muito. Não conhecia Monoral, gostei do som deles, Girugameshi é uma delícia…bjosssss 😉

  3. Daniel F. Lemos

    véi, The Pillows! 3 caras, rockão de primeira, + de 20 anos de estrada!!

    1. Daniel F. Lemos

      Desse povo aí, só conhecia mesmo o SamboMaster.

      Ainda nessa linha “meio” pop dá pra citar Orange Range, The Yellow Monkey (ótimo som, apesar de meio drags) e L’Arc En Ciel (outros que as vezes tão drags, mas tocam muito), porém, não são tão drags assim. Só aquelas viagens de metaleiro dos ans 80. xD

  4. Luhan

    Veja as bandas/cantores das aberturas de Rurouni Kenshin, basicamente da primeira e segunda aberturas (Sobakasu do grupo Judy e Mary; e One half de Makoto Kawamoto), e também a abertura de Naragami (Goya no machiawasw do grupo Hello Sleepwalkers)

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