Iluminamos: O LIVRO DO APOCALIPSE – Festival do Rio 2012

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A Coreia do Sul possui atualmente um dos melhores cinemas do mundo. E não me refiro a uma tela IMAX com Dolby Surround numa sala rodeada de poltronas de couro reclináveis em Seul.

O Tigre Asiático vem exportando produções criativas e embaladas em fotografia e direção de arte impecáveis. O Livro do Apocalipse encaixa-se perfeitamente na descrição.

Guarde o nome dos diretores Jee-Woon Kim e Pil-Sung Yim, que, numa tacada só, apresentam três episódios sobre distintos fins para a humanidade.

No primeiro, vemos o que seria a versão light do quadrinho de zumbi “Crossed“, de Garth Ennis, no qual uma misteriosa praga igualmente espalha-se pelas ruas, causando aumento da libido e da agressividade.

No segundo segmento, um robô-guia de um templo budista alcança a iluminação espiritual. Percebi, no design do robô e na atmosfera, uma homenagem ao filme “Eu, Robô”, com Will Smith, baseado em uma história de Isaac Asimov.

No terceiro episódio, de longe o mais absurdo, uma encomenda feita em um inofensivo site de compras na Internet resulta no iminente fim do mundo, com a chegada de um enorme meteoro à Terra. Assista com a pipoca do lado.

As três partes são interessantes e divertidas, compondo um todo homogêneo, coisa rara em produções formadas por médias-metragens. Já estou na torcida por sessões extras do filme, para que mais gente possa aproveitar toda a plasticidade, violência e ironia de um dos primeiros hits desse Festival do Rio.

Nota: 8,5

Rodrigo Sava

Arqueólogo do Impossível em alguma Terra paralela

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