Philos e a esperança da TV

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Antes que vocês me acusem, não estou sendo pago de nenhuma forma para escrever este texto. É propaganda de graça mesmo…Se eu vejo algo bom, merece ser elogiado, não importa de onde seja.

Eu tenho um profundo receio em relação à televisão aberta. Não gosto de sua programação, do seu conteúdo, dos formatos escolhidos e da maioria dos profissionais que trabalham nela. Contudo, há uma luz no fim do túnel e ela se chama vídeo sob demanda. Por que, vocês perguntam. E eu respondo: é a possibilidade de vermos o que quisermos, de escolher, de não sucumbir ao que nos é enfiado goela abaixo.

Sei que a realidade econômica brasileira está longe de viabilizar este tipo de mídia para grande parte da população. Apesar do crescimento do acesso a internet e TVs por assinatura (ou comunicação de acesso condicionado, blá blá blá), o brasileiro ainda é refém da TV aberta. Sendo assim, sua principal fonte de entretenimento e informação está na programação das grandes radiodifusoras: Cidade Alerta, Mais Você, BBBs, Faustão, Encontro com Fátima Bernardes, novelas e por aí vai…

O Youtube ou qualquer outro site de vídeos criado ou a ser criado é um ótimo exemplo. Entretanto, a internet já está batida no que se refere ao movimento libertador e diversificante do entretenimento e informação. O que eu gostaria de chamar atenção aqui é de outro exemplo. Este ainda usa o aparelho de televisão, mas de uma forma culturalmente mais relevante: PhilosTV.

phisEm suas próprias palavras: “Philos reúne uma coleção de documentários sobre arte, ciência, história e atualidades, e performances e espetáculos musicais de altíssima qualidade. E o melhor: com a comodidade e a conveniência de um produto de video on demand, ou seja, você escolhe o que vai assistir e quando.”

clap! clap! clap!

Além da internet, podemos assistir aos programas do Philos via TV por assinatura – eles têm um espaço no canal Globosat – e pelo Now, da Net. No Now, é um serviço pago mensalmente, mas permite acesso a todo o acervo do canal.

phil2Já assisti à história do Império Romano, à origem da democracia na Grécia, ao movimento Impressionista nas artes plásticas, ao declínio do Egito Antigo devido a alterações climáticas. Além disso, deliciei-me com a biografia de Ghandi, de Henrique VIII, de Darwin; decodifiquei o cristianismo, o islamismo e a cientologia; viajei a cidades como Amsterdã, Roma, Londres, Tokyo; e visitei grandes obras arquitetônicas como o complexo palaciano de Alhambra, a Casa Milà de Gaudí e a Catedral de St. Paul.

Com o Philos, tenho a opção de assistir a programas culturalmente valiosos, que acrescentam informação e estimulam o raciocínio. Sei do valor que uma novela possui; aceito e concordo com sua função de escape da realidade, de relaxamento através de uma linguagem fácil. O problema está quando o indivíduo só tem isso como material… Sua postura, cultura e comportamento são elaborados a partir do que assiste na TV e me preocupa enormemente saber que boa parte da população faz isso vendo a SBT ou Record.

Como a TV Brasil está longe de se tornar a BBC brasileira (proposta/sonho inicial), o mais perto de um canal que reúne em um só lugar conteúdo cultural relevante e ainda permite o livre acesso é o Philos.

Obrigado, Philos, por existir e justificar a minha mensalidade da Net.

Gustavo Audi

Se fosse uma entrevista de emprego, diria: inteligente, esforçado e cujo maior defeito é cobrar demais de si mesmo... Como não é, digo apenas que sou apaixonado por jogos, histórias e cultura nerd.

Este post tem 12 comentários

  1. Leonardo Delarue

    Muito bom o texto Audi. Essa semana mesmo estava conversando com uns amigos sobre a televisão. Comentava que hoje vivemos sem a TV, mas não sem a internet. A tendência é essa mesmo que você citou, mas a realidade brasileira ainda é refém desse conteúdo e o pior, é sempre dado como A Verdade. Fico feliz que hoje, mesmo que pouco, temos a opção da escolha.

    1. Gustavo Audi

      Valeu!
      TV lá em casa só serve como monitor para o laptop, jogar videogame ou ver Philos.
      Para não dizerem que sou radical, ontem tentei ver os melhores momentos do BBB13 no Multishow… Uma das maiores vergolhas alheias da televisão brasileira.

      1. Leonardo Delarue

        A minha TV só serve para jogar e assistir filme. Estou pensando seriamente se para mim vale a pena ter TV a cabo eu só assisto mesmo 2 programas com regularidade: Entre Aspas na Globonews e Mesa Redonda na ESPN. Filme eu tenho o Netflix e seriado eu espero sair o box e compro.

  2. Don Vittor

    Realmente cara. Se dependermos da tevê aberta, estaremos fodidos… Até aquelas à cabo estão um lixo…

    1. Gustavo Audi

      Até os filmes estão ficando raros. E a porcaria do Telecine não tem nem a decência de esperar o filme acabar de vez para enfiar mais anúncio… Pô, tô no clima ainda. Espera um pouco.

      1. Edu Aurrai

        Telecine dá no saco. HBO, raridade algo bom. Space até passa umas paradas legais, mas tudo dublado com uma caralhada de comerciais. Tá foda. History e Discovery, Jesus, em vez de documentários, é sempre aquelas merdas de nego vendendo porcaria velha, ou correndo não sei onde no mundo, ou atirando. Realmente tá foda TV hj em dia. Minha salvação tá sendo o Netflix e o YouTube.

        1. Don Vittor

          Ainda consigo ver alguns bons documentários no Discovery e no History, mas, com certeza, eles já foram muito melhores…

        2. Gustavo Audi

          O macete é gravar e ver depois, pulando os comerciais…

    2. MaxRicardi

      TNT e FOX já são TV aberta, praticamente. pioraram demais
      VIVA é a globo 2. warner só tem comercial
      tá foda

      1. Edu Aurrai

        VIVA tem crise de identidade, passa tudo o que pode nos horários mais whatever possíveis. Tipo, um capítulo de Que Rei Sou Eu do meio da novela as nove da manhã.

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