Iluminamos: Game Magic The Gathering: Duels of the Planeswalkers – PC

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Começo meu post com uma indagação: todo mundo já jogou Magic, The Gathering uma vez na vida, certo?! Continuo meu texto com a resposta a essa pergunta: É óbvio que não! Para muitas pessoas, Magic deve ser simplesmente a tradução inglesa para “mágica” ou algum brinquedo infantil com truques para iniciantes no ofício de Mister M (nesse contexto, fazer mágicas e não torcer para o Vasco). Só os nerds e os amantes de jogos de estratégia (caí em redundância aqui?!) teriam a resposta na ponta da língua.

Trazendo o post para o lado pessoal, como sempre, devo dizer que adquiri meu primeiro deck aos 11/12 anos. Não me lembro de todos os fatos da minha infância, pré-adolescência, mas alguns ficam marcados pelos motivos menos usuais. No caso de Magic, a razão para a nostalgia latente é de foro econômico. Como assim, perguntará o curioso e sagaz leitor (se é que existe algum, além da minoria de um só formada por mim)? Explico prontamente. Ter um deck de Magic era um desejo de algum tempo, porém não havia nenhuma data importante do ano, logo eu não poderia ganhá-lo de presente. Por data importante, leia-se meu aniversário ou o aniversário de Jesus (sem ofensas religiosas, apenas um epíteto para o Natal). Como não queria esperar por nenhuma dessas duas datas, decidi juntar meus parcos (quase inexistentes) rendimentos infantis para satisfazer meu sonho de consumo capitalista. Pausa para reflexão. Desde pequenos já somos educados para bem servir ao sistema capitalista. Orwelliano, não?!

Agora vem a pergunta crucial e decisiva para a continuidade do texto: por que rememorar episódios do século passado para falar de um jogo eletrônico do século XXI?

Então, me demorei a falar do jogo de cartas Magic pelo simples motivo de que, em sua gênese, ele era offline e manual, e não online e digital, como hoje. É verdade (#sabrinasatofeelings), houve uma época em que os jogos não eram feitos para PC, XBOX  e PS3. Jogos de papel já fizeram enorme sucesso em tempos remotos do passado da humanidade.

Quem é do tempo de Pokémon e YuGiOh talvez não deva ter jogado Magic. Não obstante, ambos os jogos de cartas derivados desses desenhos japoneses se basearam, em algum grau,  no modus operandi de Magic, The Gathering.

Como ninguém mais joga Magic offline, a Wizards of the Coast e a Stainless Games criaram o jogo “Magic The Gathering: Duels of the Planeswalkers”. Lançado em 2009, inicialmente apenas para XBOX, o jogo bateu a marca de 500.000 cópias vendidas. Logo, uma versão para PC tornou-se imperativa. E como não tenho o console da Microsoft, testei o jogo no meu PC mesmo.

No geral, o game atende ás expectativas de quem já conhecia o jogo de cartas de Richard Garfield (não é o gato balofo das tirinhas, mas sim, o criador do jogo). Mesmo aqueles que nunca jogaram Magic podem aprender os meandros de suas intricadas regras através de um tutorial simples, mas bem elaborado. Pelo menos, em alguns reviews do jogo espalhados pela Santa Internet dos Desocupados, comenta-se que o tutorial é bom. Como não utilizei-o, estou confiando no julgamento alheio (espero não estar violando nenhum direito autoral por isso).

Os gráficos do jogo são bastante bem feitos para uma franquia, a princípio, de nicho. A jogabilidade não decepciona nem os mais exigentes. Muitas vezes você se esquece que está jogando contra o PC, de tão bem programada que é a inteligência artificial do jogo.

Você pode optar entre três modos de jogo: Custom Duel, Campaign e Challenge (acho que os nomes são esses, se não me engano). O primeiro é feito para aqueles que querem um entretenimento rápido e uma lembrança efêmera dos tempos idos. O segundo se destina aos mais persistentes e que querem provar a si mesmos sua superioridade em relação às máquinas (quão pretensiosos, não?!). São 16 personagens a serem batidos e a cada vitória você desbloqueia uma carta do deck com que estiver jogando ou ganha um deck novo.

Uma dica: quanto mais cartas de um mesmo deck você desbloquear, mais fácil será bater seus adversários. É claro que a vontade de usar o deck recém conquistado é tentadora, mas é preferível continuar “liberando” o deck que mais lhe agrada. Já no terceiro modo de jogo, você deve quebrar sua cabeça e dar um overclock nos seus neurônios para superar os 11 desafios cuidadosamente preparados pelos criadores do game. O objetivo é finalizar um jogo já em andamento em apenas um turno. Inevitável dizer que sua situação nesse turno é bastante desfavorável e, normalmente, só há uma saída para ganhar o jogo. Encontrá-la é o grande desafio. As situações que você enfrentará no Challenge são semelhantes a mostrada no detonado abaixo:

Concluindo, “Magic The Gathering: Duels of the Planeswalkers” é um jogo para ser apreciado por fãs e não-fãs do jogo de cartas que lhe deu origem. É um desafio a mais para aqueles que não querem ficar apenas na Paciência e no Campo Minado em seu tempo ocioso no PC.

Administrador Iluminerd

A mais estranha figura nesse grupo: não posta, não participa de podcast, mas foi ele quem uniu todas as pessoas dessa bagaça...

Este post tem um comentário

  1. Camila

    Artigo muito interessante, mas tenho de discordar de você em um aspecto: as pessoas continuam sim jogando Magic (cartas)!

    Em minha cidade, temos muitos jogadores e espaços dedicados exclusivamente ao Magic. Muitos dos que começaram a jogar na década de 90 continuam jogando e vários outros, que descobriram o jogo nas duas décadas seguintes (como eu, que comecei em 2006), se empolgam cada vez mais com o jogo.

    O jogo (offline) continua crescendo a cada ano e conquistando mais e mais adeptos. Periodicamente, são lançadas novas edições e criados novos formatos de jogos.

    Tenho certeza que este jogo para PC deve ser muito interessante e não vejo a hora de conhecê-lo, mas nem de longe ele significa o fim do tradiocional e incrível jogo de cartas que deu origem a ele.

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