Somos todos Superman.
Somos fortes, imbatíveis, indestrutíveis.
Podemos fazer tudo, sem medo de perder, pois assim é a nossa vida: estável.
Até que nossa kriptonita aparece. Ela pode ser um meteorito verde, uma arma, uma imagem. Um sentimento.
E daí nossa vida, antes segura, torna-se instável.
Nossos corpos, antes fechados, abrem-se a todos os perigos.
Nossas mentes, antes sãs, desestabilizam-se em fragmentos.
A constatação disso, muitas vezes, é mais desesperadora que o próprio perigo. Saber que o Mal está livre e pode nos atingir é permanecer em um campo minado. A qualquer momento podemos explodir.
Felizmente, temos o Sol – uma estrela, um objeto, uma pessoa, uma imagem, uma lembrança. Em momentos de fraqueza, dor, perda, ou Zod destruindo Metropolis, basta olhar para cima. Aquele ente brilhante nos cerca e restaura nossas forças.
Mas até o Sol, ocasional e temporariamente, pode desaparecer em um eclipse. Como suportar a fragilidade da vida sem nosso abrigo intransponível?
Guardem sempre o Sol dentro de si. Identifiquem-no: gastem tempo olhando cada centímetro de sua forma. Decorem cada trecho de seu corpo. Cada detalhe é importante. Cada segundo é uma representação que permanecerá para sempre.
A mera lembrança do Sol é capaz de desfazer qualquer eclipse. Portanto, encontrem os seus sóis.
Leticia e Helena são o meu. E com elas, serei sempre Superman.
Eu sou as trevas!
e pela declaração, com muito glitter.
bicha.