Ele pode te matar sem ter motivo algum… O que pode ser mais assustador do que isso?
O maior vilão das HQs surgiu em Batman nº 1, de abril de 1940, e desde então vem assombrando e cativando leitores no mundo inteiro. Criação de Jerry Robinson, Bill Finger e Bob Kane, o Príncipe Palhaço do Crime teve um momento de baixa entre os anos 1950 e 1960, devido às restrições impostas pelo Comics Code Authority e à série imbecil de TV. Mas voltou à insanidade e hoje mantém sua cruzada pessoal contra a razão, em geral, e o Batman, em particular.
É interessante notar que criaturas como Darkseid e Thanos impressionam, mas não provocam medo, talvez por serem fantásticas demais. Mas o Coringa, na sua concepção simples e verossímil, incomoda e assombra. A sua falta de capacidades sobre-humanas só o torna mais aterrorizante.
Em tempos em que se esqueceu a essência do vilão e se tenta transformá-lo em uma espécie de personagem de terror, venho aqui apontar os cinco momentos em que o Coringa mais me impressionou nas HQ. Vamos a eles (se você tiver coragem, claro).
05 – O Coringa vende a sua alma
Na mini A Vingança do Submundo, o demônio Neron adquire a alma de diversos vilões, dando em troca poderes, equipamentos ou, como no caso de Lex Luthor, cura para males físicos. Ao ser indagado pelo que negociou a sua, o Coringa faz um pequeno suspense e mostra… uma caixa de charutos! Quando os outros parecem não acreditar e perguntam se ele realmente fez isso por um preço tão baixo, o psicopata os corrige: “São cubanos!”. Divertido, inesperado e completamente doido – nada mais Coringa.
Claro que depois ele tenta tomar os poderes de Neron, mas o branquelo de cabelos verdes sempre considerou a traição um item básico de toda aliança… Não à toa, portanto, que dificilmente encontremos histórias de qualidade nas quais outros supervilões se aliem de bom grado a ele, mesmo sabendo que ignorar o Coringa não é algo saudável, como pudemos ver no fim de Crise Infinita.
04 – O Batman morre todas as noites
Na saga Imperador Coringa, publicada nos EUA nos títulos do Superman entre agosto e outubro de 2000, o sobrevivente de Krypton acorda preso num Asilo Arkham que tem como administradores Solomon Grundy e o Homem Calendário. Após sua fuga, ele descobre que vive em uma versão insana do planeta Terra, em que tanto vilões como heróis foram reduzidos à versões patéticas de si mesmos e ele é considerado o “criminoso mais temido”. O responsável? O Coringa, que enganou Mxyzptlk e roubou 99% dos seus poderes, reescrevendo o universo de acordo com sua ótica maluca.
Tentando convencer seus antigos companheiros de Liga da Justiça de que algo está errado, o Superman parte em busca do Cruzado de Gotham, apenas para encontrá-lo morto. No entanto, logo se descobre que a principal diversão do poderoso Coringa é perseguir, torturar e matar o Batman todas as noites, trazendo-o depois de volta a vida para fazer tudo de novo.
O impacto disto é tão forte que, uma vez restaurada a ordem das coisas, Batman está arrasado, psicologicamente destruído pelas várias mortes que sofreu. O Espectro informa ao Superman que a única forma de salvar o alter-ego de Bruce Wayne é transferindo estas memórias para outra pessoa. O kryptoniano se oferece e termina ficando com este trauma no lugar de Batman.
Outra curiosidade – Superman derrota o Coringa ao provar para o mesmo que, por mais poderoso que fosse, ele era simplesmente incapaz de construir uma realidade onde Batman não existisse! Furioso com as tentativas fúteis de eliminar o vigilante do “seu” universo, o Coringa se entrega a uma fúria intensa, a ponto de quebrar a quarta parede e reclamar com o desenhista do episódio, Kano. Isso é interessante, pois vai ao encontro da opinião de diversos estudiosos das HQ, que apontam que o Coringa não mata o Batman – nem nunca o matará – por ver nele sua razão de ser. Essa ideia é explorada na mini De Volta à Sanidade (de J. M. DeMatteis e Joe Staton com Steve Mitchell, na qual o Coringa fica normal ao pensar que o Batman morreu). Também é citada pelo próprio Coringa na história Cacofonia, escrita pelo cineasta Kevin Smith e desenhada por Walter Flanagan com Sandra Hope.
03 – Piada sem graça
Um dos charmes do Coringa nas últimas décadas foi lhe negar uma origem. Não sabemos quem ele era ou o que fazia antes da pele branca e dos cabelos verdes. Assim, ficou ainda mais difícil entender o que o motiva. Apesar disso, ao longo dos anos, diversos artistas tentaram desafiar esta regra, quase sempre com resultados pífios. O principal problema é verem o Coringa apenas como a exacerbação dos instintos assassinos de um sujeito que já era um criminoso. Exemplos? Que tal a versão gorducha – e ridícula! – do personagem interpretada por Jack Nicholson no confuso Batman (idem, 1989), de Tim Burton? Ou a da HQ Amantes & Loucos (publicada no Brasil em Batman Anual 3), com roteiro de Michael Green e arte de Denys Cowan com John Floyd? Ou, só pra provar que até os grandes erram, a apresentada no longa animado Batman – A Máscara do Fantasma (Batman: Mask of the Phantasm, 1993), de Eric Radomski e Bruce Timm?
Há, no entanto, uma “origem” que a maioria dos fãs aceitam, que é a criada por Alan Moore e desenhada por Brian Bolland na edição especial A Piada Mortal. A trama do comediante fracassado que perde a esposa grávida e, posteriormente, a sanidade (junto com a própria identidade) por conta de ocorrências infelizes tem como principal elemento a liberdade trazida pela incerteza – em determinado quadro, o Coringa questiona as próprias lembranças, dando a entender que ele provavelmente inventou tudo na sua cabeça, apenas como uma forma de encontrar uma justificativa doentia para os atos terríveis que comete nesta história. Essa sacada do próprio personagem criar diversas origens para si mesmo foi bem explorada posteriormente por outros, notadamente Grant Morrison na graphic novel Asilo Arkham, de 1989, e o diretor Chistopher Nolan no filme Batman – O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight, 2008). Por outro lado, pena que o escritor A. J. Lieberman – na sua passagem pelo título Batman: Gotham Knights, publicado aqui nas edições 30 e 31 do Batman (1ª Série) da Panini – não entendeu a coisa e tentou transformar esta origem em algo oficial. Para piorar, ele resolveu que a morte da esposa do futuro Coringa não teria sido um simples acidente.
Enquanto relembra seu “passado”, o Coringa, que havia acabado de fugir do Arkham, está empenhado em provar seu ponto de vista que um dia ruim na vida de uma pessoa é o suficiente para fazê-la perder a razão. Para tanto, sem surpresa, ele escolhe como cobaia o Comissário Gordon – o Batman não vale, já que o próprio Sr. C sempre o considerou outro maluco de carteirinha – e resolve sequestrá-lo. Ao ser atendido à porta do apartamento por Bárbara Gordon – filha adotiva do Comissário e alter-ego da heroína Batgirl – o vilão, sem uma única palavra, atira na garota, lesionando sua coluna e deixando-a paraplégica.
Mais à frente, descobrimos que ele fez muito mais. Já durante a tortura psicológica da qual Gordon – nu em um carrinho de trem fantasma – é submetido, são exibidos a ele diversas fotos de sua filha, nua e em agonia. Não é difícil imaginar – principalmente analisando a obra posterior de Alan Moore – que Bárbara foi também vítima de violência sexual explícita.
No fim, o Coringa não alcançou seu intento principal. Em luta com o Batman – que começa a história preocupado com o nível crescente da rivalidade entre eles, que os estava encaminhando a um desfecho em que as alternativas (morte do Batman, morte do vilão) seriam ambas inaceitáveis – o Coringa demonstra um certo abalo por não ver sua teoria confirmada (aliás, outra ideia bem aproveitada por Nolan em seu filme). No entanto, o impacto do que ele fez com Bárbara foi tão forte que terminou sendo assimilado pela cronologia da DC – ela abandonou a identidade de Batgirl e se tornou a Oráculo, uma heroína virtual que, com o tempo, se tornou não apenas uma importante aliada do Batman – em particular – e da Liga da Justiça, como comandou o grupo de heroínas conhecido como Aves de Rapina.
A Piada Mortal ganhou uma adaptação em animação a ser lançada este ano. Fica a expectativa para ver até onde a Warner terá coragem de deixar os roteiristas do desenho serem fiéis à obra original.
02 – Um menino prodígio… sem sorte
Hummm… Por onde eu começo? Ah, eu detesto o conceito de sidekick! Entre os sidekicks, eu tenho um ódio particular ao personagem Robin! E, entre os Robins, eu sempre tive um desapreço especial por Jason Todd! Sendo assim, difícil dizer que não adorei quando, com meus doze anos de idade, vi o Coringa mandando o pior dos piores parceiros mirins do mundo para a vala.
Bom, vamos com calma! Dick Grayson havia se mandado para ficar com os Novos Titãs (e a Estelar!). Para deixar clara a sua “independência e amadurecimento”, adotou uma nova identidade heroica, o Asa Noturna, com um dos uniformes mais bregas que o mítico George Pérez criou em toda a sua longa carreira!
Logo, o caminho ficou livre e Batman adotou um menino de rua que vivia de pequenos furtos e foi flagrado tentando roubar os pneus… do Batmóvel! Não demorou para que Jason Todd fosse treinado e se tornasse o novo Robin.
O problema? Jason sofreu algo comum em personagens que os roteiristas criam acreditando estar em sintonia com uma geração, mas falham miseravelmente. O novo Robin, que deveria ser rebelde, contestador e inconformado terminou sendo considerado pelos fãs chato, mimado e arrogante. Além disso, havia uma forte tendência na época de levar o Batman na direção apontada por Frank Miller no clássico O Cavaleiro das Trevas. Neste futuro, caso não se lembrem, fica muito claro que Jason morreu em ação.
Em dezembro de 1988, em Batman 426, começou a sair uma história roteirizada por Jim Starlin e desenhada pela lenda Jim Aparo (com Mike DeCarlo) na qual Batman afasta Jason do uniforme por conta de sua imprudência e raiva crescentes e este, logo depois, descobre que a mulher que acreditava ser a sua mãe na verdade não o era. Ele foge de casa e sai pelo mundo, em busca de sua verdadeira progenitora.
Ele encontra então a médica Sheila Haywood em um campo de refugiados na Etiópia. O que Jason não sabia era que o Coringa – que, mais uma vez, havia fugido do Asilo Arkham – também conhecia Sheila – assim como o falecido pai de Jason, ela tinha um passado criminoso – e a estava chantageando para desviar remédios de doações para que os mesmos fossem vendidos no mercado negro. Haywood entrega o próprio filho (que já havia revelado sua verdadeira identidade e estava com o uniforme de Robin) para o criminoso. É quando o Coringa resolve dar uma pequena lição no garoto…com um pé-de-cabra. Depois o deixa e a sua mãe, traída e amarrada, trancados no armazém, com uma bomba. No fim da edição, Batman – que tinha encontrado Jason, mas se separou dele para impedir que uma carga de gás do riso fosse entregue aos refugiados – vê, impotente, a explosão.
O resultado então ficou por conta da decisão dos leitores. Através de um serviço telefônico, eles votaram e decidiram o destino do personagem. Sem surpresa pra maioria, Jason Todd foi condenado à morte. Isto atirou Batman ainda mais no rumo do que foi mostrado na HQ de Miller (embora, pareça, a maioria dos fãs – e roteiristas – tenham esquecido que a morte de Jason fez com que o herói se aposentasse). Para começo, Batman – ainda incomodado com o que o vilão havia feito com Bárbara (que aparece brevemente em uma cadeira de rodas durante o funeral de Todd) – resolve ultrapassar a sua barreira moral e executar o Coringa, que havia se tornado… embaixador do Irã (isso foi alterado posteriormente)! Mas ele não consegue, um pouco por causa da intervenção do Superman. Esse rumo foi posteriormente corrigido com a chegada de Tim Drake, que se tornaria o terceiro Robin, sem lembrar em nada o chato Jason Todd.
Confesso que esta história já esteve no meu primeiro lugar! Morte de um personagem chato, com o pior de todos os alter egos, momentos icônicos e desenhada por um dos meus artistas preferidos. Mas caiu pra segundo por conta de dois acontecimentos. O primeiro foi – pausa para um suspiro desanimado – a ressurreição de Jason Todd, que voltou como um assassino extremamente violento, adotando a identidade de Capuz Vermelho. A outra foi a criação de Damian Wayne, outro Robin insuportável!
01 – Fazendo um viúvo
Antes de mais nada, devo confessar que o longo arco de histórias que ficou conhecido como Terra de Ninguém (No Man’s Land, no original) não é um dos meus favoritos. Não gosto daquela ambientação de guerra urbana, o cenário pós-apocalíptico, Batman agindo em plena luz do dia… Não é à toa que o péssimo O Cavaleiro das Trevas Ressurge (The Dark Knight Rises, 2012) tem muito destas histórias. Fiquei até surpreso de ter encontrado pessoas que as defendem, mas, conversando com algumas delas, percebi que muito do fascínio vem justamente pelo conjunto final de histórias, que receberam o subtítulo de Endgame, o qual eu também curto.
No apagar das luzes de Terra de Ninguém, o Coringa ressurge e resolve atacar os policiais. Ele lança um ataque com sua gangue em diversos pontos da cidade e sequestra um grande número de crianças, nascidas em Gotham durante o isolamento da cidade. Durante estes ataques – e a busca pelas crianças desaparecidas -, policiais são mortos e mesmo aliados do Batman, como Robin, Azrael e a Caçadora são severamente feridos.
Durante as buscas pelas crianças desaparecidas – dificultadas pela artimanha do Coringa de fantasiar diversos membros da sua gangue (inclusive a Arlequina) como se fossem ele, gerando um sem número de pistas falsas – , a esposa do Comissário Gordon, Sarah Essen, tem seu rádio destruído e resolve voltar à base da polícia para pegar outro. Ao escutar um barulho, ela se dirige ao subsolo da delegacia e encontra o Coringa, que havia levado as crianças para o último lugar onde poderiam pensar em procurá-las.
Sarah tenta prender o vilão, que segura uma das crianças no colo. Ele aponta pra mesma e a solta. Sem pensar, a policial larga a arma e segura o bebê. Com ela de joelhos, o Coringa aponta a arma para a sua cabeça e, com um “Feliz natal!”, dispara. Ele se retira do local e vai à rua no mesmo momento em que os policiais (com Gordon à frente) e o Batman chegam ao local. Sem um sorriso, ele atira a arma no chão e se entrega. Quando Bullock e Montoya, ela aos prantos, informam que a esposa está morta, Gordon perde cabeça e agride o Coringa. Depois aponta a arma para o rosto dele, que está novamente sorridente.
Ainda hoje recordo o choque que foi esta história na primeira vez que a vi. Ao contrário de tantas outras ações do Coringa, ali eu o vi agindo como se, em algum momento, seus próprios atos o tivessem incomodado. Ele não gosta de ser abordado por Sarah. Ele sai pela porta sem um sorriso no rosto e se entrega ainda mal humorado. Parece faltar algo ali, talvez um elemento pessoal que, dentro de sua mente perturbada, lhe dê um sentido para o que acabou de fazer. Claro que posso estar indo longe demais, mas me pareceu que o Coringa realmente estava se entregando, se sentindo mal pelo seu último ato. Mas a reação extremada de Gordon parece devolver ao vilão a velha segurança – ele sorri para o Comissário que aponta uma arma para a sua cabeça, diante de um chocado Batman.
É muito difícil não fazer aqui um paralelo entre esta história e A Piada Mortal. Principalmente quando Gordon consegue se controlar parcialmente e apenas atira no joelho do Coringa – o vilão pragueja momentaneamente, até dizer que “entendeu” o gesto, que o Comissário queria aleijá-l0, da mesma forma como ele havia feito com a filha dele. A risada sinistra então surge novamente, acompanhando um homem destroçado, que tenta manter a humanidade e a dignidade, pedindo que o facínora seja preso, acusado pelo assassinato. Mas Gordon fraqueja, sendo amparado pelo seu maior aliado na luta contra o crime em Gotham.
Posteriormente, o Coringa se envolveria em outra história em que viraria seu instinto assassino contra policiais e políticos. É o arco Alvos Fáceis (Soft Targets), publicado nos EUA entre os números 12 e 15 do título Gotham Central. Aqui no Brasil saiu em DC ESpecial n° 11 (novembro de 2006).
“I believe whatever doesn’t kill you simply makes you… stranger.”
Podia ter a vez que o Coringa queria fazer um filme do Batman com um anão!
http://www.opoderosoresumao.com/wp-content/uploads/2013/12/super-powers-n-36-a-morte-de-batman-o-filme-1995_MLB-O-228749050_2637.jpg
Eu tenho esse formatinho há uns anos… Acredita que até hoje não li? Folheio e acho tão nhé que deixo pra depois…
Excelente post, J.Jota! Exceto por um detalhe…
COMO OUSA FALAR MAL DO UNIFORME MAIS FODA QUE O DICK GRAYSON JÁ TEVE?!
Acho que nem o George Pérez encontra defesa para este uniforme…
Só pra avisar pro pessoal que gosta do Coringa: o arco que eu citei do vilão em Gotham Central (Alvos Fáceis) estará no segundo encadernado de luxo da série que a Panini acabou de anunciar e já se encontra em pré-venda em alguns sites.
http://images.livrariasaraiva.com.br/imagemnet/imagem.aspx/?pro_id=9361020&qld=90&l=430&a=-1
Otimo post JJota. o que me encomoda no renascimento do Jason é que tirou todo o impacto que a morte dele casou ao Batman e aos leitores, era muito foda ver o Batman se moendo de culpa so de ver o uniforme do Jason e isso tudo foi jogado no lixo por causa deste renascimento desnecessario dele.
PS: eu li a muito tempo atra que o Miller não havia gostado de terem matado o Jason no canon mas não sei se isso é verdade.
Eu simplesmente detestei a ressurreição do Jason Todd, pelo mesmo motivo que você citou. A DC, infelizmente, não tinha um editor com um mínimo de discernimento para perceber que a) ficou como uma imitação da Marvel, que ressuscitou o Bucky, e b) que, ao contrário do Bucky, a morte do Jason foi algo clássico, com grande impacto nas hqs.
De boa, quem ainda lembrava do Bucky? E ele ficou mais legal como Soldado Invernal do que o Todd como Capuz Vermelho. Acho que foi o Waid que disse na época: “Nunca que alguém treinado pelo Batman se tornaria um assassino impiedoso”.
Não lembro do Miller ter dito algo assim (até porque, acho que todo mundo já percebeu, ele não é grande fã dos Robins – excetuando, claro, a Carrie). Mas creio ter lido uma entrevista dele, anos depois, em que Miller disse que achou a morte em si de uma violência estupenda e que aquilo, sim, o incomodou pela forma como foi publicada (ou seja, dentro de um gibi mensal).
Foi essa entrevista mesmo que eu li mas foi a tanto tempo que eu nem me lembrava o que ele havia dito kkk.