A Batalha do Apocalipse – Eduardo Spohr

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Da queda dos anjos ao crepúsculo do mundo 

 

Visão geral

No começo, foi difícil pegar no tranco. Por nenhuma razão especial, afinal, anjos, demônios e Apocalipse são assuntos que, de modo geral, eu gosto. Acho que eu não tinha entrado no clima do livro quando comecei a lê-lo e, mesmo depois de ter entrado, saí diversas vezes. Aí sim, por um motivo específico: os flashbacks.

Há duas linhas de tempo no livro: a atual, passada no Rio de Janeiro em algum momento depois das Olimpíadas de 2016, e a linha do tempo dos imensos e numerosos flashbacks. Levou um tempo, mas eu aprendi a gostar desse recurso, que ajuda a explicar milhares de coisas da melhor maneira possível, mas, em A Batalha do Apocalipse, os flashbacks são enormes. Ou melhor, eles são o livro.

Tudo bem, eu sei que em uma história épica, como esta pretende e consegue ser, o que importa é a jornada do herói, e alguns flashbacks são ótimos, especialmente o primeiro – onde conhecemos a ótima Shamira, a feiticeira de En-Dor.

Passei pela Babilônia e a Torre de Babel, passei pela China (meio a contragosto), Constantinopla e a Terra Santa, passei por Enoque (e queria ter passado por Atlântida, tão citada, indiretamente, durante todo o livro) e passei por Sodoma também. Além de passear pelas ruas do Rio de Janeiro e de volta à Terra Santa. Também passei pelo “belo” Sheol (Inferno) e a Fortaleza de Sion, a Torre das Mil Janelas (que na verdade tinha mais que isso de janela).

 

A obra e suas variações;
A obra e suas variações;

Personagens

Conheci personagens interessantes, como o personagem principal Ablon, um típico herói de instintos, justiça e ideais inabaláveis. Ele é legal, mas a maldita “impossibilidade de fugir de um desafio”, por vezes, me soou como idiotice. Porém, verdade seja dita, no livro de Eduardo Spohr isso tem uma justificativa plausível, pois os anjos, como Ablon, não têm livre arbítrio. O que eles nasceram para ser e fazer, eles são e fazem por toda a eternidade.

O melhor personagem foi… Difícil dizer. Eu gostei de todos da mesma maneira. Gabriel tinha tudo para me agradar, não dá para dizer que conseguiu, mas decididamente não decepcionou. A Feiticeira de En-Dor, Shamira, me agradou, e talvez seja uma das candidatas a melhor personagem. Mas tem que competir com Amael, Aziel e Sieme, que não foram muito trabalhados, mas tinham muito potencial.

Porém, tem uma coisa que me incomoda mais do que o número e o tamanho dos flashbacks. O desenvolvimento dos personagens não estava nem em primeiro, nem em segundo plano, possivelmente, estava em quarto plano. Explico:

Primeiro plano: Ablon e sua jornada são o plot da história. Ele é um rebelde, expulso do céu após uma tentativa de ir contra os poderosos Arcanjos (Miguel, Gabriel, Rafael, Lúcifer e Uriel), que tinham inveja dos homens por terem livre arbítrio e o amor de Deus, e, por isso, estavam ordenando que cidades inteiras fossem destruídas, em nome da Justiça Divina (daí a queda de Enoque, Atlântida, Sodoma e Gomorra). Os flashbacks contam a história deles na Terra, após sua expulsão do céu, junto com seus colegas rebeldes, que foram morrendo um a um. Então, o livro funciona naquilo que se propõe, criar um herói épico.

Segundo plano: apresentação do universo. Quem são os Arcanjos, os querubins (entre eles Ablon e Apollyon), os Anjos Caídos (Lúcifer e aquela história bíblica que todos nós conhecemos) e os Anjos Rebeldes, além das castas de anjos. Cada casta de anjo tem uma função. Os Querubíns são guerreiros e não podem recusar um desafio, os Ofanins são os “anjos de guarda” como os conhecemos, e por aí vai. Eduardo faz o que pode para explicar a relação entre as castas e basicamente os personagens são desenvolvidos segundo as características de sua casta. O que até é interessante, mas limita a identificação com personagens que não sejam Ablon ou Shamira.

Terceiro plano: contextualização histórica. O autor brasileiro, além de escritor, é jornalista e apaixonado por história. E está aí um ponto positivo em seu livro, pois cada flashback ele contextualiza o ambiente e os acontecimentos ficcionais, baseando-se em acontecimentos reais, e a leitura disto é verdadeiramente fascinante.

Quarto plano: desenvolvimento dos personagens. Não tenho certeza se é por causa da falta de livre arbítrio dos anjos e das características das castas que o desenvolvimento dos personagens é tão limitado. Provavelmente seja isso, o que, como eu disse, é justificado pela história contada.

Porém, para quem que, como eu, gosta de se apaixonar pelos personagens, se identificar com eles, e ter aquela sensação de que é um amigo seu de muito tempo, isso não vai acontecer nessa história. Fica pelo gosto de cada um, eu decididamente senti falta disso, dos personagens terem aquela característica única, aquilo que os faz especial.

Se Ablon é um querubim, e como querubim ele segue as características de sua casta, então qualquer outro querubim poderia ter feito o mesmo. Então, por que ele se destacaria? Não consegui achar nada de muito especial em Ablon, tomara que você encontre.

Observações finais

O final me incomodou, quase tanto quanto o flashback passado na China.

Quero dizer, até esse fatídico flashback, o livro era narrado em terceira pessoa, o que eu considero ideal na criação de um universo. Mas, do nada, chega um flashback narrado em primeira pessoa. E, me desculpe, se alguém discordar de mim nesse ponto, mas não faz o menor sentido, nem tem a menor utilidade a mudança na narração. Sem falar que nem é o flashback mais interessante da história, apesar de apresentar a visão de deuses anteriores à religião cristã. E, pior, depois que o flashback termina, voltamos à boa e velha narração em terceira pessoa. E é bem difícil não ficar com aquela sensação de “pra que isso?”.

Li as 500 e tantas páginas do livro e nem vi o tempo passar. Estava ótimo. A luta final, que durou bastante e não ficou maçante em nenhum momento, foi muito boa. A resolução dela também foi ótima. Mas podia ter acabado aí. Pois, quando cheguei ao Epílogo, fiquei com a sensação de que não, aquilo não era necessário. Ou pelo menos não daquele jeito.

Soraya

Criadora e editora do blog "Contos e Pitacos" - http://contosepitacos.blogspot.com.br/

Este post tem 37 comentários

  1. GandalfKenobi

    O Eduardo é bom, mas tem que melhorar MUUUUUUITO ainda se quiser se tornar um grande autor. O segundo livro dele, que é um prequel da BdA , tem quase esse mesmo problemas relatados aí, apesar de ser divertido

    1. Eduardo Spohr

      Brigado pela opinião, cara. Se tiver críticas sobre ABdA ou FdE, eu teria o maior prazer em escutar 😉

  2. JJota

    Olha, a imaginação do Eduardo é muito boa. E ele até tem um certo cuidado e tal, mas… sei lá. Falta algo. Todos os personagens parecem falar igual, ele inclui coisa demais na história (vejam bem, se ele sair das looooooooooooooooongas reminiscências a que se entrega, o livro teria umas cem páginas apenas) e parece que, de repente, ele perde o fôlego quando está descrevendo uma luta (o que ele faz de maneira excessivamente detalhada).

    Mas no geral é um bom livro, melhor do que o que ele lançou depois que eu empaquei de tão chato (personagem universitária?????? Jesuis!!!!).

      1. Don Vittor

        Pq não lança aqui pelo site? Mês que vem vamos lançar em formato virtual.

          1. Don Vittor

            Claro, meu amigo. Li seus contos e gostei muito. Quanto a publicação do livro farei o mesmo. Espero que no mês que vem tenha início. A obra entrará na parte de originais e terá cada capítulo lançado quinzenalmente. Mas terá contrato e tudo acertado.

          2. JJota

            Contrato, veja bem. Grana são outros quinhentos…

          3. Don Vittor

            Contrato de divulgação, nada de grana rs

        1. Bigby Wolf

          Também, mas aí já é um projeto mais adiantado. Olha, comece a visitar o meu blog à partir de segunda-feira, pois vou começar a fazer 2 postagens por dia. As coisas vão ficar mais claras.

    1. Eduardo Spohr

      valeu pela crítica, JJota. Ficarei atento a esses pontos 🙂

      Pena que não curtiu o começo de “Filhos do Éden”. Mas eu te aconselho a prosseguir com a leitura, pois a personagem não é universitária não – aquele é uma espécie de “disfarce”, como vc verá adiante.

      Caso tenha interesse em continuar lendo, depois me diga o que achou. Seus comentários sobre a obra vão me ajudar pra caramba.

      1. JJota

        Eduardo, não vou desistir mesmo não, pois, como já disse, curti muito a sua imaginação e a sua organização. Valeu pelo “spoiler” que me animou bastante (realmente, aquela cidadezinha universitária é um porre e espero mesmo que a história saia logo dali).

        Acho mesmo que uma pesquisa maior pra criar diferentes “formas de falar” para os personagens, refletindo sua educação, sua origem e os meios que frequentou ao longo dos anos agregaria personalidade aos mesmos. Stan Lee tinha muito deste cuidado: lendo em voz alta, você sabe quando é um diálogo do Peter Parker, do Reed Richards, do Doutor Destino… Cada um utiliza expressões próprias e palavras diferentes pra falar do mesmo assunto.

        Quanto as descrições das lutas, acho que elas são tão detalhadas que tiram a sensação de velocidade que as mesmas possuem.

        Sou eu que agradeço pela atenção e pela humildade. Tá difícil encontrar gente que entenda uma crítica hoje em dia…

    2. Soki

      Numa coisa sou obrigada a discordar, JJota. Eu gostei bastante das lutas, todas elas, do modo como foram narradas e… não consigo ver nada de errado nelas…

      Sobre Herdeiros de Atlântida, ele tem uma pegada diferente e, apesar de ter estranhado a Kaira no começo, depois ela se tornou bem mais interessante no decorrer do livro. Claro, não tanto quanto o Denyel… então se você empacou no começo, não teve chance de curtir esse outro personagem. Pena. Mas eu gostei mesmo foi de Levih e Urakin. E a chamada para o próximo livro, que me deixou curiosa… 🙂

      1. JJota

        Soki, o problema na descrição de lutas – e eu entendo bem a dificuldade, pois é quase como descrever uma partida de futebol através de palavras- é que, em algum momento, fica muito cansativo, até pelo excesso de detalhes, tirando a dinâmica. Por exemplo, você sabe que os anjos se movem a grande velocidade e que suas lutas são rápidas, mas a forma de descrever escolhida pelo autor termina passando a idéia exatamente oposta. Sabe o que me lembra? Aquelas lutas dos Cavaleiros do Zodíaco em que os sujeitos se entregavam por longos minutos a descrever seus golpes.

        De fato, eu empaquei. Toda hora que aparecia aquela menina (e ela aparece muito no começo) dá uma morosidade na história… Mas não vou desistir. Como disse, gosto muito da imaginação do Eduardo e acho que ele merece, sim, que eu vá em frente.

    1. Eduardo Spohr

      Obrigado pela sua resenha tb, Renver, amei 🙂

      1. JJota

        Eduardo, me sane uma dúvida!

        No final, ao girarem a Roda do Tempo, eles reconstruíram o mundo e a Humanidade. Mas também trouxeram de volta Miguel, Apollyon e Lúcifer?
        Porque foi esta a ideia que me passou o Epílogo e, sinceramente, foi uma das coisas que me incomodou.

          1. JJota

            Opa! Valeu, Eduardo!

  3. Bruno Pacheco

    É impressionante como opiniões e gostos são diferentes. Eu entendo sua crítica, mas não concordo com ela. Eu adorei os flashbacks, me identifiquei pra caramba com os personagens e adorei o final. hahahaha
    Mas é o que dizem, gosto é gosto, cada um tem o seu! =)

    Obs.: Também não concordo com o comentário que diz que ele não é um grande escritor. Os livros dele estão na minha lista top. Mas isso também entra na questão do gosto particular, né?

  4. Eduardo Spohr

    Oi, Soki.

    Que bom que (apesar de alguns pontos negativos) vc gostou do livro. Fico feliz em saber e pode ter certeza que essas críticas sinceras são o que me estimulam a continuar escrevendo, até pq ninguém é perfeito – e eu, obviamente, ainda tenho muito a aprender.

    “A Batalha do Apocalipse” é um livro que a gente chama de story-drive, ou seja, onde o fio condutor da história e os eventos são mais importantes do que os personagens em si, daí talvez vc tenha sentido falta de protagonistas mais bem desenvolvidos. O meu próximo livro, “Filhos do Éden: Anjos da Morte” é todo character-driven e talvez seja algo que te interessar mais nesse ponto.

    Os flashbacks são polêmicos, com certeza heheh. Tem gente que odeia e gente que adora (normal). O sentido de a parte 2 (flashback em China-Roma) ser narrada em primeira pessoa é pq é o Ablon lembrando, como mostrado na página 204 😉

    Quanto ao final, já é um lance mais complexo.

    A ideia central da obra é a questão do livre-arbítrio, tema que é colocado intensamente nas três partes. O romance fala sobre essa ideia de que cada um de nós construímos o nosso destino, da primeira à última página. O diálogo entre Ablon e Gabriel, em especial, é o mais significativo neste ponto.

    Assim, tentei fazer algo coerente. A história fecha, mas deixa a bola nas nossas mãos, seres humanos, que somos os únicos que podem mudar o mundo. Essa é a mensagem do livro em branco, no final. Cada um constrói o seu próprio caminho. Se não houvesse aquele final, a obra toda simplesmente não teria sentido.

    Dar uma resposta clara seria contrariar o que foi exposto durante toda a narrativa. Gabriel diz a Ablon que homens e anjos se alimentam da utopia que seria a existência de Deus, enquanto Deus está, na verdade, dentro de nós. Só nós mesmos podemos reger o nosso futuro. Às vezes isso irrita. Às vezes é desagradável, em nossas vidas, sermos obrigados a fazer certas escolhas. Mas é assim que a vida é 🙂

    Qualquer coisa estou por aqui. Novamente, brigadão pela resenha.

    Forte abraço,
    Eduardo

    1. Soki

      Olá, Eduardo.

      De fato, eu gostei muito do livro. Sempre fico empolgada quando encontro livros que me prendem completamente a atenção, e me fazem esquecer as preocupações… na época que li AbdA, estava terminando a faculdade (jornalismo), com TCC, estudava a noite, e chegava depois da meia-noite em casa, e uma das minhas melhores lembranças é voltar para casa, atravessando São Paulo no metrô + ônibus, lendo esse livro.

      Então, apesar de não ter conhecimentos sobre teorias da literatura, eu sou uma leitora e, no fim, sei que o que importa é mergulhar na leitura de um livro e se deixar levar por ele. Qualquer livro que consiga tal efeito sobre o leitor, será grandioso a seu modo. Como muitas pessoas me disseram, a respeito dessa crítica, “gosto cada um tem o seu” e determinados livros agradam determinado grupo de pessoas, mas isso não faz dele menos importante.

      Eu já tive problemas maiores com flashbacks, mas finalmente fiz as pazes com eles. E em determinado ponto, depois de finalizada a leitura de AbdA, eu entendi que o que realmente importava ali eram justamente os flashbacks. Mas entenda, eu queria tanto, tanto saber o que viria a seguir, como parar o Apocalipse, como parar Miguel, o próximo passo de Lúcifer. Daí, do nada… “senta que lá vem a história/flashback” hahahahahahaha Mas okay, no fundo é isso que faz a gente virar a próxima página, não?

      Eu entendi bem a questão do livre-arbítrio. Bem, todo o meu comentário é bem pessoal, então para ser justa, tenho razões pessoais para me irritar com quem diz que “sou assim, não vou mudar, e estou fadada a passar por isso”, mas isso tem a ver com questões minhas, e admito que talvez seja errado ter passado o livro por esse filtro específico.

      Eu li “Filhos do Éden: Herdeiros de Atlântida” e confesso que fiquei feliz quando vi o título do livro, pois em AbdA eu fiquei louca para saber sobre Atlântida… E vou ler “Anjos da Morte”, porque o final do outro me deixou ansiosa por mais.

      Certo, sobre o final, eu gostei dele. Só não gostei muito do final do epílogo.

      E eu, admito, eu gosto de desenvolver personagens, adoro o crescimento ou não, as razões, as reviravoltas, as paixões! E realmente senti falta disso, mesmo que não seja com isso que o livro se preocupe.

      De qualquer forma, obrigada por ler, comentar e espero que não se incomode com minha falta de conhecimentos técnicos.

      Soraya.

  5. Leonardo Delarue

    Olha, conheci o Eduardo pessoalmente e virtualmente, mas os dois encontros foram coisas rápidas, uma foi na sessão de autógrafos na Saraiva e a outra foi na gravação que fiz com ele na época em que escrevia no Pira RPG.

    Gostei muito do livro. Assim como em filme gosto apenas de ver (no caso ler) o que está na minha frente, até por que não entendo muito das coisas técnicas.

    Acredito que ele, assim como nós sempre temos que evoluir, melhorar e blá blá blá.

    Mas sobre o livro especificamente, como disse gostei bastante, em nenhuma parte achei a leitura cansativa, tanto que terminei de ler em 3 dias (lia no horário de trabalho).

    A única coisa que me “incomodou” foi a luta final entra Ablon e Apollyon, que como disse na gravação para o Edu: “Gostei que foi muito rápida e ao mesmo tempo não gostei por que foi muito rápida, pois esperava uma coisa épica”. Entretanto entendo a luta como um todo por causa do contexto que estava sendo exposto.

    Ainda não li Filhos do Éden, mas devo fazê-lo em breve.

    1. Bruno Pacheco

      Cara,

      To contigo, eu leio (e vejo filmes) por puro entretenimento e, por experiência, acredito que quanto mais técnicos nós ficamos, menos a gente se diverte.
      Quanto ao ‘Filhos do Éden’, na minha opinão, não é TÃO épico quando ABdA, mas é tão bom quanto. Eu costumo dizer que ABdA seria um longa metragem e Filho do Éden uma série sping-off (até porque, se não me engano será uma trilogia).

      Vale muito a pena, como o Eduardo disse aí embaixo, em FdE os personagens são o ponto do livro, e tem personagens muito (muito mesmo) fodas!!

      Obs.: Não que eu concorde que o Eduardo escreva mal (pelo contrário, eu curto muito o estilo dele), mas se Tolkien não era bom escritor (#MAMIILOS) e criou um universo foda, gigantesco e épico, então pra que reclamar, né? hahahaha 😛

      1. Edu Aurrai

        Concordo. Larguei mão dessa mania besta de querer achar defeito em tudo. A não ser quando algo REALMENTE me incomoda, tipo o Bat… Ah, melhor deixar pra lá.

        1. JJota

          Edu Aurrai, sempre falando do filme que o incomodou – tanto que o assistiu… Quantas vezes mesmo? Sete? Oito?

          1. Edu Aurrai

            Cinco. Mas foi por uma causa nobre.

          2. JJota

            Cuequice verde virou causa nobre?

          3. Edu Aurrai

            Na verdade eu tava me achando burro, não entendia pq tanta gente gostou e eu não conseguia gostar.

        2. Frederico Lenz

          Ás vezes, temos de deixar de lado o olhar crítico e simplesmente nos deixar entreter. Se procurarmos defeito em TUDO, viramos meros hipsters, e ninguém quer isso não é? rsrsrs

    2. Soki

      Aquele que não precisa evoluir, não precisa mais viver… E na literatura não é lá muito diferente. Deve ser horrível chegar em um ponto em que você pensa: “Não dá para ficar melhor que isso”… Então, qual o sentido?

      Sim, eu também esperava uma luta mais “épica”. Mas não me atrapalhou.

      Filhos do Éden: Herdeiros de Atlântida não é tão legal, quanto AbdA, mas é interessante. E se passa no Brasil, então o Eduardo deu espaço a algumas figuras interessantes do folclore, e eu adorei quando ele fez isso. Você devia ler.

      1. JJota

        FIGURAS DO FOLCLORE???????

        Putz, já fui pegar minha edição!

  6. Matheus

    Ei, acho que ele narrar o livro em primeira pessoa na parte da China é porque antes do flashback o autor diz que Ablon lembrou-se de talvez uma das maiores de suas aventuras em um instante, e ele narra como se fosse Ablon lembrando daquilo.

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