“ Enquanto eles se retiravam, foi levado a Jesus um homem endemoninhado que não podia falar. Quando o demônio foi expulso, o mudo começou a falar. A multidão ficou admirada e disse: “Nunca se viu nada parecido em Israel!”” Mateus 9:32-33
Com estas simples palavras de Mateus, tem-se início as teorias sobre invocações ou possessões demoníacas através do globo, desde os tempo mais remotos e aproveitando este gancho, hoje, busco trazer algumas curiosidades e até situações reais que envolvem o sobrenatural.
Embora, muitos de nós conheçamos fatos e mais fatos sobre locais mal assombradas ou situações completamente inexplicáveis, acima do temor, ainda residem uma força maior, chamada curiosidade. E, dentre todas elas, duas intimamente relacionadas se destacam, são elas: A morte e o Pós-morte.
Desde os milhares de mortes escrachadas, assim denominadas devido a sua exposição pública, até um simples ranger de tábuas de madeira, a mente humana aguça a sua capacidade criativa nos trazendo as mais variadas situações onde, além da própria realidade, depositamos nossos medos e somos pegos pelos truques de nossa própria mente. Ao menos é assim que nossos pais ensinam e muitos gostariam de acreditar, afinal, é mais fácil culpar o estado emocional ou aparente problema de visão, do que encarar a realidade do desconhecido, onde de maneira nua e crua, você se vê sozinho, cara a cara com aquilo que jamais deveria ter existido.
Quem dera fosse apenas uma introdução ou peça publicitária para venda de um produto. Queria jamais ter visto certas cenas ou pelo menos não estar acordado para lidar diretamente com elas. Assim como, também gostaria que pessoas não fizessem tal tipo de “invocação” e as escondesse dentro das paredes da minha primeira casa. Ou apenas, a imagem estática e pequena que, sobre o sofá, me encarava com seus olhos de botão, fosse mera ilusão. O nome daquilo? Não sei. Muito menos o porquê me acordava todas as noites com gritos ou choros. A minha única certeza é que nunca vou esquecer seu rosto, o pano que o modelava, assim como toda a negatividade perpetrada por aquela mísera figura que, mesmo depois de 25 anos, jamais deixaria minha mente.
Acredite ou não, esta história é real e aconteceu com o próprio autor desta matéria há, aproximadamente, 25 anos, contudo, acima de qualquer descrença de terceiros, o mais importante é a experiência adquirida e a maneira como tratamos este assunto. No entanto, por que vim falar desse tema? A verdade é que após assistir o filme Invocação do Mal, por sinal, um dos melhores filmes de terror dos últimos tempos, eis que me deparo com o clichê mais tosco e inverossímil de um objeto controlado pelo inexplicável, neste caso, uma boneca.
Apesar da certeza que ninguém em sã consciência ninguém levaria um objeto tão macabro quanto este para casa, a maldita boneca Annabelle/Linda Blair vai ganhar um filme solo e baseado em fatos reais. Contudo, como velhos marinheiros, sabemos que expressão “baseado” quase faz jus ao alucinógeno, uma vez que a partir de uma simplória premissa real, diretores e roteiristas perdem o fio da meada e em vez de fazer uma mesa tremendo , criam cenas onde a mesma dança Pereplyas – como aconteceu no próprio Invocação do Mal. Então, fui atrás da história verdadeira.
Para quem desconhece a estreia, aqui deixarei uma sinopse e um trailer:
Ocorrido antes dos eventos mostrados em Invocação do Mal (2013) , o filme vai contar a história por trás da Boneca Annabelle, supostamente foi possuída por uma entidade demoníaca, que assombrou a vida de três jovens. O caso foi tratado pelo casal de demonologistas Ed e Lorraine Warren.
Quanto a história verdadeira, obviamente, a matéria não termina por aqui, afinal, ainda tenho a cereja do bolo, assim como, o real motivo que me trouxe a escrever sobre este filme.
Por favor, encarem a discrepância entre as duas fotografias e me diga, qual dessas é passível de realidade? Fácil, não? Então, para aqueles que se preocuparam em ver o trailer, fatalmente, ficou bem claro o exagero criado em torno dos traços da própria boneca, ainda mais se comparada a original que, embora seja muito simplória e engraçadinha, realmente me fez tremer as bases, pois, a mesma – com seu corpo de pano fajuto e encardido – é praticamente idêntica a imagem do “boneco imaginário“ que me atormentava na infância. Assim, para aqueles que já passaram por experiência parecida , tem curiosidade em conhecer a verdadeira história ou , apenas encarar a boneca original, eis aqui um relato de sua “última” dona, acompanhada por uma matéria legendada:
“Nós sabíamos que algo de anormal estava acontecendo” Donna respondeu. “A boneca muda de quarto por si só. Ela fez pose em gestos diferentes, todos nós vimos isso, mas queria saber por que? Houve talvez alguma razão plausível para que a boneca estivesse se movendo? Então Angie e eu entramos em contato com uma mulher que é uma médium. Isso foi a cerca de um mês, ou talvez seis semanas depois de todas essas coisas começarem a acontecer. Nós então soubemos que uma menina morreu nesta propriedade “, diz Donna aos Warrens. “Ela tinha sete anos de idade e seu nome era Annabelle Higgins. O espírito na Annabelle disse que ela jogava em campos há muito tempo antes que esses apartamentos fossem construídos. Foram tempos felizes para ela. Ela nos disse que todo mundo aqui é adulto, e apenas estão preocupados com seus empregos, não havia ninguém com quem ela pudesse se relacionar, a menos conosco. Annabelle sentiu que seríamos capazes de entendermos. É por isso que ela começou a se manifestar na boneca de pano. Tudo que Annabelle queria era ser amada, e então ela perguntou se podia ficar com a gente e passar a viver na boneca. O que podíamos fazer? Então, disse que sim. “
É isso galera. Embora tenha minhas críticas, como fã ávido do gênero, certamente, estarei dia 9 de outubro na estréia.
Tenho medo dessas coisas. Tô virando um velho cagão.
Veja o documentário, vai gostar rs
Cara, esse temor com figuras que estariam “tomadas” por espíritos tem substrato pagão, vem desde as culturas pré-cristãs, e ainda se propaga, nos dias de hoje, através do Vudu africano, e, indiretamente, através da reencenaçao do Presépio Cristão.
Os romanos costumavam ter, em suas casas, pequenos altares em que colocavam miniaturas que representavam membros de suas famílias, para os quais enviavam energias positivas através de rogos.
Alguns pensam assim,porém, bata um boneco desses aparecer no sofá de suas casas que toda as explicações lógicas somem.