Iluminamos – Annabelle

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Este post não é recomendado para aqueles que são mais sensíveis.

Sentiu mais vontade de ler, certo? Contudo, será que você tem coragem de atravessar um corredor escuro para ir ao banheiro ou beber água durante a noite? Cobre os próprios pés com medo de que alguém possa puxá-los? Sinceramente, caso você seja assim, não é recomendável que prossiga, pois falaremos de Annabelle!

Eis a sinopse do filme, chupinhada dos colegas do Adoro Cinema:

Um casal se prepara para a chegada de sua primeira filha e compra para ela uma boneca. Quando sua casa é invadida por membros de uma seita, o casal é violentamente atacado e a boneca, Anabelle, se torna recipiente de uma entidade do mal.

Com o intuito de se aprofundar na história da assustadora boneca vista também em Invocação do Mal, devido a repercussão incrível do filme, os produtores decidiram criar um filme solo. Uma medida acertada? Nem tanto assim.

Annabelle

Como fã incondicional de Invocação do Mal, acreditei que, com o gancho deixado, havia uma premissa excelente para a construção de uma boa história. O problema é que o filme se estende demais até nos envolver em seu clímax. Além disso, a protagonista Annabelle Watts (que ironia, não?) deixa, e muito, a desejar no papel. Um dos trunfos do filme, certamente, é o aviso de ser “baseado em histórias reais”, embora de real ele tenha apenas os dois primeiros minutos.  Isso sem contar que exageraram tanto no rosto da boneca que não ficou medonho, mas cômico! Falando em cômico, e aquele demônio, senhor?!

Quanto ao suspense, embora o enredo seja bem fraco, creio que o mesmo, assim como os sustos, foram na medida, especialmente para os mais sensíveis.  Outra medida acertada que contrariou muitos espectadores é o fato da boneca não ser o “cerne do filme”. A verdade é que a boneca não tem pouco destaque, ela só não anda, fala ou roda a cabeça com efeitos pirotécnicos. Afinal, estamos falando de uma boneca! E, francamente, como testemunha ocular de tais fenômenos, a realidade é bem parecida com isso.

Contudo, para os fãs da história original da boneca, ou melhor, um fragmento da mesma, a produção até cumpre algumas das expectativas ao deixar a boneca como um receptáculo do mal, ao invés de robotizá-la de maneira tosca, como já fizeram com Chucky, esposa e filho. O que vemos é uma tentativa falha de trazer algo do mesmo nível de Invocação do Mal – com direito a demônios e padres voadores -, contudo, o resultado final não seja tão ruim. Quem sabe, o problema não tenha sido a expectativa? Afinal, ainda carecemos, e muito, de filmes de terror que respeitem os adoradores do gênero.

Algumas curiosidades:

  •  A verdadeira boneca “Anabelle” é uma grande boneca “Raggedy Ann”. Os Warrens tiveram uma caixa especial construída para Annabelle dentro de seu Museu Oculto, onde reside até hoje.
  • Um episódio de “The Twilight Zone”, de 1963, chamado “Living Doll” envolve uma boneca falante dada a uma garotinha por sua mãe. O vocabulário inocente da boneca, logo assume um tom sinistro, especialmente para o padastro cruel da menina. A mãe da menina chamava-se Anabelle.

raggedy-ann-andy-familia-boneca-annabele-raros-18699-MLB20158979296_092014-OPor fim, para os  amantes do gênero e para os pouco impressionáveis, ou se você assistiu Invocação do Mal e apostou no spin-off, você se decepcionará.  No entanto, caso queria se divertir, este não é nenhum marco do gênero de terror, mas possui qualidades o suficiente para entreter.

Quem quiser ver o trailer , é só clicar aqui embaixo.

 

Don Vitto

Escritor, acadêmico e mafioso nas horas vagas... Nascido no Rio de Janeiro, desde novo tivera contato com a realidade das grandes metrópoles brasileiras, e pelo mesmo motivo, embrenhado no submundo carioca dedica boa parte de seu tempo a explanar tudo que acontece por debaixo dos panos.

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