Iluminamos: Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge

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Esqueça tudo o que você sabe (ou acha que sabe) sobre o Batman. Esse não é o Batman de Bob Kane, nem de Frank Miller e muito menos de Grant Morrison. Esse é o Batman de Christopher Nolan. Se algum “dito especialista” disser que a trilogia do diretor é “interessante”, mas não se compara aos grandes clássicos dos quadrinhos de outrora, não acredite. É mentira, puro recalque! A verdade é que Nolan conseguiu o que muitos tentaram: calou a boca dos nerds!

Os super-heróis nasceram dos quadrinhos, por esse motivo são a justa referência quando se trata de filmar personagens derivados do meio. O roteiro escrito pelos irmãos Nolan e David S. Goyer (argumento), por exemplo, se apropria do conceito utilizado – mas não tão bem executado no decorrer da saga – de Doug Moench e Chuck Dixon para a HQ “A Queda do Morcego” (Knightfal), de 1993, como ponto de partida. No entanto, o resultado atingido é dotado de tamanha grandiosidade que é impossível taxá-lo como uma adaptação. O longa é cinema na mais completa acepção do termo.

Na trama, que se passa oito anos após o segundo filme, o vilão Bane (Tom Hardy) surge em Gotham disposto a mergulhar a cidade no caos, numa espécie de vendeta pessoal para quebrar o espírito e a mente do Batman (Christian Bale). Muito confortáveis em seus papéis, a transição entre os diversos momentos dramáticos da história em direção a uma atmosfera cada vez mais sombria ocorre naturalmente para todo o elenco, incluindo os “novatos” Hardy, Anne Hathaway (Selina Kyle) e, especialmente, o detetive Foley de Mathew Modine.

O Cavaleiro das Trevas Ressurge segue as marcas autorais de Nolan. É visualmente bastante impactante, principalmente nas cenas de ação, utilizando milimetricamente os efeitos gráficos. Já na trilha sonora, cada sonorização ajuda a construir a identidade específica do filme (como o magnífico cântico dos prisioneiros que “embala” o trailer). No longa, os sons são tão importantes quanto o uniforme negro, mérito do experiente Hans Zimmer.

Se o mundo fosse mesmo acabar, como diziam as previsões, essa seria a despedida perfeita. Contudo, sendo “só um pouquinho” implicante – isso porque claramente o diretor/roteirista tinha a produção nas mãos –, poderia ser cobrado um pouco mais de ousadia quanto ao final. De forma alguma a escolha de Nolan pode ser considerada errada, mas um encerramento um pouco menos comercial talvez fizesse da trilogia um marco (ainda maior) do gênero.

Zé Messias

Jornalista não praticante, projeto de professor universitário, fraude e nerd em tempo integral cash advance online.

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