Iluminamos: Os Vingadores

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Joss Whedon realizou uma proeza impressionante. O roteirista/quadrinista transformado em diretor não só colocou Scarlett Johansson num collant preto fazendo todo tipo de acrobacia imaginável, como fez com que esse fato fosse eclipsado completamente pela qualidade do filme. Algo memorável ao considerarmos que Os Vingadores é apenas seu segundo longa.

Na trama, desenvolvida por Zak Penn e Whedon, o semideus nórdico Loki (Tom Hiddleston) planeja trazer um exército alienígena para a Terra e assim dominar o planeta. Para impedir a ameaça, a agência governamental S.H.I.E.L.D. reúne um grupo de heróis como uma espécie de força-tarefa improvisada. Porém, antes de salvar o mundo, Capitão América (Chris Evans), Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), Thor (Chris Hemsworth) e o Dr. Bruce Banner/Hulk (Mark Ruffalo) precisam resolver suas diferenças, principalmente com relação a seus egos inflados, para conseguir trabalhar em equipe.

Em se tratando de adaptações de histórias em quadrinhos (HQ), há uma linha tênue que separa o brilhantismo de Homem-Aranha 2 e X-Men – Primeira Classe do caricato Power Rangers – O Filme. Afinal, o que funciona esteticamente nos quadrinhos pode se tornar berrante nos cinemas (daí os uniformes pretos nos primeiros X-Men). E Whedon contorna esse fator de risco justamente assumindo-o e o utilizando como alívio cômico. Esse tom “menos formal”, sem se levar tão a sério, dá à película certo frescor, tornando Os Vingadores uma ótima pedida até para os não iniciados no universo dos quadrinhos.

Épico. Espetacular. Eletrizante. Sensacional. Muitas palavras podem ser utilizadas para adjetivar a produção, porém sua maior qualidade é, sem dúvida, fazer jus às grandes expectativas criadas pelos fãs ainda em 2008 quando o projeto foi anunciado. Pode parecer bajulação barata responsabilizar apenas Whedon por esse resultado, mas, à bem da verdade, ele assumiu o projeto por inteiro, inclusive reescrevendo o roteiro de Penn que já estava pronto. Definitivamente, Os Vingadores entra para o rol das obras-primas do gênero. E sua recente reestreia no circuito visa justamente um “combate” e com o Batman – O Cavaleiros das Trevas Ressurge. Mesmo sem escolher um favorito, é possível dizer que a briga dentro e fora da telona vai ser muito boa!

Zé Messias

Jornalista não praticante, projeto de professor universitário, fraude e nerd em tempo integral cash advance online.

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