Iluminamos – Star Trek “Sem Limites”

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O terceiro filme da sequência de Star Trek, estreou no Brasil bem no mês de aniversário de 50 anos da franquia. Um grande presente para os fãs brasileiros!

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Com o anúncio de que J. J. Abrams não dirigiria o terceiro filme de Star Trek, e que a sequência seria dirigida por Justin Lin, famoso pela franquia Velozes e Furiosos, os fãs foram à loucura. No entanto, com todo o respeito ao trabalho de Abrams, que deu um “sopro de vida” e trouxe a franquia de volta, e que atuou como produtor nesse terceiro filme, foi Justin Lin quem, finalmente, conseguiu trazer a essência da série clássica de volta, com cenas de ação muito boas, e um clima “retrô-futurista”.

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Amei esse uniforme do Jim Kirk.

O roteiro também é um grande ponto; apesar de não ser inovador, os diálogos são bem construídos, e toda a narrativa consegue se manter firme, vinculada. A dinâmica entre os atores também é bem trabalhada. Aliás, dessa vez o filme não ficou tão focado em Kirk-Spock, o que é ótimo. A tripulação foi dividida, e isso possibilitou trabalha-los de forma mais individual, permitiu que conseguissem um foco maior. Não é inovador, mas funcionou bem. Finalmente vimos se formar a ligação entre Leonard McCoy e Spock. Nas séries, apesar de sempre divergirem, é evidente a amizade entre os dois, algo que, nos dois primeiros filmes, não transpareceu.

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Namore alguém que te olhe como o Magro olha o Spock haha

A narrativa é bem-humorada, mas não um humor forçado, um humor que flui e se encaixa no contexto. As falas mais engraçadas ficaram divididas entre McCoy (Karl Urban) e Scotty (Simon Pegg – que também é o roteirista do filme). Um ponto que eu, particularmente, gostei muito no filme, foi a falta de foco ao casal Uhura-Spock. Nada contra, mas foi bem chato no segundo filme, em meio a uma missão perigosa, termos que assistir a briguinha do casal, por causa de “tendências suicidas” do Spock.

STAR TREK INTO DARKNESS (2013) Zachary Quinto and Zoe Saldana

No filme, a relação dos dois foi tratada de forma mais sutil, e menos chata.

Spock, aliás, está a cada filme mais perto de se tornar um humano, já que está cada vez mais emotivo. Não sei se é a dificuldade do ator Zachary Quinto em não mostrar emoções, ou se realmente os roteiristas gostam de ver o meio-Vulcano mais humanizado. Uhura, interpretada pela maravilhosa Zoe Saldana, está ótima no filme, com cenas em que se mostra confiante e muito corajosa. A presença feminina foi bem marcante também, com a adição da personagem Jaylah, que não é nada inovadora, mas também funciona bem, é bem forte, e muito inteligente. Pensei que tentariam “forçar uma barra” de um romance dela com o Scotty, mas não aconteceu (amém).

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Tivemos uma Almirante de base (sim, uma mulher *-*). O Chekov também foi muito valorizado no filme, fazendo par com o Capitão. Foi bem triste pensar que não teremos mais o ator Anton Yelchin interpretando o Alferes, devido à sua trágica morte em Junho de 2016.

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Chekov e Jim trabalharam em dupla em várias cenas

O filme não se preocupou em ficar deixando “easter eggs” escancarados, mas eles estavam lá, e nos deixou também lindas homenagens, especialmente em dois momentos que podem ou não ter feito lágrimas escorrer dos meus olhinhos. A morte de Leonard Nimoy foi tratada de forma tão bonita, com tanto carinho, e ao mesmo tempo de forma discreta, sem fazer disso o palco do filme, como eu pensei que fariam.

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Vida Longa e Próspera, Leonard Nimoy! 

O vilão Krall também é muito bom! Ou, melhor, é muito mau! Interpretado por Idris Elba, seu ódio e suas motivações são revelados apenas no final do filme, ocasionando uma certa surpresa. Eu gostei, e gostei mais ainda de não tentarem trazer de volta um vilão clássico pra fazerem uma “releitura”. Não funcionou com o Khan, e dificilmente funcionaria nesse filme. A ideia de um novo vilão abre oportunidades para que as sequências se desprendam das histórias do passado. Afinal, o Universo é infinito, e talvez sejam infinitos também os limites da consciência humana.

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Idris Elba viveu o vilão Krall

Logo no começo, já somos colocados de frente com os dilemas de James T. Kirk, e de sua tripulação, após três anos no espaço, em sua missão de exploração. Jim está, obviamente, exaurido e desmotivado. A rotina de perigo e aventura que o seduziu de início agora o confunde. É interessante observar como sua equipe reage a tudo isso. Quando surge a nova missão, Kirk a encara como “apenas mais uma de tantas”, mas essa terá bem mais do que explosões, perigos, e inimigos poderosos. A vida de todos será colocada em risco, ao se depararem com o perigoso Krall, que destrói totalmente a nave Enterprise NCC 1701.

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Nos próximos filmes, teremos a nova nave Enterprise *-*

Star Trek “Sem Limites” nos entrega uma missão de exploração da humanidade vivendo em condições de perda e falta de expectativas, que precisa contar com a coragem e com a vontade de sobreviver, aliados ao respeito e amizade, para se recuperar da derrota, e audaciosamente ir onde ninguém jamais esteve.

Hypolita Prince

"Nerd" por acaso, e ainda não satisfeita com a denominação. Escrevo sobre feminismo, e outros assuntos que me interessem. Não os desenvolvo tanto quanto gostaria, mas é por preguiça de organizar as ideias nos textos.

Este post tem um comentário

  1. Ygor Seixas

    Adorei! Se o 1º e 2º foram ótimos, imagine esse. #JáComprandoAPipoca 😀 (y)

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