Star Trek – A missão de 50 anos.

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Espaço, a fronteira final… em 08 de Setembro de 1966, a série Star Trek estreava na TV americana. A missão de cinco anos deu início a uma longa jornada, que completa, em setembro de 2016, o seu 50º aniversário.

Conheci a franquia ainda criança, com meu pai, mas não entendia nada. Quando comecei a assistir a série clássica, já era adolescente, e pude compreender melhor o que era abordado ali. E aí veio a fascinação!

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Pense numa série em que uma mulher negra ocupa uma posição de comando, junto com um russo, e um japonês (não achei fotos boas com o Mr. Sulu), e um mestiço de alien com humano. Mesmo em nossos tempos, em que estamos mais familiarizados com essas questões sociais sendo abordadas nas mídias, e temas como o combate ao racismo, xenofobia, machismo, tem sido cada vez mais faladas, ainda seria um “Boom”, imagine isso em 1966, há cinquenta anos. Isso fez com que eu, rapidamente, me interessasse ainda mais pela série. Fiquei fascinada com a relação entre o impetuoso James Kirk e o racional Spock, a forma como as mentes se completavam em cada missão, em cada mistério. Aliás, se tem algo bonito de se ver é a amizade entre o grupo, ainda que exista o clima de liderança, respeito a hierarquia, há muita sinceridade e boa vontade de trabalhar em equipe, há admiração e afeto, mesmo se tratando de um grupo tão diverso.

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Mr. Sulu (George Takei) boladão por não estar na foto anterior haha

Em muitos episódios, os conflitos que os tripulantes da Enterprise enfrentavam, eram ocasionados em planetas onde ainda existiam altos níveis de preconceito, onde as pessoas estavam mais interessadas em guerrear do que em dividir, em resumo, em planetas parecidos com a nossa realidade. Os tripulantes, ao se depararem com tantas situações absurdas, mas reais, agiam sempre com um ar de “e pensar que nosso planeta já foi assim, ainda bem que ficamos civilizados”. Era um tabefe e ao mesmo tempo uma inspiração para que um dia consigamos viver em paz, e nos focar em algo que realmente importa: explorar o universo, explorar os limites da convivência em harmonia, nos civilizar, buscar a paz e o desenvolvimento científico. Doce utopia!

Mas não só de críticas à sociedade vivia a série. Havia aventura, ação, descobertas; era preciso também muita criatividade para contornar os problemas com o baixo orçamento. Apesar de ter estabelecido um bom “fã-clube” a série durou apenas três temporadas.

Em 2009, foi lançado o filme Star Trek, que trazia de volta o Capitão Kirk e a tripulação clássica. Havia um grande clima de suspense e temor sobre o que aconteceria a franquia. A verdade é que lidar com os fãs de uma franquia consagrada é sempre algo difícil. O desafio do diretor J. J. Abrams era ressuscitar Star Trek, com uma nova roupagem, mais “modernizada”, e ao mesmo tempo agradar os bons velhinhos que amam a série “desde antes dos fãs modinhas começarem a gostar”. E o filme foi impecável.

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Capitão James Kirk, interpretado por Chris Pine

A alternativa que o diretor utilizou para respeitar o passado e criar um novo futuro. Eu vi o filme na estreia, e lembro que queria muito chorar quando vi o Leonard Nimoy (okay, talvez eu tenha chorado um pouquinho).

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Spock. Leonard Nimoy e Zachary Quinto

Spock e o Planeta Vulcano foram alvos de uma grande tragédia, causada pelo vilão do filme. E aí começou a onda de “Spock humanizado” com direito a papai-Spock dizendo “deixe a Lógica de lado, Spock”, só faltou cantar lerigou junto com ele. Mas até que não ficou ruim, já que ainda era o primeiro filme. Eu só não esperava a fórmula seria repetida nos próximos filmes haha

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O vilão Nero, interpretado pelo ator Eric Bana

O segundo filme, “Além da Escuridão”, embora não tão bom quanto o primeiro, conseguiu manter uma boa qualidade, e estabeleceu de vez o retorno da franquia. Talvez seja a maldição do segundo filme.

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Sherlock Ho… Ops, Benedict Cumberbatch interpretou o vilão Khan

E aí, veio o anúncio de que J. J. Abrams não retornaria como diretor do terceiro, e quem o substituiria seria o diretor Justin Lin (Velozes e Furiosos). Claro que os fãs foram à loucura, porque tendem a pensar que Star Trek é “cult”, “apenas para quem consegue perceber a filosofia de Gene Roddenberry”, e que, por isso, um diretor conhecido por uma franquia de carros velozes, e homens furiosos (nunca vi nenhum filme, por isso inventei o teor hahaha) não seria capaz de continuar o bom trabalho de Abrams. E eles estavam bem errados, pois é possível que o filme seja até melhor que os dois anteriores, já que mantem um bom ritmo, tem um bom enredo, conta com um ótimo vilão, e consegue nos deixar com aquele misto de nostalgia, mas sempre olhando em frente! Foi o melhor dos três filmes, pra mim. E, de novo, fiquei emocionada com as homenagens a Leonard Nimoy. O terceiro filme teve ainda o peso da trágica morte do ator Anton Yelchin, que interpretava o Chekov; isso fez com que cada cena dele trouxesse um misto de admiração por sua atuação, e ao mesmo tempo uma certa tristeza.

O filme estreou no Brasil em 01 de Setembro de 2016, bem depois do lançamento mundial. Leia a crítica do Iluminerds, sem spoilers do mal, aqui: http://www.iluminerds.com.br/critica-star-trek-sem-limites/

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Pôster do terceiro filme da nova franquia Star Trek “Sem Fronteiras”

Se os filmes conseguiram retornar a franquia à lembrança dos espectadores, a televisão se encarregará de fixá-la. A CBS, em parceria com a Netflix, produzirá uma nova série de Star Trek, com possível estreia em Janeiro de 2017. A série começa a ser produzida em Setembro de 2016, quando teremos mais informações disponíveis. As expectativas são bem altas, já que, mesmo os últimos filmes sendo muito bons, existem peculiaridades que sempre foram melhor desenvolvidas na TV. Particularmente, estou bem curiosa, já que a série tem essa característica de quebrar paradigmas, audaciosamente indo onde ninguém jamais esteve.

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P.S.: O texto ficou bem mais longo que o pretendido, e ainda sobraram muitos assuntos que eu gostaria de abordar. Portanto, curtam a page do Iluminerds no Facebook, onde postamos todos os links, ou visite sempre o nosso site, e fique atento aos próximos textos, pois ainda temos um universo de coisas para falar sobre Star Trek. Vida longa e próspera!

Hypolita Prince

"Nerd" por acaso, e ainda não satisfeita com a denominação. Escrevo sobre feminismo, e outros assuntos que me interessem. Não os desenvolvo tanto quanto gostaria, mas é por preguiça de organizar as ideias nos textos.

Este post tem um comentário

  1. lara

    Esses novos filmes são demais E eu adorei o Khan, interpretado pelo Cumberbatch. Ele está demais em Star Trek! Eu adoro o Cumberbatch e todos os filmes com ele. Ele é um excelente ator e, não sei você viu que vai estrear um novo filme dele, o Brexit. Ele está diferente demais. Quero muito ver este novo filme do Benedict Cumberbatch. Deve ser bem interessante sobre o Brexit. Sempre tem histórias que nos prendem e são bem conduzidas, além de serem surpreendentes. Gosto principalmente quando são baseados em fatos reais e que afetam diretamente nossas vidas. Eu adoro qualquer filme benedict cumberbatch , ele é simplesmente incrível. É sempre muito curioso ver este tipo de coisa. Eu estou ansiosa para ver o filme do Brexit. Parece ser um filme que supera todas expectativas, com certeza. Recomendo

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