“Esses cabeludos não entram na concentração do Brasil”

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 “Esses cabeludos não entram na concentração do Brasil”

Carlos Nascimento – chefe da concentração brasileira em Londres durante a Copa do Mundo de 1966.

É inegável que a Copa do Mundo desperte os mais extremos sentimentos, assim como atraia a atenção de todos os setores da sociedade. Inclusive aqui, com alguns de nossos colaboradores expressando sua opinião sobre os mais variados aspectos de um evento desse porte, sejam eles econômicos, sociais, etc…

Durante um evento como esse, porém, ocorrem vários fatos curiosos, às vezes definidos como “despercebidos” – que ficam à margem em relação ao “choro do goleiro”, ou ao “gol da mão de Deus”. Esses fatos comprovam o enorme impacto que a Copa do Mundo possui sobre a humanidade, assim como a enorme influência da sociedade contemporânea à Copa. Podemos ousar dizer que geralmente a Copa do Mundo pode ser vista como uma Polaroid do estado da sociedade do pais sede (e por que não mundial?) no período em que o evento acontece. São nesses fatos que este artigo se concentra, podendo afirmar que, sim, a Copa é pop.

A frase do começo deste texto, proferida por Carlos Nascimento – então responsável pela concentrarão brasileira em Londres, durante a Copa de 1966 na Inglaterra – foi a resposta do dirigente a uma ligação de Brian Epstein, que solicitava, em nome dos Beatles, conhecer Pelé.

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Imaginem a situação: você toca na maior banda do mundo, decide vir para sua cidade, você pede para conhecer os craques da, até então, maior seleção do mundo e, como resposta, ouve “NÃO”! Às vezes imagino a cena, se o encontro realmente tivesse acontecido – John Lennon e Garrincha, Paul McCartney e Pele, rsrs – mais pop do que isso, impossível.

Em 17/06/2002, a banda inglesa Oasis, por falar em músicas inglesas e Copa do Mundo, fez o lançamento do single de Stop Crying Your Heart Out, ou em tradução livre – Pare de chorar desesperadamente. A música surgiu no mundo pop quando, alguns dias depois de o time da rainha ter sido derrotado pelo Brasil por 2 x 1, a imprensa Britânica chamou a música como “trilha sonora” do fracasso da seleção. O detalhe é que, antes de sair da Inglaterra, essa seleção era considerada pela mesma imprensa a melhor desde 1966, contando com nomes como David Beckham. A música tocou na BBC logo que o jogo contra o Brasil terminou.

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E como ficou a Copa do Mundo durante a Segunda Grande Guerra? Literalmente, escondida embaixo da cama… a taça da copa do mundo, originalmente tinha o nome de Victoire Aux Ailes D’or, ou Vitória em asas de ouro. Durante o período entre 1939 e 1945, a estatueta ficou escondida em uma caixa de sapato, embaixo da cama do então vice presidente da FIFA, o italiano Ottorino Barassi. Após 1945, a taça mudou de nome para Jules Rimmet. Depois de 1970, a mesma foi furtada no Brasil.

Apesar de não haver nenhuma Copa com relação tão estreita com o Nazismo, como aconteceu na Olimpíada de 1936, em Berlim, quando, por exemplo, a Tocha Olímpica foi reintroduzida na cerimônia de abertura dos jogos a pedido dos nazistas. O fato era que o ato de “ascender a tocha” fora deixado de lado por muitos anos. Até hoje, graças aos nazistas, podemos ver todo o tipo de gente ascendendo a tocha de quatro em quatro anos.

Por se tratarem de eventos estremecedores, impossível dois fatos como uma guerra na Europa se avizinhando e a Copa do Mundo não se “tocarem” em alguns pontos. Em 1938, a Áustria, terra natal de Hittler, não mandou seleção para a Copa e o motivo foi simples: a invasão e a anexação alemã. Os melhores jogadores dessa seleção jogaram, então, pelo escrete de Adolf. Aliás, foi nesse mundial que o Brasil usou a camisa azul pela primeira vez. Apenas como curiosidade, a olimpíada seria na China, em 1940, e Londres, em 1944. A Copa do Mundo seria em 1940, no Brasil. Isso, por si só, realmente iria mudar a história do jeito que a conhecemos hoje. Só para se ter uma ideia – o Maracanã foi construído em 1949. Se a Copa de 1940 fosse realizada no Brasil, a final seria no Pacaembu, então o maior estádio do pais.

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Outro caso que ilustra bem a relação entre futebol e ações violentas é a história do zagueiro Andres Escobar, autor de um gol contra sofrido pela Colômbia na partida contra os EUA na Copa de 1994. Andres foi assassinado, na porta de um clube em 02/07/1994, por Humberto Munoz Costa em Medelin.

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Agora, nesse exato momento, uma Copa do Mundo está em vias de encerramento em nosso pais. Para alguns, o evento ocorre na própria cidade em que moram. Vamos ver, então, em algum tempo, quantas e quais histórias “despercebidas” ocorreram no Brasil como pano de fundo. Claro que, infelizmente, não teremos acesso a todas, mas…

 Ale Pardini.

Colaborador

Colaborador não é uma pessoa, mas uma ideia. Expandindo essa ideia, expandimos o domínio nerd por todo o cosmos. O Colaborador é a figura máxima dos Iluminerds - é o novo membro (ui) que poderá se juntar nalgum dia... Ou quando os aliens pararem com essa zoeira de decorar plantações ou quando o Obama soltar o vírus zumbi no mundo...

Este post tem 2 comentários

  1. JJota

    A Copa do Mundo seria em 1940, no Brasil. Isso, por si só, realmente iria mudar a história do jeito que a conhecemos hoje. Só para se ter uma ideia – o Maracanã foi construído em 1949. Se a Copa de 1940 fosse realizada no Brasil, a final seria no Pacaembu, então o maior estádio do pais.

    Pacaembuzazzo! não soa tão legal quanto Maracanazzo.

    E ainda não entendi porque perder de sete pra Alemanha é Mineirazzo… Se ainda fosse uma derrota pra Argentina.

    1. Ale Pardini

      .kkkkkkkk, concordo em número gênero e grau!!!!!!!!mas, man, sete, eh complicado, kkkkkkk, moromnomlitoral paulista, mas sou CORINTHIANO, e pela primeira vez, me senti como um santista kkkkkkkk

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