Festival do Rio 2013 – Salsichão, Irã, Transmetropolitan, filmes corrompidos e sessão grátis

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O Festival Internacional de Cinema do Rio de Janeiro completou 15 anos em 2013.

Nossa jornada por esta verdadeira “maratona cinematográfica começou no dia 01/10, definitivamente podemos dizer que a terça-feira foi gorda. Três sessões seguidas, na mesma sala de cinema. Nada poderia dar errado. Nada? É aí que a diversão começa.

A primeira sessão, cuidadosamente escolhida e programada para às 16:45, foi de um filme iraniano chamado Manuscritos Não Queimam. Imaginei que a sala de exibição estaria às moscas devido ao horário vespertino e à pouca tradição cinematográfica, mas começou quase sem lugares disponíveis.

A trama prometia, mas a jornada dupla pegou-me pelo pé, e embalei num confortável sono alfa em diversos momentos. Posso precisar, no entanto, que o último quarto de hora foi tenso: um homem chegou a ser morto por um pregador no nariz. Se alguém se interessar pela mórbida proeza, tentarei explicar melhor.

A sessão seguinte atrasou um bocado. Uns bons vinte e cinco minutos. E, caso seja um habitué do Festival, muito bem sabe que isso é capaz de estragar a rígida programação de qualquer um. Vai que você tem apenas vinte minutos para chegar em outro bairro para a sessão seguinte? Ferrou-se, terá de escolher uma ou outra.

Sorte conta muito nesses eventos sazonais. Como todos os meus filmes de hoje seriam no Estação Botafogo, por mais que um se atrasasse, jamais atrapalharia o próximo. Pura Física: dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço.

A propósito, o atraso se deu pelo fato de um dos dois episódios que formavam a sessão de Corredores da Morte não rodava. A opção dada pelo staff do cinema foi a de pedirmos os dólares de volta se eles não conseguissem resolver tudo até o fim da sessão (começaram pelo episódio que funcionava). Conseguiram. Ainda bem. Não dormi nessa. Impressões do filme em outro post.

Entretanto, o atraso da sessão originalmente das 19:10h, que acabou terminando a dez minutos da próxima, prejudicou meu coffee-break. Na verdade, meu fast-food break. Nada de Burger King e sua fila indiana. A salvação veio de uma churrasqueirazinha de rua, de onde saiu um salsichão caprichado na farofa.

E parecia que tudo terminaria numa louca viagem com ecos de Transmetropolitan, na sessão de The Zero Theorem (à qual será dedicado um posterior post). Porém, a praça de guerra em que a Cinelândia parece ter se transformado (ou ameaçado se transformar) fez o Festival do Rio cancelar duas sessões programadas para o ODEON BR, sendo que uma delas, a de The Canyons, com a presença do diretor, Paul Schrader, foi transferida para a sala onde eu estava, só que à meia-noite.

E, como num conto de fadas, eles ainda anunciaram que a sessão remarcada seria aberta a todos que quisessem assisti-la (ao invés de ser exclusiva àqueles com ingresso já comprado). Confesso que seria fantástico não só assistir a esse filme, cuja sinopse já tinha me interessado pouco antes, como também ouvir algumas palavras de seu diretor, simplesmente o cara que escreveu Taxi Driver e outras gemas de Hollywood.

Contudo, era assistir o filme ou voltar pra casa e escrever essas palavras pra vocês antes de cair na cama, compartilhando um pouco da experiência e convidá-los a se aventurarem nesse maravilhoso Festival, que segue até hoje, dia 10\10, em amplo circuito e aqui também, no seu site favorito e fofo.

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Rodrigo Sava

Arqueólogo do Impossível em alguma Terra paralela

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