Free Pussy…para todos

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Os leitores deste blog que, por acaso, tenham conta na rede social Facebook provavelmente já se depararam com essa imagem. Na montagem, caso você não saiba inglês, há o atual presidente russo (e ex-primeiro ministro, e ex-presidente antes disso e ex-primeiro ministro de novo antes ainda) Vladimir Putin conversando com Silvio Berlusconi (ex-primeiro ministro TRÊS vezes, dono do Milan, famoso comedor de vagabas, sogro do Alexandre Pato e cosplayer italiano do Silvio Santos) sobre uma suposta visita surpresa a Moscou, a qual Berlusconi responde: “tem uma porção de cartazes escrito ‘xoxota grátis’ por toda a cidade. Você acha que eu perderia essa?!”.

Mesmo quem conseguiu ler a imagem, pode não ter sacado que ela, na verdade, é um protesto e por isso fiz este post. Em fevereiro, o grupo punk feminista Pussy Riot, a rebelião das xoxotas, no bom português (aliás, nome de um de meus filmes favoritos), fez uma apresentação-protesto na Catedral Ortodoxa de Moscou. Mesmo não tendo quebrado nada ou machucado ninguém, como pode ser visto no vídeo abaixo, três das integrantes foram presas, em março, acusadas de vandalismo.

 

A Pussy Riot completa e caracterizada como em suas perfomances.

A música delas é até bem interessante, mesmo não sendo um grande fã de punk (curto mais um trash metal, não que alguém tenha perguntado). No entanto, o principal disso tudo é que as três integrantes ficaram presas durante todo o decorrer do julgamento sem direito a liberdade condicional (é esse o nome?), o que é absurdo para um “crime” sem feridos ou qualquer dano a propriedade material. Neste mês (agosto), elas acabaram condenadas a dois anos de prisão por “vandalismo motivado por ódio religioso” (a música chamada “Virgem Maria, mande o Putin embora” de fato faz menção à Igreja Católica Ortodoxa Russa e usa de calão).

As três Pussys presas sem as mascaras. Seus nomes são impronunciáveis por isso não os coloquei aqui.

Desde o início, o controverso caso gerou bastante comoção em todo o Ocidente e as roqueiras ganharam simpatizantes como Madona, grupo Femen (aquelas peladonas da Ucrânia) e milhares de populares que fizeram marchas e manifestações por todo mundo…judaico-cristão-ocidental. A própria Anistia Internacional considerou o grupo como prisioneiras de consciência e exigem a liberação das integrantes. Até a Igreja Ortodoxa Russa, a quem o judiciário russo estaria agindo em favor, já se pronunciou publicamente pedindo clemência para os supostos crimes.

De minha parte também me junto ao coro e peço: Vladimir, libere a Pussy (Riot) pra alegria de geral!

Iluminerds também é cultura e engajamento político. É nóis!

Zé Messias

Jornalista não praticante, projeto de professor universitário, fraude e nerd em tempo integral cash advance online.

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