Homeland: Episódio 2×05: 24 Horas de D.R. com Jack Bauer

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Não foi desta vez que o fuzileiro jihadista foi para Guantânamo.

Numa sala úmida, concretada e esverdeada, o congressista Brody tentou, ao máximo, manter-se fiel à escolha que fez, movido pelo sentimento para o qual despertou em seu pós-cativeiro no Iraque: vingança.

Nosso recém-chegado Quinn, líder da operação de vigilância do soldado revertido ao islamismo (operação essa que encontrou seu fim precocemente no episódio anterior, após Carrie deduzir, numa conversa dissimulada com Brody, que ele descobrira, no ato, suas secretas intenções para com ele), adentrou a sala, disposto a arrancar do soldado alguma verdade.

Embora competente, a tentativa de interrogar o prisioneiro confrontando-o com suas mentiras foi de encontro a irresignada resistência de Brody, preparado para negar, negar e negar até a morte.

A ponto de Quinn tramar um momento digno de Jack Bauer para trocar de lugar com nossa heroína de olhos expressivos.

E, uma vez na sala, Carrie aproveita a oportunidade para envolver a Brody e a todos nós em sua imensa complexidade, transformando o interrogatório numa emotiva sessão de D.R. (para os íntimos, discussão de relacionamento), porém, de garantida eficiência.

Carrie usa de lógica e de psicologia para desconstruir o sentimento de retribuição adquirido por Brody, ao revelar-lhe, na base do raciocínio, o modo como o líder terroriste Abu Nazir obteve seu apreço, ao quebrá-lo em pedaços.

E conquista a confiança dele, ao cometer o sincericídio de revelar seu amor. Ao final, ele fala. Na verdade, começa a cantar todas as pedras ao seu alcance.

É oficial: agente voluntário da CIA é seu novo status. É mais que suficiente para um militar-congressista-quase-homem-bomba que horas atrás deixava o hotel em que estava hospedado com um saco preto na cabeça, sob custódia.

Rodrigo Sava

Arqueólogo do Impossível em alguma Terra paralela

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