Homeland: Episódio 2×06 – Segredos e Mentiras

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No qual as mentiras têm as pernas encolhidas e o círculo se fecha em espiral, anunciando a futura asfixia, qual a serpente.

 

O copo está meio cheio ou meio vazio em Homeland: metade da temporada já se evaporou, e, no novo episódio, Brody é convocado pela CIA, após o acordo em que obteve sua liberdade, em troca de colaboração irrestrita na guerra ao terror.

 Aliás, não soa estranha a troca de casaca do soldado resgatado? Decerto que temos olhos e ouvidos em toda parte e sabemos que ele realmente anda dizendo a verdade à Carrie, mas não é demais guardar o conselho de Quinn, quanto a manter certa reserva quanto ao congressista.

Carrie é mais dada a palpites e pressentimentos, mas temo que desse mato ainda saiam vários coelhos. Embora ele não pareça mais manter uma cartola à mão, não podemos negar que Brody é um fuzileiro, um mariner, e deveras habilidoso, o que significa que ele ainda pode causar, se desejar. Aguardemos.

A propósito, em que pese irascível, Quinn acertou na mosca quando bateu para nossa loirinha sempre-alerta que Brody “é um mentiroso patológico”.

Nada mais correto. O ex-terrorista (?) até que tentou seguir a onda iniciada no episódio anterior e passa a dizer somente a verdade à CIA, à Carrie e à Jess, sua esposa, mas sua vida é miseravelmente complexa, como estamos cansados de saber.

Tão complexo quanto parece ser nosso novo coleguinha, Peter Quinn. Sua argúcia é evidente, seus insights são afiados, como os de Carrie, e sua mudança de humor guarda relação com a moça. Será o mesmo bipolar? Provável candidato a um programa de controle de raiva?

Em outra seara, o (talvez não mais) melhor amigo de Brody, Mike, ao lado do sequelado fuzileiro Lauder, busca a verdade sobre a morte do mariner Tom Walker entre fiapos de evidências circunstanciais, e é gentilmente convidado pela CIA a interromper sua investigação não-autorizada, por questões de segurança nacional.

Teimosia é algo que se encontra fácil nesse seriado, e basta a passagem de algumas cenas para descobrirmos que o fuzileiro mantém-se na pista. E conclui, na casa do amigo, que ele fora o assassino de Tom Walker, ao notar a ausência de um cartucho de 9mm.

Fica aí, no entanto, uma questão mal resolvida. Propositalmente ou não. Pois a bala entre os olhos de Walker não foi a única gasta por Brody. O próprio Mike estava presente na festa na casa do amigo, no qual o agora congressista, no auge do jet lag, alvejou um alce, duas vezes (como vimos no ep 1×04).

Finalmente, a genética mostra-se proeminente, Dana, a filha de Nick Brody, sofre as dores de um segredo que forças maiores que ela obrigam-na a ocultar. Como o pai. Porém, seus hormônios em ebulição e sua óbvia falta de treinamento para situações extremas possivelmente comprometerão o modo como lidará com poderes, política, paixões e morte.

Rodrigo Sava

Arqueólogo do Impossível em alguma Terra paralela

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