Iluminamos: 47 Ronin

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Fala galera que curte Samurai só para entrar numa luta de espadas! Após um tempo desaparecido venho até vocês com a resenha mais esperada deste ano! Derrotando o ostracismo de mais de cinco anos após seu último blockbuster, Keanu Reeves (Que Anus Horrivis!) regressa às telonas brasileiras – lá fora, esse filme fora direto para as locadoras – com o aclamado 47 Ronin!  Ou, para os leigos, aquele filme de samurai com o cara do Matrix…

Pareço o modelo de um catálogo de atores pornô aposentados da década de 80!
Não se engane: eu realmente pareço modelo de catálogo de atores pornô da década de 80.

 Para aqueles que não conhecem a obra, eis a sinopse chupinhada do Adoro Cinema:

Kai (Keanu Reeves) é um mestiço que vive em Ako desde quando era garoto, sempre sob a proteção do lorde Asano (Min Tanaka). Entretanto, por mais que habite o local há muitos anos, ele nunca foi aceito por Oishi (Hiroyuki Sanada), o chefe dos samurais. Um dia, o shogun Tsunayoshi (Cary-Hiroyuki Tagawa) visita Ako e leva consigo o lorde Kira (Tadanobu Asano), que possui um pacto secreto com uma feiticeira (Rinko Kinkuchi). Juntos, eles tramam contra Asano e fazem com que Oishi caia em desgraça. Um ano depois, Mika (Ko Shibasaki), a filha de Asano, está de casamento marcado com Kira. É o suficiente para que Oishi procure a ajuda de Kai, que sempre nutriu um forte sentimento por ela.

Como visto na sinopse, Kai – atormentando eternamente a alma de Kayano Sanpei Rayan – antes um mestiço encontrado a beira da morte por Lorde de Asano, após anos de vassalagem segue excluído por todos os outros samurais da província de Ako, em virtude de sua diferenciação étnica. Contudo, em meio à tragédia e à possível tomada da cidade por um rival em comum, as diferenças são postas de lado e alienígenas hiper velozes (geralmente chamados de youkais) enfrentam um japonês gasoso de 3 metros e um monstruoso dragão transformista! E todo esse fuzuê ocorre para lavar a honra de um daimyo – senhor feudal – com tendências suicidas, além de salvar a bela donzela, a princesa da província, Mika – a qual nunca existiu na história original.

Pelo menos o dragão é maneiro...
Pelo menos o dragão é maneiro…

 Falemos um pouco da história original para trazer alguma seriedade a este post. Tal obra é baseada na lenda mais famosa do código de honra Samurai: o Bushidō. Aproximadamente entre 1701 e 1703 um grupo de samurais forçados a se tornarem rōnin – samurais sem um senhor – elaboraram um plano para se vingar de Kira Yoshinaka, o grande responsável pelo  seppuku (ritual suicida)  de Asano Naganori, então daimyo de Akō.

Beleza! Até então me parecia uma ótima história, com uma fotografia maravilhosa – vista nos trailers – e um enredo repleto de intrigas sobre um código de honra milenar, contudo o que isso tem a ver com o ator principal?

Numa mescla de Jesus com Kenshin Himura, eis o nosso
Um mutante híbrido de Jesus com Kenshin Himura: eis o nosso herói em ação!

De onde tiveram a ótima ideia de colocar um mestiço para ser a grande estrela de uma história real do folclore japonês? Sabemos que os roteiristas são os mesmos responsáveis por pérolas como Velozes & Furiosos e Branca de Neve e o Caçador… Mesmo assim, quem deixou tal possibilidade de cagada nas mãos de um Produtor que tem no currículo Battleship? Ou, pior ainda, quem teve a ousadia de convocar Carl Erik Rinsch – um estreante na direção de longas-metragens – para organizar essa bagaça toda?

Olha o elenco reunido! Uma pena que não puderam participar de um filme...
Olha o elenco reunido! Uma pena que não puderam participar de um filme...

Bom, pelo menos posso elogiar os efeitos especiais, algumas interpretações e a ótima fotografia… Todavia, por que eles escolheram fazer uma versão mais dramática com elementos míticos, onde a emoções e o desenrolar dos personagens se tornam fundamentais? Por que escolheram tal abordagem para ser protagonizada pelo boneco de cera Keanu Reeves, que se escondendo por trás da desculpa de agir friamente, como os outros samurais, está mais apagado do que o Ariel Sharon?

Certamente a parte mais legal do filme!
Certamente a parte mais legal do filme!

Sinceramente, só fui ver esse filme pois não consegui ver O Lobo de Wall Street. No entanto, no fim das contas, até que pode valer uma nota 5.

 Para quem quiser ver algo referente a esta bagaça, assista o trailer logo abaixo.

 

 

Don Vitto

Escritor, acadêmico e mafioso nas horas vagas... Nascido no Rio de Janeiro, desde novo tivera contato com a realidade das grandes metrópoles brasileiras, e pelo mesmo motivo, embrenhado no submundo carioca dedica boa parte de seu tempo a explanar tudo que acontece por debaixo dos panos.

Este post tem um comentário

  1. Renver

    Você até que falou bem do filme… Dr Manhatan meteu o bedelho…

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