Iluminamos: Girls

Você está visualizando atualmente Iluminamos: Girls

“E se Sex and the City fosse um pouco mais realista?” – essa é a pergunta que toda mulher já se fez desde 1998, mas Lena Dunham cansou de ficar perguntando e criou Girls.

Lena Dunham é uma atriz/escritora/diretora de 27 anos que já fez inúmeros papéis em filmes que ninguém nunca ouviu falar, já escreveu e dirigiu mais alguns filmes que nem trailer se acha por ai, mas a HBO deve ter visto algo nela para apostar em sua série, a qual também protagoniza.

Girls conta a história de Hannah (Lena), uma aspirante a escritora que se formou há pouco mais de dois anos e ainda não conseguiu um emprego. A série começa quando os pais de Hannah resolvem parar de sustentá-la e ela precisa se virar para pagar aluguel, comida etc.

Das coisas que mais me agradaram na série, a que vale mais a pena chamar atenção são as atrizes e os atores escolhidos. Não existe ninguém fora do comum, nenhuma super modelo, nenhum glamour. São sempre pessoas tão reais que chega a ser incômodo para os mais desavisados.

A trilha sonora do seriado também não deixa a desejar, tem muita banda boa e alternativa, desde as mais conhecidas como MGMT, Feist e La Roux, até as que ninguém nunca ouviu falar como The Knife e Lia Ices.

https://youtu.be/

 

A única coisa que me irrita enormemente é a supercaracterização olha eu inventando palavras, Lester ficaria orgulhoso das personagens. Às vezes, a realidade se perde ali e torna algumas cenas completamente desnecessárias; no primeiro episódio da primeira temporada, por exemplo, a cena em que Hannah e o namorado estão fazendo sexo e conversando sobre quão ridículo são os formulários em sites de procura de emprego é tão desastrosa que passa de engraçada para nojenta em poucos segundos.

Se você está procurando algo com algum tipo de consistência para assistir, Girls não é pra você. No entanto, se você busca piadinhas prontas, sexo sem graça e coisas que te fazem pensar, “ok, minha vida é uma bosta, mas poderia ser pior”, então provavelmente é uma ótima ideia baixar este seriado.

 

Gaby Molko

Paulista, musicista, jornalista, detalhista, sessentista, comentarista, imediatista e polemista.

Este post tem 3 comentários

  1. $9217641

    Assisti alguns episódios aleatoriamente de Sex and the City e daí entendi o sucesso da série. A culpa dos relacionamentos não darem certo era sempre do homem. Como se não existissem mulheres imaturas e/ou problemáticas tanto quanto homens.

  2. Nunca assisti Sex and the City por pura falta de interesse, e o paralelo que traçam entre ela e Girls é a razão de eu nunca ter dado bola para a série. E levando em conta o que a Gaby escreveu, não vejo como o programa possa me agradar, independente de ser boa ou não. Mas estou bem interessando em Looking, que em alguns blogs já foi tavado de a “versão gay de Girls”.

Deixe um comentário