Se vocês chegassem para mim em Janeiro e perguntassem quais filmes eu estava esperando para ver em 2012, com certeza o Hobbit não estaria na lista, por uma simples razão: nunca havia assistido ao Senhor dos Anéis por ser um gênero que não me chama a atenção.

Pois bem, em um fim de semana sem nada para fazer resolvi, finalmente, dar uma chance à trilogia de três filmes do Senhor dos Anéis e… entrei para a turma dos fãs (inclusive já revi a versão estendida). Com a proximidade do filme, li o livro do Hobbit e acabei descobrindo que esse novo filme não é a primeira adaptação da história para a tela. Em 1977 foi lançada uma versão animada da história que é até competente. Mas vamos por parte.

A primeira coisa que chama a atenção no filme é sua fidelidade ao livro. O roteiro segue a história praticamente ao pé da letra. Ou seja: conta a história de Bilbo Bolseiro, um Hobbit, que levava uma vidinha pacata até receber a visita do Mago Gandalf e sete treze anões. Ele, então, é levado para uma aventura: recuperar o tesouro dos anões que foi roubado a muito tempo atrás pelo Dragão Smaug.

O único porém é que por ter apenas uma hora e vinte, as coisas são “meio” corridas e algumas partes, como toda a participação do Beorn, foram limadas da história, mas nada que atrapalhe. Ao contrário: dá até uma certa sensação de urgência. Todavia, o clima leve do livro (que, diferente de O Senhor dos Anéis, é um livro infantil, nunca é demais lembrar).

A animação ficou a cargo do estúdio Japonês Topcraft, responsável pelo Nausicaä,  e é, para os padrões da época, até que bem feita. Claro que fica a estranheza para o visual de alguns personagens que já temos a imagem deles pelos filmes, sendo o principal deles, o Gollum. bastante diferente de sua versão imortalizada na trilogia Senhor dos Anéis. Mas o ponto que mais me incomodou, de longe foram as músicas. Ou devo dizer, a música que toca praticamente a cada cinco minutos de desenho e vai “narrando” as aventuras dos personagens. Teve uma hora que eu já não aguentava mais.

O Hobbit animado vale pela curiosidade e se você quer ir ao cinema ver o filme, mas não tem tempo para ler o livro, é uma boa maneira de conhecer a história (ou vá ao cinema e seja surpreendido), mas lembre-se que o desenho é de 77 e é feito da maneira antiga (à mão) então não espere as tecnologias de última geração que está acostumado a ver nos desenhos atuais. Recomendo que veja!!