Iluminamos: Robocop

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Fala galera saudosista, hoje, especialmente para vocês, trago a resenha do nosso semi-brazuca Robocop!

Como muitos sabem, esta nova franquia é encabeçada pelo brasileiro José Padilha, que também dirigiu os belíssimos filmes “Tropa de Elite” e “Tropa de Elite 2: o inimigo agora é outro”, mas caso fossem adaptados politicamente pelos analistas do Facebook poderiam ser vistos da seguinte forma: Reaça e Comunista 2 – Inimigo agora é outro.

Para trazê-los ao tema em definitivo, eis aqui a resenha chupinhada do Adoro Cinema:

Em um futuro não muito distante, no ano de 2028, drones não tripulados e robôs são usados para garantir a segurança mundo afora, mas o combate ao crime nos Estados Unidos não pode ser realizado por eles e a empresa OmniCorp, criadora das máquinas, quer reverter esse cenário. E uma das razões para a proibição seria uma lei apoiada pela maioria dos americanos. Querendo conquistar a população, o dono da companhia, Raymond Sellars (Michael Keaton), decide criar um robô que tenha consciência humana e a oportunidade aparece quando o policial Alex Murphy (Joel Kinnaman) sofre um atentado, deixando-o entre a vida e a morte.

O que eu disse anteriormente tem a ver com a resenha? Alguns menos atentos ou, quem sabe, fãs ávidos do original poderiam dizer que de nada importa, contudo, este novo Robocop não pode ser considerado apenas um filme de ficção científica ou de ação, pois mesmo se passando em 2028 trata de questões políticas atuais com questionamentos, no mínimo, interessantes.

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Como podemos ver pela sinopse, a OMNI Corporation monopoliza a tecnologia de segurança em países “pacificados” pela águia careca da liberdade, e seus drones – robôs não tripulados – estão espalhados mundo afora. No entanto, contraditoriamente proibidos nos Estados Unidos, com 72% da população acreditando que os mesmos sejam uma ameaça, visto que uma máquina poderia não ter a compreensão e julgamento crítico dos fatos que supostamente um agente humano teria, restringindo-se tão somente a lei e ignorando suas variáveis e/ou exceções. Fato este que nos traz um tema atualíssimo em discussões internacionais sobre direitos humanos no tocante a discrepância de equipamentos bélicos amplamente utilizados em intervenções no exterior.

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Deste modo, contundente ao tratar das feridas na sociedade estadunidense, e ainda com um belo toque de ousadia, o diretor nos trás um filme ácido. Além disso, ao meu ver, a película só teve a ganhar com as interpretações de um Samuel L. Jackson tão faccioso e exacerbado quanto qualquer apresentador dos programas ditos jornalístico das 18h, e de Gary Oldman, que mais uma vez rouba a cena do herói principal trazendo brilhantismo ao filme.

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Então, caros amigos, caso queiram ver ação pura e simplesmente, esperem o novo Velozes e Furiosos, Mercenários ou qualquer outro desses filmes sem roteiro. Aqui vocês irão lidar com ótimas críticas contra a aura megalomaníaca americana de guardiões do mundo e todas as traquinagens entre governos e megacorporações, incluindo a distorção da informação em prol de interesses privados através de emissoras tendenciosas e sensacionalistas.

Samuel Jackson

Don Vitto

Escritor, acadêmico e mafioso nas horas vagas... Nascido no Rio de Janeiro, desde novo tivera contato com a realidade das grandes metrópoles brasileiras, e pelo mesmo motivo, embrenhado no submundo carioca dedica boa parte de seu tempo a explanar tudo que acontece por debaixo dos panos.

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