Iluminamos: Rush – No Limite da Emoção

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Rush

Todos nós compartilhamos paixões aqui. Alguns por quadrinhos, filmes, música. Outros, simplesmente por escrever, comunicar, trocar.

É preciso muito pouco para se apaixonar. Para um menino, assistir Ayrton Senna cruzar a linha de chegada, numa espécie de foguete sobre rodas, é mais do que suficiente para começar a se encantar pelo universo das corridas de carros.

Talvez, e apenas talvez, tenha sido assim com James Hunt e Nikki Lauda. Rejeitados por suas famílias tradicionais por assumirem seus sentimentos pela velocidade, eles se conhecem na Fórmula 3, categoria em que a rivalidade entre eles nasceu. Numa corrida.

Não, eles não se conheceram quando se perceberam, desconfiados, antes da largada, tampouco quando dirigiram-se um ao outro após a chegada. Parelhos na última volta, revelaram-se um para o outro enquanto o mundo passava por eles como manchas de tinta.

Hunt acelerou até o fim, não se importando com o que lhe aconteceria se um muro, uma curva ou algo pior surgisse em sua frente. Lauda desacelerou no final, sabia como ninguém calcular os riscos, prever a eventualidade de um acidente no acirramento da disputa.

Naquele dia, eles iniciaram um duelo, daqueles que somente a morte poderia encerrar. Ela quase chegou para Nikki, quando já pilotava uma Ferrari, na Fórmula 1. No hospital, sua dolorosa recuperação recebia a involuntária ajuda de James, que voava baixo no cockpit de uma Mclaren, parecendo roubar seus pontos e sua incontestável liderança no campeonato.

Casamentos, escândalos, obsessões. A vida passou, rápida como o diabo. Eles se tornaram campeões. Um após o outro. Hunt era sorridente, expansivo, possuía sex-appeal. E era indomável. Lauda era sério, introspectivo, disciplinado. E era incansável.

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Yin e Yang. Pense no antagonismo de Lex Luthor e Superman. Um, cerebral, ciente de seu incrível potencial e paciente o suficiente para realizar suas intenções. Outro, passional, cuja força e impulsividade é, em igual medida, vantagem e desvantagem.

Para um deles, a paixão passou. Para o outro, consolidou, virou amor. E tais sentimentos tornaram-se uma extraordinária aventura nas mãos do diretor Ron Howard. Roteiro azeitado, fotografia primorosa, cenário e figurinos que reproduzem com fidelidade e rara beleza a década de 70. E um esmerado trabalho de som que faz jus aos carros originais da Ferrari e McLaren usados no filme.

Ouça o rugido das feras, e tente se segurar na poltrona, pois é certo que seu coração seguirá alucinado pelos circuitos mais famosos do mundo, acelerando com James Hunt e Nikki Lauda e todos os demais em seus retrovisores.

Rodrigo Sava

Arqueólogo do Impossível em alguma Terra paralela

Este post tem 3 comentários

  1. toddy

    Pronto, agora li tudo! E tem tanta gente falando bem desse filme que acho que darei uma conferida!!!

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