Iluminamos: Superman – O Adeus

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Quando antigos inimigos do Homem de Aço voltam à ativa, fazendo constantes ataques e revelando a identidade secreta do herói, eles o obrigam a proteger seus amigos mais queridos, que viram alvos em potencial. Aqui, Alan Moore nos mostra como fazer uma bela história com o Escoteiro usando todos os elementos de sua mitologia.

Trata-se da história conhecida em terras brasileiras como ”O que aconteceu ao Super-Homem?” e, posteriormente, traduzida como ”O Adeus” e  ”O que aconteceu ao Homem de Aço?”. A história, escrita por Alan Moore e desenhada por Curt Swan (considerado por muitos o desenhista definitivo do Azulão), foi publicada originalmente em duas partes, as quais foram lançadas em setembro de 1986, em Superman #423 e Action Comics #583, e propõe o que seria “a última história” do personagem, encerrando a narrativa estabelecida entre 1938 e 1986.

A trama se passa 10 anos após o desaparecimento do herói. A narrativa é conduzida por Lois Lane (chamada agora de Lois Elliot) que concede uma entrevista a um repórter do Planeta Diário sobre os últimos dias do Homem de Aço.

Mas, antes de falarmos mais da história, lembremos do contexto histórico em que a HQ foi feita. Era época de Crise Nas Infinitas Terras, a grande saga que reinventaria o Universo DC. Quando a editora resolveu iniciar a saga, em meados da década de 80, decidiu que tudo o que acontecera antes seria desconsiderado, para abrir espaço a um universo mais coerente e menos complicado (algo que, para a época, era uma intenção bem-sucedida).

O Escoteiro seria reformulado por John Byrne (ouça sobre o Superman dele AQUI), mas, antes disso, a DC faria uma última história com o herói, que mostraria o final de sua trajetória, sua despedida depois de salvar o mundo várias vezes, desde sua primeira aparição, em 1938. Ou seja, ela veio após a Crise nas infinitas Terras e foi a última antes da reformulação que a DC realizou no herói.

Alan Moore magistralmente amarra todas as pontas da história e nos mostra uma singela face do Superman, além de conseguir o feito de reaproveitar praticamente todos os seus vilões e personagens secundários. Vale lembrar que essa história se passa na fase Pré-Crise, por isso, algumas versões são diferentes das atuais. Alguns deles são: Metallo, Mxyzptlk e Mestre dos Brinquedos.

Alan Moore nos suscita algo que pode ser questionado até hoje: “seria o Superman um herói ultrapassado para os dias de hoje, se suas motivações, atitudes e seu jeito “muito bonzinho” não se aplicam a realidade atual?”

Para escrever uma boa história do Superman, creio que seja necessário, além de boa fluência narrativa e domínio estrutural de uma trama, um bom entendimento sobre a personalidade do herói e o seu comportamento perante a sociedade.

Se observarmos o que anda acontecendo no planeta hoje, todo o caos do cenário internacional prova que o Homem de Aço continua tão moderno quanto em sua criação, pois expõe elementos básicos almejados pelas pessoas. Superman nos mostra aqui que o seu jeito de bom moço e escoteiro ainda tem lugar nos dias atuais.

O Superman mostra que tudo que o mundo menos precisa é de um poder imensurável controlando seu destino. Pensando na direção oposta, ele revela ter nas mãos o poder de ajudar e não fazer nada que mostre covardia, ou pura tirania.

A existência de um personagem fictício como o Superman é o exemplo de dedicação máxima ao que é justo e correto. E não tem como negar que ele deve continuar a existir. O Superman nos faz acreditar, nos inspira a ser pessoas melhores.

Quando questionada sobre o sumiço do Superman, Lois afirma ”Ele morreu no Ártico. Eu estava lá’‘.

Bem, retornando a história, o Homem de Aço é confrontado por diversos vilões e todos os seus elementos clássicos são mostrados: a kryptonita, a Legião dos Super-Heróis, Supermoça, Krypto, Fortaleza da Solidão, Zona Fantasma etc.

Durante a trama, Lois tem várias lembranças, como a missão do Superman no espaço, Clark Kent exposto como Superman, e os desdobramentos desta revelação. A descoberta desenrola uma trama muito maior, que mostra um verdadeiro ”quem é quem” dos amigos do Homem de Aço e de seus inimigos. O lendário herói é forçado a tomar uma decisão que não é de sua natureza e aparentemente se afasta para o pôr do sol, por um bom motivo. Isso é o máximo de informações de que Lois tem conhecimento, mas Moore deixa os leitores com um algo a mais, algo subentendido.

Superman se despede da Liga da Justiça, da Legião dos Super Heróis de seus companheiros do Planeta Diário e de Lois Lane.

Por que o Superman não resolve por em prática as leis e a justiça com suas próprias mãos, ou dominar o mundo para ter a humanidade como sua escrava absoluta? Quem garante que ele tomaria sempre a decisão correta? Como as pessoas reagiriam diante disso?

Isso faz com que uma decisão errada leve a uma série de erros, um peso muito grande para um único homem conseguir aguentar.  No momento em que o Homem de Aço trai aquilo que mais acredita, ele passa a não se achar mais merecedor de carregar tal responsabilidade. Assim, ele abdica seu cargo de protetor da justiça, da verdade e do modo de vida americano.

Clássico e emblemático momento em que o Super não se acha mais merecedor de salvar a humanidade.

Moore escreve a história com muito respeito pelo Superman e a preenche com abundância de referências à mitologia do personagem. Com sua escrita habilidosa e tocante, torna-se não só um interessante e definitivo “O Que Aconteceria Se?” para o Escoteiro Azul, mas uma caminhada pela estrada da memória historiográfica do Superman, uma prova do seu caráter e uma grande despedida, que possibilita a comoção dos leitores em geral, entusiastas do personagem ou não.

Este sentimento é reforçado pelo belo traço de Curt Swan. Cada personagem e cada cena é incrivelmente detalhada por ele. A ação é dinâmica e envolvente, mas ao mesmo tempo tem um toque clássico, graças à sua paleta de cores tradicional.

Superman contra Lex Luthor, no marcante traço de Curt Swan.

Junto de ”Para o Homem que Tem Tudo”, história também de Alan Moore, ”Superman – O Adeus” é a melhor HQ do Superman já feita, na minha humilde opinião.

Caso estejam interessados em adquiri-la, esta HQ nunca foi lançada pela Panini no formato encadernado, infelizmente. Mas ela está disponível em scans na coleção ”Grandes Clássicos DC: Alan Moore”, lançada em 2006 pela Panini.

Grandes Clássico DC #9 – Alan Moore.
Roteiro de Alan Moore – Arte de Curt Swan.
Editora original: DC Comics – Editora nacional: Panini (última publicação no Brasil) – 2006 – 64 páginas (Superman – O Adeus) – R$ 36,90.

 

Colaborador

Colaborador não é uma pessoa, mas uma ideia. Expandindo essa ideia, expandimos o domínio nerd por todo o cosmos. O Colaborador é a figura máxima dos Iluminerds - é o novo membro (ui) que poderá se juntar nalgum dia... Ou quando os aliens pararem com essa zoeira de decorar plantações ou quando o Obama soltar o vírus zumbi no mundo...

Este post tem 40 comentários

  1. JJota

    Esse tempo em que grandes escritores se revelavam, HQs amadureciam e lutavam para ser um meio válido de contar uma boa história e gostar de super-heróis não era considerado bobo.

    Apesar de preferir Para o Homem Que Tem Tudo, reconheço a missão que Moore abraçou e, graças ao seu talento, cumpriu.

    A Ópera Graphica, em 2003, lançou uma edição em formato álbum, que ainda pode ser encontrada em lojas especializadas (em fortaleza, pelo menos, tem).

    http://www.rika.com.br/shop/media/catalog/product/cache/1/image/9df78eab33525d08d6e5fb8d27136e95/s/u/super-homem-adeus_15.jpg

    Parabéns pela estréia, Rosinha. Seja bem vindo.

    1. Rosinha

      Cara, eu ia falar dessa edição da Ópera Graphica (a capa dela, inclusive, ilustra o início do post), mas optei por não citar, por se tratar de uma edição em preto e branco e ser de menor acessibilidade para os leitores (comparada com a coleção de Grandes Clássicos de Alan Moore da Panini).

      Obrigado.

  2. Inacreditavel_Neo

    É muito fácil criticar um personagem como o Super, dizer que ele não tem relevância e é obsoleto.

    O fato é que, personagens mais “sombrios” são mais próximos da realidade e por isso mesmo (acredito eu) são mais fáceis de escrever.

    Craque mesmo é o escritor que consegue pegar um personagem como o Superman, extremamente poderoso e altruísta, sem se render a saídas fáceis ou ser piegas. Assim como o Moore conseguiu. E outros poucos.

    Lembrando que até o fodástico Garth Ennis, mesmo com sua aparente cisma com super-heróis, escreveu uma das passagens mais legais que eu já li com o Azulão. No final da mini LJA & Hitman, enquanto olha pro planeta Terra, do espaço, o Super pensa:

    “Se soubessem como são amados, nem um sequer entre vocês ergueria a mão em fúria novamente.”

    Valeu, Roseta.

    1. JJota

      Pra mim, o que fode o Superman é a insistência dos roteiristas de, quando vão humanizar o personagem, terminarem por fazê-lo um caipira. O Super ser bom e tudo eu acho correto, pois isso só prova que ele é superior (ou “inferior”, pois, mesmo na terra, nada consegue ser mais autodestrutivo que a raça humana). Mas ser muitas vezes bobão, caipirão… Orra, o sujeito que conhece uma pá de culturas extraterrestres avançadíssimas (inclusive Krypton) e praticamente todas as da Terra?

      Você lê uma HQ dessas e depois vai ver aquela merda que o Straczinsky fez com o personagem…

  3. Rodrigo Sava

    Caras, eu li a edição em formatinho, publicada na saudosa Superpowers, da Ed. Abril, em que essa história se junta a “Para o homem que tem tudo”. Uma revista imperdível que encontrei num sebo, num belo dia de sol de dezembro.

    1. Rosinha

      Bons tempos de formatinho, Rodrigo. E que sorte sua encontrar esta história num sebo.

      1. Rodrigo Sava

        E estava novinha. Aquela capa espetacular do Bolland (ou do Gibbons, acho) por fora e um recheio de ouro no miolo.

  4. $18682373

    Post’E’ foda Rosinha, O Super é o meu Super(!) Herói favorito, e sempre acho legal essa coisa de questionar se ele é um herói ultrapassado, fora de moda, mimimibóbóbó. Coisa que essa Hq faz muito bem.

    1. Rosinha

      Pois é, mabiones. Esse discurso de ”herói ultrapassado, fora de moda” é desculpa dos roteiristas que não sabem como trabalhar direito com o personagem.

      1. $18682373

        On wait! kkk

        É uma analise bem superficial minha, por isso eu falei: “Coisa que essa Hq faz muito bem.”, mesmo sendo um conceito bobo, o Alan Moore faz algo novo com ele entende?

        1. Rosinha

          Então, eu sei. Por isso que eu disse.

          O roteirista competente é aquele que pega esse discursozinho batido e, em cima disso, cria uma boa história com o personagem.

          E não aquele que, ou sempre alega que o Super é um personagem difícil de se trabalhar, ou trata o personagem como um caipira ignorante.

  5. Anti-HeII_MdM

    Prefiri “Superman Vs. A Elite”. Ou mesmo “Reino do Amanhã”. no sentido de mensagem. Alan Moore apelou muito para a conveniência e a mentalidade “eu fiz caquinha não mereço ser o messias alienígena” não entra muito bem hoje em dia.
    Mas a galera pseudo-intelectual baba o ovo de qualquer coisa que assinem “Alan Moore” ou “Chris Nolan”… Né Corto?

    1. Vc sabe que essa HQ se refere ao Superman Pré-Crise nas Infinitas Terras e foi escrita a mais de 20 anos, né? Ou seja, os problemas que Moore aborda são coerentes com uma personagem que já lutou contra o Demônio (e não me refiro aos demônios criados pela editora, mas o judaico-cristão) e Deus…

      Creio que Reino do Amanhã e Superman vs. Elite já trabalham com o Universo DC pós-Crise, em que o Super não é mais aquela coca-cola do Universo Pré-Crise… São ótimas histórias, mas tratam de uma personagem ligeiramente diversa… Se você tivesse falado isso da saga Supremo escrita pelo Moore, não falava nada.

      E quanto à parte final, concordo plenamente.

      1. Anti-HeII_MdM

        O “Reino do Amanhã”, que eu “Não li”, é mais para a Era de Ouro (O lanterna era o Allan Schot até). Cronologia não é o que se leva em conta. Se você ler o Kingdom Come, verá que Superman está sendo forçado a ser quem ele é, em especial pela Mulher Magavilha. Isso mesmo considerando que o estopim foi o incidente do Kansas. Ele acaba sendo gradual, embora passe a mensagem retaliatória de quando surgiu com a “velha guarda” para colocar os novos supers na linha uma vez que os seguidores de Magog fizeram a pior melda possível.

        Superman Vs. Elite, em especial a animação, chega a passar da linha no lírico quando a decisão de matar o Caveira Atômica vai para as mãos do garotinho que teve o pai morto por efeito colateral da batalha.

        Mas o mais importante de tudo, é que eu não afirmei que isso é uma verdade… E sim que era minha preferência pessoal. Jamais afirmei que vocês não leram “o Adeus” ou que a cronologia estava errada. Quando o pretexto da história é claro – “vou tirar o Superman de circulação… querem ver como?” a jornada não é impressionante, e a obrigação de incluir os personagens acaba ficando forçada, enquanto mesmo com personagens gratuitos (apenas para brindar com a arte de Alex Ross no Kingdom COme, e para mostrar poder bruto em Elite) os núcleos morais guias do Homem de Aço (Mulher Maravilha, Batman, Manchester Black, etc) são claros, e vitais, para a trama.

        1. De fato, Reino do Amanhã era mais para a Era de Ouro. Por isso, se baseou no Superman dos anos 1990 com os mullets, o Batman mais soturno em Gotham – sendo extremamente pragmático com seus robôs, o lance de que a velha escola de heróis (anos 1980) estaria ultrapassada pela nova escola de heróis (anos 1990 – Image). O problema não é cronologia, mas continuidade narrativa. Como sempre, Waid e Ross se utilizaram de um background para contar a história. No caso, a virada para os anos 1990 e tudo aquilo que estava acontecendo com os quadrinhos de então. Magog nada mais é do que um Cable. Mas, no geral, trata-se de uma história da velha guarda contra a geração New Kids on The Block.

          Superman vs. Elite “chega a passar a linha do lírico”… Vc sabe que essa frase não faz sentido, né? Desculpa, mas lirismo passa longe de garotinhos vingativos (o termo seria trágico, mas tá bom…). E por falar nisso, a história se baseia na velha guarda contra a nova geração, agora, a geração Slipknot (anos 2000)…

          Todo mundo sabe que se é a sua opinião, vc não precisa explicar nada. Ora, como a opinião é algo pessoal e intransferível ela não pode gerar mais interesse do que… Uma opinião? Pode parecer redundância, mas, se prestar bastante atenção na dica, vai notar que meu interesse por opiniões tem o tamanho de um pedaço de RNA virótico.

          1. Rosinha

            Porra, House, você estrafegou a já reduzida auto-confiança do rapaz.

            Pobre coitado.

          2. Dr. Housyemberg Amorim

            @Rosinha23:disqus, será que eu tenho outra serventia no universo? Realmente, não sei…

            Agora, dizer que lírico (conceito literário complexo e cheio de limites) tem algo relacionado a metalinguístico (conceito criado e estabelecido no século XX que todo mundo acha que entende), foi de chorar de rir… Mas não vou contra-argumentar mais nada porque ele usou a kryptonita da argumentação: “na minha opinião”, então…

          3. Anti-HeII_MdM

            Eu tinha dito “até nunca”… Mas foram só dois anos.

            Continuem indo se fuder vocês dois! Até 2016.

          4. Don Vittor

            É isso ai! rs

          5. Anti-HeII_MdM

            Sua opinião é um lixo e está errada. por isso, você é bobo!

            Okey, ignore a parte em itálico. Isso não é verdade. E não só porque você pode ser bobo por outros motivos, mas porque foi o que eu li nos comentários. mais do pequeno poney de superman do que no seu, mas ainda assim, a mensagem é aquela.

            Bem-vindos à Internet. Você expõe seu conhecimento ao mundo… Infelizmente o mundo vai responder de volta.

            Anyway: Vou tentar ser mais claro então: Em termo de mensagem, achei que Elite e Kingdom valeram mais que o “Que aconteceu com o super…”. Este, na minha opinião, era algo muito “Já que está para acabar o universo mesmo, vamos fazer o que quizer para terminar a história, enfiar os heróis, vilões, mostrar que o Myxtwplicles é foda…”. os outros, não. Passaram mensagens que ultrapassam a mera narrativa (a situação dos quadrinhos naqueles momentos em especial) sem sacrificar a história fazendo-a forçada. Eu vi motivos para o “Cable”/Maggog estar no Kingdom… Mas o Jimmy Olsen estava completamente dispensável no “O que aconteceu…”.
            “chega a passar a linha do lírico” – Quando algum evento parece coisa de sonho, fantasioso ou metalinguístico.

            Exemplo: A Elite ameaçava matar o vilão, Superman diz “não é assim que a gente faz as coisas”. Ao invés de resolverem eles mesmo a situação, voltam-se para um moleque normal, que chorava a morte do pai, que dizia “Mate ele!”. Estes seres no olho do furacão param para debater o sentimento do moleque, como se ele fosse quem tinha o poder. Era uma mensagem de que a audiência estava sendo colocada para decidir entre o “american way” e o Slipknot. Na vida real, SUperman usaria sua velocidade prodigiosa para empurrar Fusão a Frio longe do vilão/vítima mesmo se estivessem no meio de uma multidão de moleques chorões querendo linchá-lo.

          6. Rosinha

            Cara, eu mantenho o meu comentário anterior, quando leio o seu comentário, tenho a impressão que esses pensamentos não são seus. E agora, tenho a impressão que a ”sua opinião” de uma ligeira modificada. Mas tudo bem, vou fingir que essa opinião acima é realmente sua e que você sabe argumentar.

          7. Anti-HeII_MdM

            ¬¬! Okey… Vão se foder os dois. E até nunca.

        2. Rosinha

          Puta que pariu, Sombrio, falou muito e não disse nada.

          Em O Reino do Amanhã, a cronologia não é levada em conta, óbvio, porra, se trata de um ”elseword”, ou ”Túnel do Tempo” (como era chamado pela Abril).

          Apenas o fato de ser a maior aventura com os heróis nos anos 90 seria suficiente para justificar a importância de O Reino do Amanhã para os quadrinhos, num período criativamente muito pobre.

          Felizmente, a história representa muito mais do que isso. Ela trata com profundidade o dilema entre super-heróis clássicos e modernos, como você bem disse, a obra constrói uma alegoria sobre o real sentido do heroísmo para a humanidade e, ao mesmo tempo, brinca com a ideia de que os mesmos grandes heróis que tanto fizeram pela humanidade podem ser também os grandes responsáveis pela nossa destruição.

          Mas, eu não sei… Quando leio o seu comentário, tenho a impressão que esses pensamentos não são seus. Por que será? Será que é porquê você nunca apresentou argumentos coerente e coesos nos seus comentários? Será que é porquê você sempre apela para xingamentos e argumentos imbecis (Marvel vs. DC etc)?

          Eu realmente não sei. Vou refletir um pouco, enquanto eu procuro o site onde você pegou este comentário.

    2. Rosinha

      Cara, você nunca leu O Reino do Amanhã.

      Então, para de tentar bancar o fodão.

      1. Anti-HeII_MdM

        Okey, então você sabe o que eu lí ou não lí?

        Estou com a minha mão pousada em algo agora… o que é? E qual seu órgão extra-sensoria?

        VTNC caralho.

        1. Parabéns, Anti-HeII_MdM !!!!

          Você é o primeiro a dar um achaque de Bambi em nossas dependências. Com isso, terá a honra de passar uma noite de lascívia e paixão com nosso caríssimo Ebony Spiderman.

          E lembre-se sempre – achaques de Bambi podem estressar, querer que vc se mostre macho, mas sempre acaba sendo visto como um novo Luan Santanna.

          “Estou com a minha mão pousada em algo agora… o que é? ” Tira a mão da minha jiromba, p0[[@!!!!

          1. Anti-HeII_MdM

            Sim, chorar tanto quando meu caralho de jumento entrou no cú do teu pai.

          2. Don Vittor

            Você tem caralho de jumento? Então por que perde seu tempo dando achaque de bambi? Acho que já sei! Será que as mulheres tem medo de conhecê-lo devido a esta benção imaginária? Caso seja, então, tudo isso acontece porque você se sente sozinho e, sem devida atenção, assim, tornando-se grosseiro para ao menos ser notado?

          3. Rosinha

            O caralho do jumento é seu?

            Ui, que bicha possessiva.

  6. Victor Vaughan

    Essa é uma das histórias do Moore que uso como “kriptonita” para abalar o fundamento dos meus amigos fãs de quadrinhos mais rancorosos que não curtem DC ou o azulão. Ninguém sai indiferente e mantendo as mesmas convicções ao ler ela. Parabéns pelo texto e obrigado pela viajem nostálgica, Arthur.

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