Iluminamos: TED

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Fala, galera!

Hoje, trago (no bom sentido, é claro) para vocês a resenha do filme Ted!  Para aqueles que não possuem a mínima ideia do se trata, (como eu há duas semanas), esta é a primeira aventura cinematográfica de Seth McFarlane, conhecido criador do seriado Uma Família da Pesada. Depois dessa afirmação, acredito que não preciso dizer mais nada. Afinal, o que vocês esperam de um filme onde Mark Wahlberg  tem como melhor amigo o seu ursinho de pelúcia? Uma merda de filme, certo? Errado! O filme pode ser bobo e até usar algumas piadas marcadas, no entanto, há tempos não vejo algo tão engraçado  no cinema.

Sinopse chupinhada da internet:

É Natal e o pequeno John tem apenas um pedido a fazer ao Papai Noel: que seu ursinho de pelúcia, Ted, ganhe vida. O garoto fica surpreso ao perceber que seu pedido foi atendido e logo eles se tornam grandes amigos. John e Ted crescem juntos e o urso de pelúcia se torna bastante mal humorado com a idade. Já adulto, John (Mark Wahlberg) precisa decidir entre manter a amizade de infância ou o namoro com Lori Collins (Mila Kunis).

A introdução do filme tem início na década de 1980, e, com a aura natalina, apresenta aos telespectadores a vida de um menino que, solitário pelas ruas de Boston via-se rejeitado até pelo menino judeu espancado! (spoiler). Porém ao invés de perder-se cheirando cola, a pobre criança focalizou todo o seu amor renegado a um ursinho que, no decorrer da trama, mesmo sendo um mero pedaço de estofado, viria a ser seu melhor amigo… Ok, na infância e em outros  momentos, diga-se velhice, damos vida a objetos inanimados ou lhe atribuímos carga afetiva além do normal, no entanto, no caso desta criança era medonho… Por alguns instantes, pensei que um tio de proveniência russa apareceria na história revelando o seu estranho amor , no entanto, brindando a família brasileira com  humor mais sadio, a criança não fora molestada, e tão somente,  no auge de sua loucura desejava que seu ursinho ganhasse vida.   Por sinal, a cena seguinte é muito engraçada e completamente realista. Vale muito a pena!

Mark Wahlberg conseguindo a proeza de ser o coadjuvante…

Após ganhar vida através de uma estrela cadente, Ted fica conhecido mundialmente , porém como qualquer artista de sucesso  meteórico, seus quinze minutos de fama perderam espaço e logo sumira  ao melhor estilo Ex-BBB.  A graça principal do filme encontra-se neste período de ostracismo, interligado com a passagem para a vida adulta. Isso mesmo! Apesar de o corpo permanecer o mesmo, a mente do pequeno ursinho evolui e situações escabrosas desmistificam toda e qualquer aura infantilizada que um dia já ousou representá-lo. Todavia, o que poderíamos esperar de um filme dirigido por Seth McFarlane? O cara é um comediante abusivo, e quem já assistiu a Uma Família da Pesada, sabe de qual tipo de comédia estamos falando. E, francamente, é algo que agradeço, pois, independentemente de toda a pressão da mídia politicamente correta, Mcfarlane e seus produtores botaram para foder quebrar. Deixando no ar aquele típico pensamento comicamente constrangido: Cacete… Esse cara não tem noção…

Que porra é essa!?

Maconheiro compulsivo e extremamente promíscuo, o singelo ursinho que, até então, processava a fábrica de brinquedos por não tê-lo elaborado com um pênis, Ted nos brinda com situações inimagináveis. Situações estas que deixaram até o nosso querido Deputado Prótesegentético de pentelho em pé! É sério, o nosso ilustre  representante mimizou via Twitter que acionaria o Ministério da Cultura, e o Ministério da Justiça, para conseguir a suspensão do filme. Porém, no fim das contas, tamanha é a moral desta autoridade pública que, ao invés de derrubá-lo (Ted), seu apelo apenas serviu para alavancar ainda mais a bilheteria! Então, meus caros, creio que devamos fazer um  protesto em repúdio a este péssimo exemplo parlamentar e, a partir de hoje, apelidá-lo de Ted Boy. Justo? Sei lá! Acho meio complicado falar sobre justiça com esse cara…

Sex Machine?

Retornando ao filme, poderia ficar por horas aqui dissertando sobre as cenas mais engraçadas e cometendo blasfêmia atrás de blasfêmia ao spoilezá-lo (essa porra existe?). Entretanto, nunca  faria isso com vocês! Jamais falaria  do cagalhão na sala de estar ou das várias conversas entre Ted e seu inusitado chefe. Em hipótese alguma, também faria menção a uma das melhores cenas do filme, quando Mark Wahlberg encontra seu, já envelhecido, herói de infância (Flash Gordon) e curte altas aventuras. Desde quebrar paredes, até o espancamento de imigrantes asiáticos!

A viadagem de Sam J. Jones não tem idade.

Mesmo que a sátira  seja considerada grosseira, afinal envolve o uso indiscriminado de drogas e sexo com animais (Ted, sua namorada e a paçoquinha), o filme é muito divertido e até certo ponto prioriza o valor da amizade. Desse modo, tendo em vista a criançada de hoje em dia,  creio que, em alguns casos, pode ser considerado um filme para a família.  Uma Família da pesada… Gostaram do trocadilho? Não? Foda-se Que pena… Ainda bem que não sou humorista.

Nota 8,5

Abaixo segue o trailer legendado.

Don Vitto

Escritor, acadêmico e mafioso nas horas vagas... Nascido no Rio de Janeiro, desde novo tivera contato com a realidade das grandes metrópoles brasileiras, e pelo mesmo motivo, embrenhado no submundo carioca dedica boa parte de seu tempo a explanar tudo que acontece por debaixo dos panos.

Este post tem um comentário

  1. Rosinha

    Eu esperava mais deste filme. O final é clichê e algumas situações são resolvidas de forma tão repentina e fácil, que fiquei irritado.

    O estilo sem noção do McFarlane e os seus roteiros cheios de tiradas irônicas e plavrões me fizeram criar uma expectativa muita alta para este filme. Eu fiquei anCioso para vê-lo, como diriam os leitores do Ovolete.

    Mas as expectativas não foram correspondidas, infelizmente.

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