Iluminamos: Tex Gigante 27

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Assim como o século em que se habitua, o gênero Western foi deixado para trás. No entanto, não irei me prolongar nesse assunto, pois já falei disso no meu review de Jonah Hex. Hoje vou falar de Tex, o fenômeno, criado por G. L. Bonelli e Aurelio Galepini, que parece imune aos modismos e, até hoje, mais de 60 anos desde sua criação, rende boas histórias e conquista novos fãs.

Dos diversos títulos de Tex disponíveis nas bancas, certamente, meu favorito é Tex Gigante – edição anual (ou semestral, às vezes) sempre com uma história completa e com desenhos sensacionais. Caso não saibam, já assinaram as ilustrações de Tex Gigante grandes artistas como Ivo Milazzo, Goran Parlov, Magnus e Joe Kubert! Entre vários outros que sempre honraram essa publicação.

Eis que então chega às bancas brasileiras este mês a edição n° 27 de Tex Gigante, com a história A Cavalgada do Morto, com roteiro de Mauro Boselli e estupenda arte de Fabio Civitelli que, apesar de ser um colaborador regular de Tex, merecia ter seus desenhos publicados em formato maior.

Nesta edição, Tex é convocado por seu amigo-bruxo, El Morisco, a investigar os assassinatos que rondam sua cidade e arredores, creditados a um misterioso cavaleiro sem cabeça que, segundo boatos, é o fantasma de Arturo Videla, ex-soldado mexicano que voltou para se vingar de seus executores.

Eu mal consigo expressar em palavras o quanto gostei dessa história. Por mais tempo que Tex resista aos estilos de quadrinhos modernos e seus autores lutem para conservar sua estética clássica de “mocinho do velho oeste” temos aqui mais uma ótima história, com desenhos belíssimos.

A meu ver, é o melhor trabalho já produzido por Civitelli. Já li dezenas de suas histórias e aqui seu traço atinge uma riqueza que nunca tinha visto, seu jogo de luz e sombras e cenas noturnas é incrível, ainda mais pensando que seus desenhos só possuem o preto e o branco para se expressar.

Já Boselli, mesmo com várias histórias de Tex produzidas ao ano, mostra que sempre tem cartas na manga, sempre há algo novo a ser visto em seu roteiro. Seus cortes de cena, seu roteiro quase nunca linear, me fazem ter certeza que é o nome certo para ser o principal roteirista de Tex hoje, e repito: sem ultrapassar o estilo clássico de narrativa pertencente ao gênero Western.

Não haveria problema em dar nota máxima a esta edição, mas algo tinha que acontecer: estamos no número 27 de Tex Gigante e, por não sei qual razão, a Mythos Editora deixou a lombada deste número em amarelo. O problema? Durante mais de 16 anos, a lombada era branca! Pode ser um detalhe chato, mas pra que fazer isso?? Ainda encontramos durante o texto algumas palavras que não estão escritas corretamente de acordo com o novo acordo ortográfico, a revisão deveria ser feita com maior cuidado.

Apesar dos pequenos erros, é uma ótima leitura. Para mim, é a melhor opção para começar a ler Tex. Por tudo isso, tenho um grande apego por essa edição, ainda mais pelo fato da mesma ter sido autografada pelo desenhista dessa obra.

NOTA: 9,8.

Administrador Iluminerd

A mais estranha figura nesse grupo: não posta, não participa de podcast, mas foi ele quem uniu todas as pessoas dessa bagaça...

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