Iluminamos: The Bachelor – Em Busca do Grande Amor

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Não há receita de bolo para um bom reality show. Embora não seja fã dos medalhões do gênero no país, como BBB, A Fazenda e The Voice Brasil, tenho uma queda por algumas atrações menos cotadas, como o The Ultimate Fighter – TUF – Brasil e o Masterchef Brasil.

Talvez seja uma certa objetividade, um foco, não sei. Mas apresentar um tema contribui para tornar um reality show palatável, até mesmo interessante, e quiçá muito legal, como no caso do Masterchef Brasil.

Um norte e uma produção um tom levemente acima, com iluminação algo precária, trilha sonora entre o meloso e o festivo, um apresentador brega & chique (Fábio Arruda), um solteirão gringo com o sotaque típico e uma gama de jovens interessadas em casar, em viver um conto de fadas ou simplesmente em ficar famosas (o que, no caso de um programa exibido pela Rede Tv, é uma aposta de risco), me seduziu desde as chamadas iniciais.

O palpite é que viria algo divertido da interpretação da emissora do formato da Warner Brothers. Principalmente depois que a Fox abandonou a co-produção da Bagaça.

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Assim, quando a Rede Tv estreou na sexta-feira, dia 21/11 (com reprise na segunda), o primeiro episódio de The Bachelor – Em Busca do Grande Amor, estávamos em 4, em volta de um barulhento refrigerador de ar, papeando e degustando biscoitos finos de qualidade duvidosa e uma pizza que será tema de outro post, e ainda assim o programa não só nos chamou a atenção, como logo foi alvo de gargalhadas e comentários pra lá de animados.

Não faltaram clipes das moçoilas em seus habitats naturais, no trabalho e na praia; conversas do apresentador, montado em seu blazer com cachecol, com o solteirão italiano, no qual este explicava suas boas intenções e no quanto acreditava no amor, com direito a cenas do rapaz tomando banho e pilotando sua Ferrari amarela (não simultaneamente).

E, é claro, não poderia faltar uma festa. E para o evento, as meninas chegavam de avião, mas saiam magicamente de um helicóptero inerte (!)  ou de uma limusine ilimitada – direto para os braços do garanhão, para a recepção inicial.

Cenas de vestidos decotados, taças de champanhe, sorrisos e muita alegria intercalavam trechos de conversas mais íntimas do solteirão com algumas moças selecionadas. Ao final, à beira de uma piscina, que parecia o fosso de um castelo, no qual o príncipe parecia esperar que uma das princesas o resgatasse, Fábio Arruda anunciou que era o momento de escolha.

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O solteirão chamava o nome de suas selecionadas – chegando a ser veladamente ameaçado por uma delas – , entregando uma rosa a cada uma, de modo que, do grupo de 25 beldades, restassem apenas 15.

E assim foi, com a promessa lançada pelo apresentador de que o próximo capítulo trará mais surpresas e intrigas. O mais importante é que continue despretensioso e divertido. E esquisito.

Rodrigo Sava

Arqueólogo do Impossível em alguma Terra paralela

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