Muito se pode fazer por dinheiro nesta vida; posar pelado, vender a própria mãe, concorrer a uma vaga para o Big Brother Brasil.
É. Só que é preciso coragem para qualquer uma dessas atitudes, né não? Pois, mesmo que a grana não seja garantida no fim das contas, a vontade prevalece; às vezes o dinheiro estimula a criatividade, ah, isso ele faz. É o caso da Rede Globo.
Não é a primeira vez que vemos acontecer um crossover, um encontro de personagens de franquias diferentes, programas diferentes, universos diferentes. Aconteceu com CSI, aconteceu com Jornada nas Estrelas, com a Marvel e a DC.
Agora, juntar uma personagem tragicômica de uma novela que está no ar a um grupo de pessoas reais num reality show é uma ideia maluca… E muito boa, principalmente quando envolve uma atriz em ascensão, cujo talento para o humor e a improvisação é o diferencial.
E essa personagem da telenovela Amor à Vida, Valdirene, em sua intensidade característica, percorreu, em poucas horas de participação no BBB, o caminho comum de uma verdadeira Big Sister (ou Brother, se você for um purista). Curtiu uma festa, sensualizou, paquerou, discutiu, aprontou, foi pro edredom com um cara, malhou e chorou.
Ah, e participou de uma prova, é claro. Perdeu, foi eliminada, e, obviamente, se recusou a sair. Tentou dar um olé na produção e acabou sendo expulsa, carregada por aqueles ninjas de capuzes pretos. E ainda assim, fez piada de tudo. É o estilo dela.
Caracoles, o que foi a piradinha roubando frutas e escondendo em seu colchão? E, durante uma briga, ter jogado uma batata num grandalhão, dizendo que a dele estava assando?
Tatá Werneck, a intérprete da personagem, veio da MTV pronta para o estrelato. Sua participação no BBB foi meteórica, mas inspirou uma avalanche de reportagens em sites e comentários em redes sociais, alguns inclusive alimentando teorias da conspiração, como as que diziam que uma das participantes do reality show era uma atriz inserida na casa para discutir com a periguete ficcional.
Repercussões à parte, parece que a Globo calculou mal o alcance da sua iniciativa. Ao subirem as legendas do capítulo de quarta-feira de Amor à Vida, Valdirene se dirigia, de carro, à casa mais vigiada do Brasil. Seria natural que sua entrada na casa se desse na edição de quarta-feira do BBB, que vai ao ar após a novela.
#Só que não. Ela entrou depois, e somente quem tinha pay-per-view literalmente pagou pra ver seu debút. Os meros mortais da TV aberta a viram somente no intervalo de Homeland, já na madruga.
E, digo mais, se o capítulo da última quinta-feira (16) de Amor à Vida foi espetacular, na relação entre o real e o imaginário, ao casar as cenas de Valdirene no mundo (quase) real do BBB aos takes dos personagens no universo da telenovela, não se pode dizer o mesmo do pobre Big Brother Brasil, que limitou-se a mostrar poucas cenas da personagem, ignorando a verdade nela, supervalorizando seu conceito maquiado de show de realidade.
Diversas vezes levantaram teorias de que o BBB era armado, de que os conflitos eram inventados, e mesmo alguns de seus participantes. E, quando surge a oportunidade, quando a ironia finalmente toma conta desse universo com a entrada da piradinha surgindo para questionar os paradigmas do formato, eles limitam-se a fazer o que sempre fazem, que é também o que fazem melhor, embora sejam extremamente criticados pelo mesmo motivo: Eles editam.
Editaram Valdirene. Cortaram a Val Delícia, trataram-na como performance, como quimera, como produto.
Pior pra eles. No mundo de Amor à Vida você viu o que lhe sobrou da experiência: …ela ficou famosa. E o resto é história. E continua nesta sexta, depois do Jornal Nacional.
Sim, nós temos um Bugman!
Um Bugman que faz post´s com frequência? Meu Deus, Corram!
Só espero que o Sava não comece a banir a galera… Com a nossa audiência, se banir três podemos fechar as portas.
tanto talento para comédia alternativa, sendo desperdiçado na telinha da globo…
E eu tatava essa Tatá, só pra constar…
nós tatávamos essa Tatá….hhaha
conjugue isso no presente do indicativo.
Tela da Grobu é um veículo muito bom pra projeção. Daí pra diante, ela pode tentar outras coisas, sem estar ligada à imagem da emissora. Acho válido. Só não pode se engessar no formato imposto pela direção, e ficar nesse tipo de coisa (novelas e etc.) ad eternum, como vários atores de lá, brilhantes, acabaram fazendo…
Caralho você ainda está vivo cara?!
vaso ruim não quebra fácil.