Fala galera que gosta de jogar, porém não tem mais dado em casa. Para a alegria geral da nação, trago-lhes a resenha do espetacular Trapaça!

Primeiro vamos a sinopse do Cinema em Cena:

Inspirado na história real de um famoso golpista e sua amante/parceira no crime que são forçados a trabalhar com um descontrolado agente federal para desmascarar outros vigaristas, mafiosos e políticos corruptos. O volátil e apaixonado líder do Congresso de Nova Jersey, que também é um herói local e prefeito da paupérrima cidade de Camden, acaba se envolvendo com o caso.

Antes que se trate o filme como uma comédia, ou fale-se dos inúmeros esquemas que nos são apresentados, gostaria de afirmar que, a despeito dos trailers e demais propagandas, o fio condutor deste filme é o romance.

Utilizando-se de narrativas em “off”, um jogo de câmera a la Scorsese  e uma trilha sonora repleta de músicas que ajudam a criar uma atmosfera ambientada na década de 70, David O. Russell, como se diz na gíria, chegou chegando! Além disso, seu Trapaça é recheado de piadas geniais, interpretações convincentes e mulheres cada vez mais maravilhosas.

Com um elenco de dispensar comentários, no qual Robert De Niro é uma quase ponta, a trama nos traz o metamorfo Christian Bale no papel de Irving Rosenfeld. O personagem é um típico bon-vivant, que após associar-se/apaixonar-se por Sydney (Amy Adams) – a ruiva mais quente da atualidade -, vê seus negócios deslancharem ao ponto de tornar-se alvo de uma investigação do FBI, até então uma agência desprestigiada no cenário nacional.

Como podemos ver pela sinopse, a história, de fato, tem início com Irving sendo encurralado pelo agente do FBI Richie DiMaso (Brandley Cooper). Após infiltrar-se num dos principais esquemas da dupla, Richie utiliza a liberdade da bela vigarista como moeda de troca para que o parceiro da mesma infiltre-se em outra operação. Dessa vez de proporções muito maiores, ela envolve outros vigaristas, além de prefeitos, senadores e a própria máfia.

Abusando de tendências de maneira proposital, no que diz respeito a recriação estilizada da época, e a despeito da premissa exaustivamente usada em Hollywood, o que vemos a seguir é a sucessão de fatos e tramoias inimagináveis que, empregadas com certo humor e cafonice, passam desde um infiltrado que movido por sua paixão é obrigado a destrinchar a corrupção de homens públicos, e vai até a revitalização da cidade de Atlantic City.

Na trama, muito além de Carmine Polito (Renner), um  prefeito corruptamente bem intencionado de New Jersey, também existe à cúpula de administradores das casas de jogos do Estado (entenda-se mafiosos), sendo todos eles interligados pela tênue invencionice de um Xeque árabe que idealizado por um dos trapaceiros, em meio ao enredo, deixa de ser interpretado por um árabe legítimo e é trocado por um infiltrado mexicano.

Para aqueles que pensaram em tal heresia, não esqueci da deliciosa Jennifer Lawrence! Sinceramente, a despeito de nunca tê-la visto em tão bela forma, tanto física como interpretativamente, acredito que para muitos o seu papel não teve o destaque reconhecido, visto que, de todos os trapaceiros, ela certamente foi a maior de todos!

Um filme muito divertido, porém longo, bem longo… Sem mais!