Olá, Nerds e Nerdas, tudo bom? Recentemente comprei Iron Maiden: En Vivo e, após ver o documentário sobre como foi elaborar essa turnê, fiquei pensando um pouco na estratégia de marketing da banda ao longo dos anos, principalmente depois de 1999 quando Bruce e Adrian voltaram para a banda.
Na verdade, o desejo de escrever um post sobre a aposentadoria do Iron Maiden já tem um certo tempo (acredito que uns dois anos) e isso se deve ao fato de eu ter assistido o documentário The Early Days – Part 1. Por conta desse documentário, percebi que o grande nome por trás do Iron Maiden não é somente o seu fundador, Steve Harris, mas também o seu Manager, Rod Smallwood.
Como mencionei anteriormente, fiquei analisando a estratégia de marketing do Iron Maiden nos últimos anos e percebi o quanto eles foram inteligentes em fazer “turnês nostálgicas” entre os álbuns. Apesar de eles nunca terem um hiato grande entre seus trabalhos ficou claro o quanto essa estratégia foi um sucesso.
Entre os álbuns Brave New World (2000), Dance Of Death (2003), A Matter of Life or Death (2006) e Final Frontier (2010) foram realizadas as 3 grandes turnês da banda nos anos 1980, The Beast on the Road (1982), World Slavery Tour (1984) e 7th Tour of a 7th Tour (1988). É claro que podemos dizer que ninguém veio a esse planeta a passeio e que essas seriam turnês caça-niqueis, entretanto o Iron Maiden, hoje, possui 4 gerações de fãs e muitos, como eu, não tiveram a oportunidade de assistir a dos shows da lendária World Slavery Tour.
Como fã, não negarei que foi muito emocionante, quando eles estiveram aqui no Rio durante a turnê Somewhere Back in Time e pude assistir o Eddie, vestido de múmia, andando pelo palco durante o solo de Powerslave, os fogos em The Rime Of The Ancient Mariner, ouvir pela primeira vez Aces High e principalmente o Eddie gigante saindo do sarcófago quando tocado Iron Maiden. Sinceramente? Me senti em 1985, pois perdi a conta de quantas vezes assisti o VHS e posteriormente o DVD do clássico show na Long Beach Arena.
Ou seja, a banda, pelo menos em mim, atacou em um ponto fundamental: o emocional.
Mas a vida não é feita só de alegrias e após o fim da sua última turnê, Maiden England Tour, a banda volta a trabalhar em seu próximo álbum. A questão é que o Iron esgotou o seu estoque dos anos dourados. Fazer turnês relacionadas aos anos 1990 não têm tando sentido, mas não é improvável, afinal, como disse anteriormente, ninguém veio a passeio nesse mundo. Caso isso ocorra, podemos ter o seguinte cenário:
- Novo álbum (2015)
- Turnê do novo álbum (2015-2016)
- Turnê dos anos 90 (2017-2018)
- Novo álbum (2019)
- Turnê (2019-2020)
- Aposentadoria (2020)
Se isso acontecer, os membros da banda já teriam passado dos 60 anos e encerrariam uma carreira recheada de sucesso ao longo de mais de 40 anos.
Claro que, como fã, ficarei triste pelo fim da minha principal banda, mas o que me deixa mais chateado é que não há, atualmente, banda alguma que possa preencher esse vazio no cenário do Heavy Metal. Apesar do post ser sobre o Iron Maiden, aqui não me refiro somente a eles, o mesmo acontecerá com Metallica, Judas Priest, Black Sabbath. É claro que há boas bandas na estrada, como o Blind Guardian, mas a grande verdade é que nenhuma tem força suficiente para ficar na “linha de frente” segurando a bandeira do Heavy Metal.
Enfim, esse post, na verdade, foi só para colocar a minha angústia em saber que o Iron, um dia vai acabar e que até o momento não há nada no horizonte que mostre uma banda que possa ser tão boa quanto. Ok!! Estou sendo também um velho reclamão que só sabe dizer que o que gosta é o que vale a pena, que “no meu tempo ….” etc. sei que, de uma certa maneira, o Heavy Metal tem se modificado e isso é muito bom! O próprio Iron foi fruto de uma mudança na forma de se fazer música, então que venham mais Irons Maidens.
OBS: Foi confirmado que, em 2015, o Iron Maiden lançará um álbum novo.
Abraços.