Filmes criam uma realidade tão imersiva que permite com que nós nos identifiquemos com o que está sendo transmitido. Somos mais que testemunhas, pois nos envolvemos emocionalmente com os eventos. Nós rimos com uma situação engraçada; xingamos com uma injustiça; e choramos com um drama.

E, quando coloco na primeira pessoa do plural, incluo homens e mulheres. Sim, homem também chora assistindo filmes. Por isso, decidi elencar alguns filmes que me emocionaram, e, em alguns casos, até lágrimas caíram.

Já aviso que haverá spoilers dos filmes. Se você tem essa frescura de que isto pode estragar o filme, não leia… Na verdade, deixa de frescura e leia tudo, pô.

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Martin Brundle (Eric Stoltz) é o filho do pesquisador do filme anterior, Seth Brundle. O jovem tem um crescimento físico e intelectual acima do normal, fruto da mutação sofrida pelo pai. Quando começa a sentir novos efeitos, Martin procura por uma cura com ajuda da sua namorada Beth (Daphne Zuniga), mas logo ele é encontrado e explorado pelos cientistas que o cercam.

Sim, fiquei emocionado… Apesar de ser um espanto escolher um filme considerado de terror, há uma cena bastante interessante: a morte do cachorro.

O animal significava muito para o protagonista. Um dia, o animal desaparece. Dois anos depois, Martin descobre que o cachorro fora usado em uma experiência (que não deu certo).  O cachorro se encontra deformado, em uma condição humilhante.

O cão o reconhece e o antigo laço é refeito. Brundle, em um mix de pena e ódio contra aqueles que fizeram aquilo, toma coragem e sacrifica seu antigo amigo. O cachorro, apesar de chorar um pouco, não se esforça muito para impedir. Ele confia no amigo e sabe que em breve seu sofrimento acabará. É uma espécie de eutanásia grotesca, bem ao estilo de Cronenberg (que fez A Mosca, de 1986, mas não participou deste).