Nerdstalgia: O Fantástico Jaspion

Você está visualizando atualmente Nerdstalgia: O Fantástico Jaspion

Olá pessoal, depois do post de apresentação da semana passada, é hora de, efetivamente, começar com a coluna e visto o nick que uso, o tema escolhido não poderia ser outro. Então, vamos relembrar O Fantástico Jaspion!

Jaspion estreiou no Japão no ano de 1985, com o nome de Kyojuu Tokusou Juspion (Investigador de Monstros Gigantes Juspion, sendo “Juspion” uma corruptela para “Justice Champion”). Contava a história de um garoto que, quando viajava ainda criança com os pais, teve a nave atacada e só ele sobreviveu. Foi adotado pelo sábio Edin, que o criou como se fosse um filho no Planeta de Edin. Até que uma sombra de ameaça começou a pairar no universo. Uma sombra chamada Satan Goss.

Criado pela maldade que havia no universo, o gigantesco Satan Goss queria dominar o universo e Jaspion (Hikaru Kurosaki) foi incubido de detê-lo. Recebeu a nave que se transformava em Robô, Daileon, uma Andróide de nome Anri (Kiyomi Tsukada) e após conhecer a bebê alienígena Miya, que teve os pais mortos, estaria formada a “família” principal.

Satan Goss, porém, não está sozinho, conta com vários subalternos, e seu filho – Macgaren (ou Mad Gallant, no original, interpretado pelo ator veterano em séries japonesas, Juniichi Haruta) – que, após conhecerem a Terra, decidem fazer no planetinha azul (e, quando falo “Terra”, me refiro ao Japão) seu império dos Monstros. Dentre os inimigos, que passam pela série, os mais marcantes: os quadridemos, grupo convocado por Macgaren, mas que logo são derrotados por Jaspion, restando apenas a ala feminina do grupo, Purima e Goryu, que se mantém na série até pouco antes do fim; a Bruxa Galáctica Kilza e depois sua irmã Kilmaza.

Assim começa a longa jornada de Jaspion, que, ao longo da série, vai fazendo aliados, como a família Nambara, o “freelancer” Boomerman, que quer vingar o irmão, morto por Macgaren. Ou o garoto Koko e seu monstro de estimação, Namaguederaz). Por falar no Koko, uma das características da série, foi contar sempre com muitas crianças participando dos episódios e ter, em vários deles, a tramagirando em torno delas.

Outra coisa que eu particularmente gostava (e ainda gosto) é o fato do Daileon, o robô de combate do Jaspion, realmente lutar, já que nessas séries, (principalmente os sentais, como Changeman e Flashman) a participação dos robôs se resumia à transformação, levar uma ou duas porradas, tirar a espada, e pronto.. matava-se o monstro. Com o Daileon, não. Ele realmente lutava, pode-se dizer que ele era um personagem importante na série. Aliás, o Daileon rendeu episódios memoráveis, como o “Contra-ataque de Daileon” no qual o robozão fica sem energia, e, enquanto se recupera, o Jaspion tem de se virar sozinho. Ou nos raros sepisódios onde o Daileon combatia o próprio Satan Goss.

VERSÃO BRASILEIRA…

No Brasil, Jaspion chegou em 1987, graças ao senhor Toshihoko Egashira, fundador da Everest Video. Ele apostou na série e lançou alguns episódios em VHS, e, no ano seguinte, juntamente com Changeman, estreiou oficialmente na saudosa (e bota saudosa nisso) Rede Manchete.

Ambas as série foram um verdadeiro fenômeno de audiencia, fazendo a emissora carioca superar até a toda poderosa Rede Globo. Não é exagero dizer que foram as responsáveis pela invasão de séries japonesas, que dura até hoje. Tá certo, antes já existia Ultraman, National Kid, Zillion, entre outras. Nenhuma, contudo, conseguiu o status que Jaspion (e Changeman) conseguiu. Depois delas, uma avalanche de séries nipônicas invadiram a TV Brasileira

Aqui, Jaspion ganhou a voz de Carlos Takeshi, que continua até hoje em atividade, mas longe da dublagem. Ele é apresentador do canal Shoptour, e participou de algumas novelas na Globo. Na época, também dublava o Hayate, o Change Griffon, nos Changeman.

Além da série na TV, a marca Jaspion foi estampada em praticamente tudo que se pudesse imaginar, desde lancheiras até revistas em quadrinhos. Publicada pela Ebal, e depois pela editora Abril, as revistas, que traziam histórias inéditas e feitas por artistas brasileiros, também foram um enorme sucesso.

Longe da telinha desde 1997, quando foi exibida pela última vez na TV Gazeta (última vez pelo menos de forma oficial porque alguns anos atrás a Ulbra TV por uma forma digamos…alternativa), muitos fãs só tinham uma breve llembrança da série, quando, no começo deste ano, a Focus Filme pegou todos de surpresa e lançou a série em DVD no Brasil.

Dividida em dois boxes com cinco discos cada, a série foi lançada com o áudio original, e o melhor: a dublagem original, pois se fosse redublada, perderia 90% da graça. Nos primeiros DVD’s, tem comentários em áudio com uma entrevista com o proprio Toshihoko Egashira, que conta um pouco dos bastidores da chegada de Jaspion ao Brasil.

DVD que não pode faltar na coleção de qualquer fã.

Pra terminar, fiquem com a abertura da série e até semana que vem.

Administrador Iluminerd

A mais estranha figura nesse grupo: não posta, não participa de podcast, mas foi ele quem uniu todas as pessoas dessa bagaça...

Deixe um comentário