O duelo entre o Playstation 4 e o Xbox One

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Nossos queridos consoles, muito provavelmente os protagonistas da próxima geração de videogames, deram início a batalha pela preferência do público antes mesmo do lançamento. Limitações de jogos usados, DRM, acesso contínuo à internet e serviços questionáveis ao consumidor pautaram o começo dessa batalha.
 
Em um rápido resumo, vimos a Microsoft impor um modelo de negócios que contrariava nossa própria perspectiva de propriedade. Ao invés de jogos, compraríamos licenças para poder utilizá-los. O Xbox One teria que ser conectado uma vez por dia à internet. Esqueça revender ou trocar jogos como você conhece.
 
A Sony veio na contramão com um gancho de direita e mostrou ao mundo o Playstation 4: um console mais poderoso, mais barato e com um sistema de compra e venda de jogos idêntico ao modelo que já temos hoje. A Microsoft, a “vilã” para alguns gamers, recuou. A Sony salvou o mundo.
 
Só que não.
 
No meio de toda essa discussão, vi dezenas de pessoas que acompanhavam o mercado de games há anos – jornalistas até – vestindo a camisa da Sony como se ela tivesse realmente se importado com eles. Não tenho nada contra a gigante japonesa. Aliás, desde os 32-bits que meu console favorito vem de lá: Playstation 1, 2 e 3 (sem contar o PSP original). O problema é que a Sony não é boazinha. A Sony quer ganhar dinheiro. A Microsoft também. Simples assim.
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Mas, então, por que a Sony fez o que todos queriam? A resposta é bem simples: ela está em crise. Menos poderosa financeiramente do que a rival Microsoft, ela não bancou a tentativa de levar o mercado a um outro nível. A maneira como a Microsoft quis adiantar mudanças que inevitavelmente chegarão aos consoles é questionável, mas ela fez isso porque tinha bala na agulha e investiu cerca de 1 bilhão de dólares em jogos exclusivos, DLCs de grandes franquias que só chegarão ao Xbox One e um investimento pesado para conquistar a Europa.
 
A Sony, ao contrário, não tinha condições de bancar uma aposta tão alta. Recentemente, a empresa vendeu alguns de seus ativos, apresentou grandes prejuízos e ainda não se recuperou completamente do baque do PS3, projetado por eles para abocanhar uma fatia do mercado bem maior do que ele alcançou. A empresa não teve muita escolha. A Microsoft achava que a japonesa seguiria o mesmo caminho, contudo viu, boquiaberta, a apresentação que pegou o mundo de surpresa na E3.
 
Relembre:

 

Vale a pena assistir o vídeo acima. Para quem acompanha o mercado de games, há poucos momentos na história da E3 em que um anúncio teve uma recepção tão calorosa. É algo que só Twilight Princess conquistou, no seu histórico reveal, anos atrás.

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Foi uma vitória da Sony, uma goleada no melhor estilo Brasil e Espanha na Copa das Confederações. Todos os holofotes se viraram para ela. A grande pergunta é: ela vai aguentar a pressão?
 
Antes de apostarmos que sim ou que não, é sempre bom lembrar: estamos falando de empresas. Empresas que querem grana. Trata-se de um mercado sem heróis ou vilões. Quem ganha é aquele que consegue tirar de você o máximo de dinheiro possível da forma mais indolor.
 
E, na próxima geração, estou mais disposto a deixar meu bolso sangrar pela Sony.
 
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Colaborador

Colaborador não é uma pessoa, mas uma ideia. Expandindo essa ideia, expandimos o domínio nerd por todo o cosmos. O Colaborador é a figura máxima dos Iluminerds - é o novo membro (ui) que poderá se juntar nalgum dia... Ou quando os aliens pararem com essa zoeira de decorar plantações ou quando o Obama soltar o vírus zumbi no mundo...

Este post tem 3 comentários

  1. Gostei do final do post: “na próxima geração, estou mais disposto a deixar meu bolso sangrar pela Sony”. Basicamente, resume o meu sentimento sobre essa guerra de consoles.

    1. Don Vittor

      Estou reconsiderando a minha opção de não jogar rs

      1. Pra mim, não jogar nunca foi opção! Só imposição da falta de dinheiro em meu bolso. Isso não vai acontecer com essa nova geração. hehehe.

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