Somos fanboys e queremos mais do mesmo

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Ao comprar um Playstation 4 me deparei com aquele velho problema de ter um console de nova geração “cedo demais”: estava sem jogos. Com um tempo relativamente curto do lançamento do console, eram poucas as opções que tinha para jogar no videogame da Sony. Agora, amplie o problema de opção sabendo que moro em Belém, onde a maioria dos fretes são caros e as entregas demoram, enquanto as lojas que vendem jogos físicos geralmente não tem quase nada.

Eis que me deparo com Destiny, lançamento da Bungie, mesma produtora de Halo. A ideia de um FPS futurista com elementos de RPG me agradou e decidi que aquele seria meu primeiro jogo da nova geração.

Vamos ver qual é a desse destiny
Vamos ver qual é a desse destiny

Fiquei bem contente em ver um jogo que possuía um sistema bem elaborado de classe, raça e evolução de um personagem. A história em si era bem rasa, quase que inexistente, mas para o andamento do jogo ela era a parte menos interessante de qualquer maneira. Após uma evolução dentro do modo single player, decidi que iria me aventurar no multiplayer online, a menina dos olhos de qualquer FPS nos últimos seis anos.

No jogo, as armas conquistadas no modo campanha eram as mesmas do on-line, sem ranking de poder ou desbloqueio de munição e esse tipo de coisa. As mesmas armas e equipamentos encontrados no multiplayer poderiam ser encontradas no single. Achei novo, interessante e promissor.

https://youtu.be/TDEiZSc8pv4gIp7vZuYzoA

Poucos dias depois da compra, em uma conversa com um amigo, estávamos falando sobre Titanfall, até então o único FPS online que disputava mercado com Destiny. Para minha surpresa, a primeira frase que escuto sobre o jogo é “a comunidade já morreu”. Algo estarrecedor para um jogo que não tem nem um ano de lançamento. Na discussão, chegamos a conclusão que o mercado simplesmente não quer FPS’s novos e se alimenta de Call of Duty e Battlefield.

Ainda assim, achei que poderia ser um problema específico com o Titanfall, me recusei a acreditar que todo um gênero de jogo estivesse morrendo por conta de seus dois principais representantes. Mas ao entrar em fóruns de discussão gringos vejo que o problema realmente é real. Em tópicos onde as pessoas falam sobre Destiny, era comum ver alguém falando que o jogo não se sustentaria até novembro, que a comunidade estava morrendo e tudo mais.

https://youtu.be/TDEiZSc8pv4spxGwxJfX2Q

Para corroborar meu argumento, em torneios de games, as apresentações de outros FPS’s são sempre apressadas pelos fãs de COD e BF, pois pra eles só isso importa.

Como competir com COD?
Como competir com COD?

E então, o novo Call of Duty chega nas lojas de todo mundo, e para confirmar o que já vinha falando, ele vende mais que Titanfall, Destiny e Wolfenstein: The New Order juntos no Reino Unido. É o quarto game mais bem vendido da franquia.

É triste ver, mas enquanto a renovação é algo clamado por muitos, a quantidade exorbitante de pessoas que não sabem sair da bolha dos jogos que gostam é maior e dita as regras do mercado.

Infelizmente, essa regra não se aplica somente aos FPS’s, mas a grande maioria de gêneros que possuem âncoras como essa.

Apesar de tudo, ainda tenho fé no mercado de games.

Este post tem 2 comentários

  1. Cara, essa onda vai continuar assim até que se esprema o último gole de suco dessa fruta: as empresas donas dos jogos de maior tendência no mercado fazem de tudo pra sufocar as concorrentes com campanhas de marketing esmagadoras, desenvolvimentos caríssimos, estratégias de inserção global dos seus títulos. Fazem isso até que o próprio público fique saturado do gênero e abandone o título e a franquia à sua própria sorte. Então, desenvolve-se um novo gênero, ou um jogo que revoluciona um gênero já existente, e essa nova vertente é sugada até não haver mais carne nenhuma…

    Eu tenho a concepção de que os Shooters de 1ª pessoa, de maneira geral, estão com os dias contados… E isso é um fenômeno de esgotamento do gênero, de maneira genérica, e não só por conta dos títulos isolados que sufocam a concorrência (apesar de que isso também acontece).

  2. Leonardo Delarue

    Confesso que nunca fui muito fã de FPS, mas é bem verdade que comprei Call of Duty: Modern Warfare 3 por causa da sua campanha de marketing e o que me convenceu de fato a comprá-lo foi o comercial live action que fizeram com o Jonah Hill. Mas a grande verdade é que CoD tem uma ótima história de campanha, mas o multiplayer deixa a desejar e BF é o inverso, Foda-se a campanha e o importante é o multiplayer.

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