Dicas para aproveitar ao máximo o Festival do Rio 2012 e escolher os melhores filmes!

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Divaguei e enrolei na postagem anterior, mas tomei uma bronca do meu patrocinador e resolvi deixar de churumelas e entrar logo no assunto. Assim, pegue caneta e papel – ou um tablet – e tome nota (seu Festival do Rio nunca mais será o mesmo com essas dicas):

1) Para montar sua lista de filmes, tenha sempre à mão o guia oficial de programação

É, meninos e meninas, mais de uma vez montei minhas listas com base em encartes de jornais que reproduziam informações equivocadas sobre horários ou salas – o que me tomou HORAS precisosas, pois tive que refazer TODA a lista. Então, tenham cuidado.

2) Para montar sua lista de filmes, tenha sempre à mão os guias não-oficiais de programação

É… também já aconteceu do guia oficial estar equivocado. Encare esse plano b como o de um jornalista que possui várias fontes, uma para confirmar a versão da outra.

3) Leia todas a resenhas dos 400 e tantos filmes antes de escolher o que assistir

Essa dica é para os fortes. Se você não possui paciência ou tempo para isso, ou mesmo se possui um namorado ou namorada se dizendo abandonado(a), porque você o(a) trocou pelo maldito Festival do Rio, e por isso vem enchendo seu saco pedindo sua atenção desesperadamente, compre um jornal de sua preferência e decida que filmes assistir apenas conhecendo as apostas dos críticos de cinema do referido matutino. E compre pelo menos um ingresso a mais. Não custa nada um agradinho a quem suporta sua nerdice o ano inteiro.

4) Ou escolha seus filmes através de métodos alternativos mais intuitivos

Como toda mostra de filmes, esse festival também é fragorosamente dispersivo. Ter uma preferência definida por comédia ou drama não garante a escolha de um bom filme. Primeiro que, com raras exceções, TODOS os filmes da mostra possuem uma pitada de dramas e um punhado de humor. E depois, MUITAS vezes a resenha cobre apenas os minutos iniciais da trama, ou seja, tenha medo quando você ler algo como “John, um policial beberrão e triste, faz rondas diariamente, numa delas vindo a prender um ladrão de velhinhas”.  Há certa probabilidade que você veja isso nos primeiros 5 minutos da projeção, tratando os demais 80 da rotina modorrenta do pobre coitado, em que nada acontece…

É uma roleta-russa, mas vale a pena! Eu garanto: deixe-se levar. Escolha em modo randômico ou intuitivo e colherá boas surpresas!

Ainda assim, se deseja evitar sustos, você sempre pode optar pelo método do nome do filme, do país do mesmo ou da palavra avulsa da resenha. Veja a seguir.

Método do nome: Com títulos como “Ovni em teu olhar”, “Ovo e pedra” e “Eu não faço a menor ideia do que eu tô fazendo com a minha vida” na programação deste ano, basta optar pelo mais incompreensível, o mais ridículo e absurdo, ou o com mais jeito de fracasso de bilheteria.

Método do país: Luxemburgo, Indonésia, Romênia… Sempre é recompensador escolher filmes de países desconhecidos que você prefere manter certa distância.

Método das palavras ou expressões avulsas: Sem tempo de ler 40 páginas de resenhas do guia oficial? Ora, então aperte o F e simplesmente passe os olhos sobre elas e pince as palavras e expressões mais exóticas: ‘menstruação’, “sandinista”, “despótico”, “secretária eletrônica”, “homossexual na palestina”, “gangues de Chinatown”, “Gangues de Wasseypur”, “gangues de mulheres” (aliás, como tem filme falando de gangues neste ano)…

5) Durante a montagem da sua listinha de filmes, pegue uma senha para atendimento na Central de Ingressos para compra antecipada ou pague um mendigo para ficar na fila por você

A compra antecipada de ingressos evita o dissabor de ver esgotada a sessão de um de seus esperados filmes. Portanto, separe umas horinhas para sentar numa mesinha da Central de Ingressos (no Estação Sesc Rio), faça suas escolhas com calma e tenha em conta que possivelmente você demorará a ser atendido, pois cinéfilo é um povo indeciso e hesitante, que mesmo quando já está sendo atendido pelo balconista continua decidindo qual filme assistirá às 19h do dia 04/10: O de lobisomem romeno ou o de travesti uruguaio. Pague um extra ao mendigo que ficou na fila por você e ele ajudará os pobres cinéfilos a se decidirem mais rápido, ao oferecer-lhes um afável abraço.

6) Aproveite

O Festival do Rio é, antes de tudo, uma vitrine. Um lugar para ver e ser visto, badalar, usar seu novo modelito descolado, seu chapéu coco e seu Converse (modo fashionista de referir-se ao tênis All-Star). E também uma desculpa para jogar conversa fora com os amigos e ficar bêbado nos pé-limpos das redondezas de Botafogo, onde se concentram as principais salas.

Ah, e também uma oportunidade de ver filmes instigantes, diferentes e cheios de frescor, que provavelmente não estrearão por aqui.

A gente se encontra lá!

 E aqui também, na cobertura especial do festival  ; )

Rodrigo Sava

Arqueólogo do Impossível em alguma Terra paralela

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